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O Mestre e o Divino

Por:   •  1/5/2022  •  Resenha  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  221 Visualizações

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Resenha Crítica do Filme Indiginista “O Mestre e o Divino”

Como todo período histórico importante, a catequização indígena no Brasil envolve mitos e verdades. Em pleno século XXI, uma aldeia em Sangradouro, no estado do Mato Grosso, recebe a visita de dois cineastas, o alemão Aldalbert Heide e o Xavante Divino Tserewahu, que auxiliam na descoberta das origens de certas tradições da tribo.

Dois cineastas retratam a vida na aldeia e na missão de Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário Alemão, que logo depois do contato com os índios, em 1957 começa a filmar com sua câmera Super-8; e Divino Tserewahu, jovem cineasta Xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos 90. Entre cumplicidade, competição, ironia e emoção, eles dão vida aos seus registros históricos, revelando bastidores bem peculiares da catequização indígena no Brasil…

Congregação Salesiana ou Salesianos (em latimSocietas Sancti Francisci Salesii) é uma congregação religiosa da Igreja Católica fundada em 1859 por São João Bosco e aprovada em 1874 pelo Papa Pio IX. Seu nome oficial é Sociedade de São Francisco de Sales, em homenagem a Francisco de Sales, mas os seus membros são popularmente mais conhecidos pelo nome de Salesianos de Dom Bosco (em latimSalesiani Domini Bosci), o que determina sua sigla: S.D.B..

Os principais destinatários da missão salesiana são os jovens, especialmente os pobres e em situação de risco. Em vista destes destinatários, os trabalham também nos ambientes populares, com atenção aos leigos evangelizadores, à família, à comunicação social, e entre os povos ainda não evangelizados.[3]

A congregação é composta por irmãos de vida consagrada, que fazem votos simples de castidade, pobreza e obediência. Os salesianos podem optar pelo sacerdócio, de modo que existem padres e irmãos salesianos.

A Congregação Salesiana foi a primeira instituição a constituir a família salesiana. Entre as obras da Congregação salesiana pode-se citar os colégios e serviços beneficentes, espalhados por várias partes do mundo.

        


        O documentário “O Mestre e o Divino” é uma produção cinematográfica de 2013, que foi muito premiado e aclamado pela crítica. O material trata-se de um compêndio de registros de algumas tradições indígenas feitas pelo cineasta Xavante Divino Tserewahu e da tentativa de catequização dos povos da etnia Xavante pelo missionário salesiano Adalbert Heide, que pela minha leitura sofria de um transtorno dissociativo de identidade, pois pensava que tinha se tornado um respeitado cacique Xavante.

        Assisti apenas os recortes do documentário e os quatro vídeos complementares “Video Popular - 30 anos depois: Video nas Aldeias”. O documentarío “O Mestre e o Divino” dirigido por Tiago Campos, se passa em diferentes espaços da Aldeias Xavantes   Sangradouro e São Marcos, no município de Xavantina/MT.

        Logo no primeiro recorte do documentário, aborda-se a visão do missionário Adalbert Heide sobre o Brasil, para ele se tratava de “um país gigante que tinha tudo e ainda com muitos índios para ser catequizado”.

        Vale destacar que um dos objetivos da Congregação Salesiana, fundada em 1859 por Dom João Bosco é trabalhar com povos ainda não evangelizados. A missão assumida por Hide em Sangradouro tinha esse propósito. Não conhecia, absolutamente, nada sobre o mal que o processo impositivo da catequização fez aos povos ameríndios na época da chegada dos primeiros europeus. Pode-se observar a imposição missionária e a inércia dos índios ao processo de batismo a fé católica.

        Ao mesmo tempo o índio Xavante Divino Tserewahu, participava do projeto intitulado “Video nas Aldeias” idealizado pelo sociólogo Vicent Carelli, cujo objetivo era instrumentalizar e ensinar as técnicas do cinema aos índios. Divino gostava de filmar os rituais de sua etnia e de gravar registros de falas como a nomeação das mulheres. Percebe-se o aspecto técnico do índio cineasta, como a limpeza da cena tirando as roupas do homem branco do varal e pedindo para que o índio retirasse a camisa antes de iniciar a filmagem. Divino desejava deixar registrado uma realidade que o Mestre não conseguia enxergar.

        O Mestre fez críticas aos cineasta Xavante dizendo que o índio só filmava algo, não fazia composições com paisagens e detalhes. Entretanto, o Mestre diz achar interessante e que precisa aprender a fazer aquilo também. Eu acredito que o diálogo ficou comprometido com a mistura das línguas alemã, portuguesa e xavante. Para mim, há certos momentos que o Mestre parece não compreender.

        O narrador diz que Hide sistematizou a escrita e a gramática xavante, traduziu a liturgia católica e inventou novas palavras. Segundo Hide, na língua alemã a junção de duas palavras forma outra palavra de outro sentido e para o Mestre na língua xavante é o mesmo processo, porém, essa afirmativa não se consolida em referências no documentário.

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