Pintura Mista

Júnior da Silva Coelho

VIDA CABOCLA

MANAUS/AM

2015

Junior da Silva Coelho

VIDA CABOCLA

Trabalho, apresentado na disciplina Pintura II do curso de Licenciatura em Artes Visuais, sob a orientação da Profa. MSc. Priscila Pinto.

MANAUS/AM

2015

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa a fazer uma série de pintura com técnica mista utilizando tinta acrílica, tela de pintura e uso de outros materiais como o pano e cola para compor a arte. Então, partindo do conceito a ser abordado, com o tema escolhido Vida Cabocla, mais voltada para o caboclo da Amazônia de como ele vive em seu dia-a-dia, quais seus costumes e crenças.

Então, vamos fazer uma buscar de referências de como iremos representar a vida do caboclo em telas de pintura com materiais extras para compor a arte Assim, inspiramos nos trabalhos de Leda Catunda, onde ela apresenta em suas obras pinturas com uso de outros objetos ou utilizando outros objetos como suporte.

Nosso trabalho apresenta uma série de três obras em tela com os seguintes nomes: Pesca na beira do rio, Curumim tomando banho e Conversa de vizinhas. Queremos mostrar, com nessas obras, como é a vida do caboclo no seu cotidiano de uma forma diferenciado, utilizando técnica de pintura mista.

VIDA CABOCLA – OBRAS DE PINTURA

CONCEITO

O tema escolhido, Vida Cabocla, vem para mostrar a vida do caboclo da Amazônia, o termo Caboclo que além de ser uma designação utilizada antigamente para se referir aos indígenas do Brasil, a palavra caboclo identifica os mestiços da união entre índias e brancos. Mas também são conhecidas outras definições como curiboca, cariboca, caiçara, mameluco e caboco. Câmara Cascudo, historiador e antropólogo brasileiro, defende a utilização do termo caboco, encontrado em seu Dicionário do Folclore Brasileiro. Segundo ele, a utilização da expressão sem o “L” é a mais correta, pois a consoante foi introduzida sem base em hipóteses de etimologia. Cascudo também refuta a afirmação de que o vocábulo deriva de kari’boca (filho de branco, no tupi) ou caa-boc, aquele que tem origem na floresta (tupi).

No Brasil, a região Norte apresenta o maior número de caboclos, principalmente na Amazônia. Embora numerosos no país, quantificar os caboclos é uma tarefa complicada para o IBGE, pois, dentro do mesmo grupo estão os cafuzos, mulatos e outras combinações entre índias e brancos como índio e oriental, negro e oriental, negro índio e oriental, entre outras.

Portanto, buscamos inspiração nas obras de Leda Catunda, na qual ela mostra em suas obras, pinturas com outros objetos como tecido, couro, fórmica, pelúcia e outros mais. Leda Catunda Serra (São Paulo, 1961) é uma artista contemporânea que surgiu na década de 80 e que apresenta trabalho até os dias atuais, explora seus limites com técnicas entre a pintura e o objeto para representar outros tipos de relevo na arte.

MATERIAIS E TÉCNICAS

A técnica utilizada nas obras será a técnica mista, que consiste na pintura de trabalhos interessantes em telas ou outros suportes de vários tamanhos, usando técnicas e materiais diversificados. Em nossas obras o suporte será a tela e os materiais são a tinta acrílica, a massa acrílica, linha de crochê e a cola, para fixar a linha na tela.

ASPECTOS VISUAIS

As obras apresentam em destaque a textura tátil e visual, adquirida através do material adicional e da tinta acrílica, procurando alcançar no observador um outro modo de ver uma pintura, de ter em sua visão um novo olhar sobre como os caboclos da Amazônia vivem.

Todas as obras tiveram um estudo de composição para que o espectador possa ser atraído pelos elementos contidos na obra, que estão localizados no ponto de interesse da tela. As cores utilizados nas obras foram os tons terrosos e algumas outras cores para criar um contraste e ter um bom equilíbrio visual.

Abaixo um temos um resumo de cada obra.

Tela 1

Título: Pesca na beira do rio com tarrafa

Tamanho: 60 x 40 cm.

Materiais: Tela, tinta acrílica, massa acrílica, linha de crochê e cola.

Descrição: Esta obra apresenta uma das mais tradicionais lembranças que temos do caboclo da Amazônia, que é ele pescando, mas não em sua canoa, ele está na beira do rio, em um flutuante de madeira, com uma tarrafa, que é um tipo de pesca também muito conhecido e utilizado por eles. O diferencial desta obra está no material adicional, que é a tarrafa feito de linha de crochê, o que faz com que a obra torne mais interessante ao espectador, e também a textura com a massa acrílica representando a madeira do flutuante.

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