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PROJETO DE PESQUISA

Por:   •  28/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  181 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

ERASMO CARLOS BREITENBACH

PROJETO DE PESQUISA

Pesquisa em Dança

Montenegro

2018

Titulo:

A improvisação em corpos codificados.

Tema:

Buscar novas formas de improvisação em corpos codificados, ensinando novas formas de desenvolver um repertório pessoal na dança.

Justificativa:

A dança é uma ação que, por mais que pareça complexa, terá sua origem sempre em um processo natural do corpo. O balanço, o embalo ou o bounce é um sentimento que vibra através do corpo, literalmente. Independente de música a dança existe em indefinidos aspectos, ela é continuidade e não pode ser julgada. Quando se trata de dançar e só, não podemos definir se há certo ou errado. Se falarmos da dança pessoal de cada individuo, sem nos atermos a técnicas, estilos ou modalidades, não temos o direito de dizer que tal pessoa está dançando errado. Então qual a razão para que, em momentos de improvisação, alguns bailarinos, inclusive profissionais, tenham dificuldade de criação? Por que essa prática está diretamente ligada com a capacidade criativa dos bailarinos?

Em escolas de dança a grande maioria dos alunos são bailarinos executores, ou seja, reproduzem movimentos, mas não são capazes de produzi-los. Têm grande facilidade em executar sequências variadas, muitas vezes com extrema precisão, contudo são incapazes de criar suas próprias sequências mesmo tendo amplo conhecimento dos passos que repetem exaustivamente. E quando se trata de escolas de dança isso é recorrente, seja qual for a modalidade. Parece que a capacidade de criação se torna algo totalmente desnecessário em ambientes em que o que importa é a capacidade de reproduzir com perfeição. A fixação, muitas vezes apolínea, de levar seres perfeitos para o palco faz com que se criem verdadeiras máquinas de reprodução. Máquinas quase sempre perfeitas e quase sempre sem vida.  Mas quando não estão em um palco, como esses bailarinos se sentem em relação à dança? Sem a obrigação do ensaio, sem se preocupar com o número de repetições, como conseguem desfrutar do prazer da dança sem o peso da obrigação?

Quando apenas dançamos para nosso lazer, para o próprio deleite, sem precisar de figurino, coreografia, plateia e talvez nem mesmo música. Quando queremos somente liberar nossos sentimentos em forma de movimentos. Sem receio de errar, sem pensar se é esteticamente bonito ou feio. Ou mesmo sem sentimentos, apenas para liberar energia ou descontrair precisamos usar da nossa criatividade para nos desprendermos de regras que limitam nossa movimentação. Mas como fazer isso? Para alguns isso pode ser tão simples quanto respirar, mas e para aqueles que foram acondicionados desde cedo a não terem repertório próprio? Como é possível fazê-los se desprender das amarras da reprodução para navegar livremente no mar da criatividade? Como fazer para que se tornem parceiros da improvisação e não mais escravos da reprodução?

Problema:

Qual é a percepção dos bailarinos sobre o processo de improviso dentro e fora da sua experiência corporal?

Objetivo:

Conhecer as percepções de bailarinos experientes sobre o processo de improvisação dentro e fora da sua rotina corporal.

Referencial Teórico:

Primeiro devemos tentar analisar o que é a improvisação em dança. O ato de improvisar na dança pode ocorrer de diversas formas a pessoa que dança pode improvisar dentro da sua área de domínio, usando os códigos e padrões já conhecidos do seu corpo, aprendidos durante anos de prática, o que é mais comum e geralmente considerado mais fácil pelos praticantes. Pode ser feito de maneira estruturada ou livre, a forma estruturada também conhecida como “improvisação com acordos prévios, que se subdivide em duas classes: improvisação em processos de criação e improvisação com roteiros.” (Guerrero, 2008) Já a improvisação livre seria aquela feita sem nenhum planejamento anterior, referente aos movimentos a serem executados.

Também é possível improvisar dentro de outra modalidade que não seja especialidade do bailarino em questão, porém com a condução de alguém que direciona as ações e pré-estabelece padrões de movimentação. Esse modo se encaixa na improvisação estruturada, porém também podemos chamar de improvisação conduzida, esses métodos refletem diretamente na movimentação no fluxo da movimentação produzida. “Enquanto, há na força, no tempo e no espaço o contraste entre forte e fraco, lento e rápido, amplo e estreito, há na fluência, os contrastes entre controlado e livre.” (Laban; 1926: 68) apud (Martins 1999). Mas e quando a dança é livre? Quando a pessoa pode sair do casulo de bailarino e se tornar apenas um ser dançante? Se desprendendo de linguagens, sem obedecer a sequencias e sem utilizar passos já decorados?

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