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RODAS DE DIÁLOGO EM GEOMETRIA: CONSTRUINDO CONHECIMENTOS A PARTIR DE RELATOS DE EXPERIÊNCIA

Por:   •  8/11/2018  •  Artigo  •  3.416 Palavras (14 Páginas)  •  270 Visualizações

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RODAS DE DIÁLOGO EM GEOMETRIA: CONSTRUINDO CONHECIMENTOS A PARTIR DE RELATOS DE EXPERIÊNCIA

Flavio André Ferreira

Universidade Federal de Pernambuco

flavio-andre@outlook.com

Thyana Farias Galvão

Universidade Federal de Pernambuco

tf.galvao@gmail.com

RESUMO

O presente trabalho surgiu de uma prática pedagógica realizada na disciplina Análise e Produção de Material Didático em Expressão Gráfica, ministrada pela Professora Thyana Galvão para alunos do curso de Licenciatura em Expressão Gráfica da Universidade Federal de Pernambuco no primeiro semestre de 2106. O intuito da docente foi apresentar diferentes experiências profissionais acerca da temática a ser trabalhada: a análise e produção de material didático na área de geometria gráfica. Quatro profissionais com diferentes formações acadêmicas e atuações em diversas etapas da produção do livro didático enriqueceram as leituras dos alunos da disciplina em três momentos singulares. Os relatos proferidos trouxeram diversas questões relacionadas à elaboração do livro didático, além de elucidar duvidas acerca de sua aprovação e distribuição nas escolas e polos universitários. O livro didático (seja este físico ou digital) é um importante instrumento intermediador da relação conhecimento, professor e aluno. Desta forma, os procedimentos e conteúdo que apresenta devem adequar-se tanto à situação específica do espaço educacional e ao desenvolvimento do aluno quanto aos diferentes saberes a que recorrem. Surge, assim, a importância do livro didático como instrumento de reflexão dessa situação particular, atendendo à dupla exigência: de um lado, procedimentos, informações e os conceitos propostos nos documentos oficiais; de outro, a realidade e o meio em que o aluno está inserido que devem ser apropriados à situação didático-pedagógica a que se destinam. O que dizem os relatos de experiência acerca do material didático produzido em matemática (quando voltados para o ensino básico) ou de outras áreas específicas (quando voltados ao ensino superior) que contemplam conteúdos da área de geometria gráfica? Questões como esta serão discutidas nesse artigo como também o processo de construção, avaliação feita pelo (PNLD) e o encaminhamento do livro didático para as escolas e polos universitários.

Palavras-chave: geometria gráfica; livro didático; roda de diálogo.

Introdução

Dentro de sala de aula, o docente é soberano. Cabe a ele a escolha pela melhor metodologia de ensino a ser adotada para que os conhecimentos sejam elaborados, compreendidos, reelaborados e aproveitados pelo aluno. Ao optar pela aplicação de um determinado método, o professor elege quais recursos didáticos utilizará. É necessário que esses recursos sejam selecionados com base em dois objetivos essenciais: auxiliar o aluno a pensar, e servir de apoio ao professor na mediação do conhecimento, visando o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997) recomendam que o professor utilize, além do livro didático, materiais diversificados (jornais, revistas, computadores, filmes, etc.), como fonte de informação, de forma a ampliar o tratamento dado aos conteúdos e fazer com que o aluno sinta-se inserido no mundo à sua volta.

A realidade da maioria das escolas brasileiras mostra que o livro didático tem sido praticamente o único instrumento de apoio do docente e que se constitui numa importante fonte de estudo e pesquisa para os alunos. Assim, faz-se necessário que professores estejam preparados para escolher adequadamente o livro didático a ser utilizado em suas aulas, pois ele auxiliará na aprendizagem dos estudantes (SILVA, 2012).

Para ser considerado um material eficaz, o livro didático precisa ser adequado a sua finalidade e ao seu público alvo. Também é importante que o material seja utilizado corretamente.

Durante o andamento da disciplina Análise e Produção de Material Didático em Expressão Gráfica, no primeiro semestre de 2016, a professora Thyana Galvão resolveu utilizar Rodas de Diálogo como possibilidade metodológica para uma comunicação dinâmica e produtiva com seus alunos do ensino superior.

A Roda de Diálogo é uma técnica que se apresenta como um rico instrumento para ser utilizado como prática metodológica de aproximação entre os sujeitos e um determinado tema no cotidiano pedagógico. O intuito da docente foi contribuir na construção do conhecimento dos alunos do curso de Licenciatura em Expressão Gráfica da UFPE acerca da produção e análise dos materiais didáticos da área de expressão gráfica.

O presente artigo visa traçar uma relação acerca da produção de materiais didáticos, na forma tradicional do livro didático impresso por editora e no cenário da Educação a Distância (EAD), e da análise dessa produção, processo de avaliação, aquisição e distribuição dos livros didáticos, a partir do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). A pesquisa teve como base os relatos das experiências vivenciadas por quatro docentes, de diferentes formações acadêmicas, atuantes em diversas etapas da produção do livro didático que trouxeram suas vivências profissionais acerca da temática: análise e produção de material didático em expressão gráfica, mais especificamente geometria gráfica.  

Quando a metodologia das Rodas de Diálogo foi proposta, os alunos já apresentavam um questionamento comum: o que os convidados relatarão acerca do livro didático produzido em geometria gráfica, uma vez que conteúdos da área normalmente são encontrados nos livros didáticos de matemática (quando voltados para o ensino básico) ou de outras áreas específicas (quando voltados para o ensino superior)?

Desafios de exercer a docência no século XXI

As novas tendências metodológicas do ensino apontam para a necessidade da formação de um profissional crítico-reflexivo, capaz de transformar a realidade social do seu cotidiano. Trocas dialógicas permitem que os participantes expressem, concomitantemente, suas impressões, conceitos, opiniões e concepções sobre o tema proposto, e leva os partícipes a trabalharem reflexivamente as manifestações apresentadas pelo grupo.

Para conservar a atmosfera de informalidade e descontração, utilizou-se o termo Roda de Diálogos para referir-se aos encontros, pois se entende que esse termo é adequado, tanto ao ambiente de ensino, quanto ao grupo dos alunos.

Nas Rodas de Diálogos, contamos com a presença de quatro profissionais da área da educação, inseridos não só no ambiente escolar como também na produção e avaliação dos livros didáticos. Suas experiências foram usadas como base para indagações e análises sobre as dificuldades encontradas no decorrer do processo de criação dos materiais didáticos até sua distribuição e utilização.

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