TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RESENHA DO TEXTO: CONVITE À FILOSOFIA, DE MARILENA CHAUÍ

Por:   •  12/6/2018  •  Resenha  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  790 Visualizações

Página 1 de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

IFAC- DEPARTAMENTO DE ARTES

GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS-LICENCIATURA

DISCIPLINA: TEORIA GERAL DA ARTE

CAROLINE DE MORAES LIMA

CAROLINE GARCIA MARTINS

LUÍS FELIEPE MONTEIRO

RESENHA DO TEXTO: CONVITE À FILOSOFIA,

 DE MARILENA CHAUÍ

OURO PRETO – 20/06/2017

CAROLINE M. LIMA

CAROLINE G. MARTINS

LUÍS F. MONTEIRO

RESENHA DO TEXTO: CONVITE À FILOSOFIA,

DE MARILENA CHAUÍ

Trabalho desenvolvido pelos alunos do curso de Artes Cênicas, módulo Licenciatura, para avaliação da disciplina de Teoria Geral da Arte.

Orientadora: Luciana Dias

OURO PRETO – 20/06/2017

CONVITE À FILOSOFIA

O texto inicia-se estabelecendo relações entre arte e técnica, sendo altamente expositivo no pensamento de teóricos que dissertam sobre o tema. Nota-se, desde o inicio, que a autora se utiliza da etimologia da palavra com o intuito de apontar seus significados mutáveis ao longo da historia.

“Ars e techne” – esta, em Grego e, aquela, em Latim – definem a arte como sendo um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer, nesse sentido, a autora refere-se aos diferentes tipos de arte: Médica, politica, bélica, retorica, logica, poética e dietética.

Seguindo essa perspectiva, Platão não distingue a arte da ciência e da filosofia, pois, para ele, ambas são atividades humanas que contem certas regras e ordens para serem realizadas. Como citado no texto, a teoria platônica distingue a arte entre: judicativas –dedicadas apenas ao conhecimento- e dispositivas ou imperativas –direcionadas a uma atividade com exigência de conhecimento de suas regras-.

Diferentemente de Platão, Aristóteles descreve a arte como necessária – ciência-filosofia- e como possível – arte ou técnica. Dentro dessa uma nova distinção surge: ação (práxis) –política e ética- e fabricação (poiesis)- artes ou técnicas.

Posteriormente em “As núpcias de mercúrio e Filologia”, Varrão cria duas formas para dividir a arte: Artes mecânica – aquelas que são manuais e, até então, menosprezadas - e Artes Liberais – aquelas dignas de homens livres.

A partir da renascença, essa desvalorização até então feita das artes mecânicas, torna-se gradativamente nula com a ascensão do humanismo – que dignifica o corpo humano -. Com o desenvolvimento do capitalismo, o trabalho começa a ser considerado fonte de riquezas, valorizando consequentemente, as artes mecânicas, essa então, passa a ser considerada como arte liberal. Que agora, são diferenciadas de acordo com sua finalidade: se tem fins úteis – técnica- ou voltados para a apreciação – beleza-. Tal divisão acarreta na criação das belas artes.

Do conceito de arte acima mencionado surge a imagem de gênio-criado - que provem da sensibilidade do artista como uma ação individual e espontânea -. Do técnico temos um aplicador de regras e receitas provindas da tradição ou da ciência. O juízo de gosto surge a partir da não separação do público – que julga e avalia obra de arte -. Gênio criador, beleza e juízo de gosto formam a base sobre a qual nascera a disciplina filosófica e estética no final do século XIX e durante XX. A arte passa a ser vista como uma expressão criadora e não mais como misteriosa e genial, não se separando da ciência e da técnica. Além disso a ideia de beleza adquire outro valor: a verdade. Chauí usa exemplos como cinema, fotografia e designe para exemplificar como a fronteira entre arte e técnica tornam-se cada vez mais tênues.

A distinção entre Arte Erudita e Arte popular aparecem finalizando este primeiro capitulo, onde, esta é altamente artesanal e, aquela totalmente tecnológica.

Inicia-se o próximo capitulo com discussões que relacionam arte à religião. O convívio em comunidade – vulga-se, as primeiras manifestações culturais -, surge do trabalho e da religião. A arte mecânica faz-se novamente necessária na vinculação entre ambos pois ela auxilia na organização do espaço e do tempo. Nesse sentido, todas as atividades humanas assumem formas ritualísticas, como a colheita, a culinária, o nascimento, a morte, a cura, ..., o que fazem desses rituais, elementos de culto técnico-religiosos. Para servi-las – as formas – surgem as belas artes. O termo mago aparece na junção da técnica, arte e religião, associando qualidades de todas as áreas ao artista. O trabalho do artista provinha de um dom divino e seus feitos eram direcionados aos Deuses. O termo filosófico “ aura “ estudado pelo pensador Walter Benjamin, vem dessa relação sagrada do trabalho dos artistas. A obra de arte aurática distancia o que está perto, transfigurando a realidade e transmitindo-lhe a qualidade de transcendência, desse modo, tem como papel evidenciar a singularidade e a exclusividade presente em cada obra, tornando-a única.

A arte, mesmo depois de separar-se da religião, manteve o conceito de aura, relacionando-a essencialmente com o caráter único e irrepetível da obra e do artista.

Retomando os pensadores Aristóteles e Platão, o terceiro capitulo é iniciado apontando dois grandes momentos de teorização da arte relacionando-a a filosofia.

No primeiro momento a obra aristotélica Arte Poética iguala o termo arte à fabricação de seres e gestos artificiais, produzidos pelos seres humanos.

Seguindo-se, cita-se a estética, termo empregado para referir-se às artes pela primeira vez pelo alemão Baumgarten, por volta de 1750. Inicialmente seu significado baseava-se no estudo das obras de arte enquanto criação sensível e bela. Aos poucos, houve a ressignificação do termo para designar todo estudo filosófico que se faz sobre a arte.

Expõe-se de maneira direta a relação de verdade, obra de arte e beleza: uma arte pode transmitir beleza sem necessariamente ser verdadeira, sendo a verdade aquilo que, por meio do intelecto, se pode comprovar.

A arte, então, deixa de ser analisada exclusivamente pela sua beleza e passa a ser por outras perspectivas, como inovações e críticas sociais. Para finalizar, Chauí aponta três diferentes núcleos de investigações da estética: a relação entre arte e natureza, arte e humano, e finalidades e funções da arte.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.4 Kb)   pdf (96.3 Kb)   docx (14.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com