RESUMO DO TEXTO “OS DESDOBRAMENTOS DA GRAVURA CONTEMPORÂNEA”

RESUMO DO TEXTO “OS DESDOBRAMENTOS DA GRAVURA CONTEMPORÂNEA”

Resende inicia com uma discussão sobre a hibridização entre as novas tecnologias, a gravura, a pintura, a escultura, entre tantas outras formas de arte, destacando os avanços dos estudos dessas novas ferramentas (avanços tecnológicos). Discute também a clara mudança que ocorre nos ateliês, onde o espaço de criação não mais compreende mesas de trabalho, telas, tintas, varais de secagem, artistas e impressores, substituídos por modernas impressoras, programadores de computador e obras impressas em grande escala, prontas para serem assinadas e numeradas. Contudo, o ambiente continua o mesmo, só o que mudam são as ferramentas, e é onde se pode ter uma maior pluralidade artística, uma troca de ideias que ajuda no processo criativo. O artista adéqua-se ao novo mundo, ao mundo contemporâneo, tecnológico e utiliza-se destas novas ferramentas para evoluir seu trabalho, para brincar com outras linguagens.

É tratado sobre um breve histórico da gravura contemporânea brasileira, surgida na década de 60, época de ditadura militar, onde a gravura recebe papel importante naquela sociedade radicalista, sendo também uma forma barata de disseminar a arte. A partir desta década, a arte não tradicional da gravura desenvolve-se significativamente, tendo artistas como Regina Silveira, Evandro Carlos Jardim, Anna Bella Geiger, etc., responsáveis diretos ou indiretos das novas gerações de artistas, artistas estes que estão comprometidos com exercícios de inovação na linguagem. Nos anos 70 surge a xerografia, desenvolve-se ainda mais a xilogravura e as técnicas em metal. Mas é nos anos 90 que a gravura torna-se de vez uma arte reconhecida. Os artistas já não se classificam como pintores, escultores, etc., preferindo serem chamados apenas de artistas.

Inúmeras técnicas de impressão contemporânea surgem, tais como a fotolitogravura, heliogravura, lasergrama, inkjet printing, estêncil, fotostat, fax arte, serigrafia, entre tantas outras técnicas e suas variações. Surge uma dificuldade na catalogação das obras e técnicas e se há uma grande discussão sobre a durabilidade e conservação destas, sendo um assunto importante para os museus e colecionadores. Não há mais, por arte dos artistas, uma preocupação na identificação das técnicas usadas em seus trabalhos artísticos. No grande histórico da arte da impressão e da gravura, surge primeiramente a xilogravura, a calcogravura, a litogravura; depois vem a fotogravura, a fotolitogravura, e enfim as fotomecânicas: a serigrafia, a xerografia e suas derivações, até que surge a fax arte, a impressão digital e finalmente a imagem virtual.

A serigrafia possui seu histórico discutível, pois não se há certeza de sua origem. A origem mais provável teria suas raízes no Japão e na China, por volta de 500 e 1500 a.C., originado do stencil (estêncil), uma técnica onde se imprime imagens em tecido com pigmentos orgânicos. O que antes era usado no meio de propaganda passa a ter papel de expressão artística. Inicia-se o uso da fotografia na serigrafia, isto se referindo no contexto estadunidense, onde foi aceita como arte no início dos anos 60, enquanto que no contexto brasileiro foi só no fim da mesma década.

Nos anos 70, Alex Flemming foi o responsável por retomar a fotogravura e a heliogravura, ambas utilizadas no século XIX, “repaginando” os métodos da técnica denominada como clichê fotográfico. A arte postal, surgida entre os anos 60 e 70, era inicialmente uma forma de comunicação entre artistas, tendo suas origens nos anos 60, onde o grupo Fluxus torna-se precursor da arte conceitual. No fim dos anos 60 e início dos 70, artistas tais como Anna Bella Geiger e Cildo Meireles, dedicam-se a criação da arte postal com recursos fotomecânicos, como o carimbo. Já o grafite, considerada uma arte marginal, enquadra-se na família da arte postal, por mais que muitos não a considerem arte. Valauri foi um dos mais conhecidos com a arte do grafite.

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