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O filme Marie Antoinette

Tese: O filme Marie Antoinette. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/10/2014  •  Tese  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  334 Visualizações

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Filme Maria Antonieta

Este sensacional filme de Sofia Coppola foi, inexplicavelmente, muito mal recebido em Cannes. Não dá para entender. Maria Antonieta é um filme impecável, muito superior ao último trabalho da diretora, o bom Encontros e Desencontros. Aqui, somos apresentados à visão de Coppola sobre quem foi a controversa rainha da França, de quem a diretora se diz fã. Maria Antonieta é um filme de época um pouco diferente do normal, o que, neste caso, é extremamente positivo.

Aos 14 anos, a austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) muda-se para Paris a fim de casar-se com o príncipe Luís XVI. Porém, ela não parece nem um pouco confortável em meio às tradições francesas, além disso, tem de enfrentar as constantes pressões para gerar um herdeiro da linhagem real. O enfoque da história é Maria Antonieta, e o filme não está preocupado em mostrar aquilo que todos já sabem, quer apenas expor como uma menina de catorze anos foi se familiarizando com a monarquia francesa.

Sofia Coppola é perfeita na direção do longa. Seu filme é lento na medida certa, sem falas nos momentos certos, já que algumas cenas falam por si só, e dirige de maneira corretíssima, sem deixar o filme melodramático ou inverossímil. Por opção de Coppola, o longa tem uma trilha sonora moderna, como por exemplo, músicas dos Strokes. As músicas só completam a produção, já que elas transmitem o espírito jovem e festivo de Maria Antonieta, que, como uma verdadeira adolescente, quer apenas se divertir, estar sempre em festas, dançando, sem demonstrar nenhum tipo de preocupação com a situação política conturbada pela qual a França atravessava. A rainha não tinha maturidade para se envolver com assuntos políticos, nem mesmo Luís XVI, que quando, aos 19 anos, foi coroado rei, declarou: “Deus nos Ajude, pois somos jovens demais para reinar”.

A rainha Maria Antonieta, título conquistado bem cedo, antes mesmo de completar dezoito anos, parecia viver em uma eterna diversão. Logo no começo, já deixa claro não suportar os costumes da monarquia francesa, ao dizer que tudo aquilo é ridículo. Porém, os hábitos de Maria Antonieta não eram muito louváveis. Gastava muito dinheiro do povo, com roupas e sapatos. A rainha é uma típica adolescente, para não dizer criança, e Copolla evidencia isso quando a câmera passa pelos diversos sapatos de Antonieta, e é possível identificar um tênis muito usado nos dias de hoje. A mensagem é clara: ela não se diferencia em nada de uma jovem moderna.

Luís XVI demorou a consumar o casamento com Maria Antonieta. O que preocupava algumas pessoas, inclusive a mãe da rainha, já que sem o ato sexual, o rei poderia pedir a anulação do casamento. Esse assunto é abordado com ótimo bom-humor por Sofia Coppola. As tentativas da rainha de seduzir Luís XVI são cômicas, e a melhor passagem é quando, depois de vermos um casal se divertindo na cama, a cena é cortada para a monotonia do quarto de Maria Antonieta. Após sete anos de casamento, a rainha continuava virgem (infelizmente o filme não deixa essa noção de tempo muito clara). O rei tinha o costume de penetrar a rainha e ficar imóvel por dois minutos, depois virava de lado, dava “boa noite”, e dormia, mas isso não é demonstrado no filme. O casal sofria a humilhação de ter seus lençóis diariamente examinados em busca de algum vestígio da consumação do matrimônio. O problema só é resolvido depois que o irmão de Maria Antonieta tem uma conversa franca com o rei.

Sofia Coppola chegou a declarar que não queria fazer

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