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O Objetivos Para O Questionário-Aulade Filosofia

Por:   •  16/3/2023  •  Abstract  •  2.442 Palavras (10 Páginas)  •  40 Visualizações

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OBJETIVOS PARA O QUESTIONÁRIO-AULADE FILOSOFIA

1.Distinguir senso comum de conhecimento científico.

Conhecimento vulgar: é uma forma de saber, tendencialmente dogmática, que habitualmente é transmitido de geração em geração. Trata-se de uma forma de conhecimento adquirido de forma espontânea através do contato com os outros e com as várias situações da vida quotidiana.

Características:

  • Espontâneo: é muitas vezes construído de forma imediata e a partir da primeira perceção da realidade;
  • Superficial: não há, habitualmente, lugar a um grande aprofundamento dos temas;
  • Reflete princípios, crenças, valores e preconceitos sociais;
  • Tendencialmente acrítico: aquilo que é aceito como conhecimento não é colocado em questão nem objeto de análise crítica;
  • Essencialmente prático: utilizado para resolver situações do dia a dia e como forma de integração nos hábitos socialmente estabelecidos;
  • Ametódico: não há um método por detrás da fundamentação dos conhecimentos que permita, por exemplo garantir os resultados;
  • A linguagem usada pode ser ambígua: usar linguagem natural, sem preocupações com o rigor.

Conhecimento científico:

Características:

  • Mediato: as explicações da realidade baseiam-se em provas e demonstrações;
  • Aprofundado: cada Tema é Tratado de forma minuciosa. ao procurar uma explicação para um fenómeno, procura esgotar todas as possibilidades;
  • Reflete os resultados de uma investigação que se pretende tão rigorosa e isenta quanto possível;
  • Essencialmente crítico: constantemente colocado em questão e reanalisado, de modo a identificar falhas e encontrar resultados tão fiáveis quanto possível;
  • Prático e teórico: útil para resolver as questões do dia a dia, tem também uma Valência teórica que permite prever a ocorrência de determinados fenómenos;
  • Metódico: a compreensão dos fenómenos dá-se obedecendo a uma metodologia própria que se pretende forneça um grau de certeza tão elevado quanto possível;
  • A linguagem usada é rigorosa: a linguagem usada reflete o cuidado de evitar ambiguidades e duplas interpretações, contribuindo para o rigor pretendido.

2.Explicar a relação entre conhecimento vulgar e conhecimento científico.

Alguns pensadores consideram que o senso comum é um ponto de partida para o conhecimento científico, outros defendem que o conhecimento vulgar representa um obstáculo que deve ser ultrapassado.

Para Karl Popper o senso comum pode representar um ponto de partida, mas deve ser submetido à crítica, ou seja, é através da crítica ao senso comum que se construir conhecimento científico.

Para Bachelard o conhecimento vulgar não pode servir de base ao desenvolvimento da ciência pois a sua metodologia é completamente diferente e representa um obstáculo epistemológico e deve ser abandonado.

3.Caraterizar a perspetiva indutivista do método científico.

O método indutivo apresentou caráter verdadeiramente amplificando o conhecimento científico. da observação de casos particulares concluímos para o geral, aplicando a teoria a todos os elementos por ela abrangidos e prevendo situações futuras análogas.

Não fornece certezas absolutas relativamente às conclusões apresentadas

- Três etapas principais do método indutivo:

  • Observação de determinado fenómeno;
  • desenvolvimento de uma teoria explicativa (descoberta de relações entre os fenómenos, a partir da análise e interpretação dos dados observados);
  • generalização dos resultados e previsão de fenómenos futuros.

4.Apresentar e discutir as críticas ao indutivismo.

  • A indução não tem valor científico. (não garante a universalidade);
  • A observação não é meio de prova - não se pode provar a verdade (verificar) de um enunciado universal (como uma lei natural) porque enunciados deste género referem-se ao número de casos que não podem ser controlados empiricamente. A observação de muitos corpos aquecidos que dilatam não prova, por maior que seja o seu número, que a proposição enunciada é verdadeira.
  • As hipóteses não são extraídas dos factos: são conjeturas criadas pelo cientista para tentar responder a um problema (fase criativa e subjetiva da construção da ciência);
  • O que deve ser testado não é possibilidade de verificação, mas sim a de refutação de uma hipótese;
  • O facto de uma hipótese ser bem-sucedida num teste empírico não verificou torna verdadeira. Unicamente mostra que não é (ainda) falsa;
  • O individualismo é uma forma de verificacionismo. O Indutivismo e impedia o teste das hipóteses como tentativa de verificação destas. O falsificacionismo de Popper entende-o como tentativa de refutação. Nunca podemos declarar verdadeira uma teoria porque nunca podemos ter a certeza disso. Contra o indutivismo, Popper Diz Que Não podemos saber se uma teoria é verdadeira. Só podemos saber se as teorias foram refutadas ou não.

5.Caracterizar o método hipotético-dedutivo.

O filósofo Karl Popper questionou quer o método indutivo quer o critério de verificação das hipóteses. Defendeu que o modelo metodológico em que a ciência deve apoiar-se é o hipotético-dedutivo.

Para Popper, a conceção induvista da ciência começa por falhar na descrição das fases do método científico. De acordo com este autor, não é possível fazer observação tal como este é entendida pelos defensores do indutivismo, ou seja, de forma rigorosa e imparcial. Popper refere que não existe observação pura e defende que toda a observação humana está impregnada de teoria.

A observação está sempre condicionada pelo enquadramento do cientista, o que faz com que não seja possível proceder à observação rigorosa imparcial sustentada pelos defensores do indutivismo. Para Popper, o cientista está sempre condicionado: pelos objetivos da sua investigação, pelos seus interesses pessoais, pela forma como o problema é colocado, pelo enquadramento teórico em que se insere, etc.

Nesse sentido, Popper defende que o método que a ciência deve seguir é o hipotético-dedutivo, pois a produção científica nossa inicia com a observação e a reunião dos dados observados, parte antes de uma teoria científica.

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