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Resenha do Seminário: “Patrimônios e Museus: Abertura e Roda de Conversa”

Por:   •  28/3/2021  •  Resenha  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  124 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANTROPOLOGIA NOS MUSEUS

PROFª: REGINA ABREU

ALUNO: RAPHAEL DE OLIVEIRA COSTA

Resenha do Seminário: “Patrimônios e Museus: Abertura e Roda de Conversa”

O Seminário e Roda de Conversa traz uma visão não só apenas de alguns museus sociais no Rio de Janeiro e suas histórias, mas também um olhar dos profissionais que vem atuando no campo antropológico e museal na atualidade, afim de nos mostrar as histórias das instituições e a participação das áreas que, juntas, colaboram para com o desenvolvimento dos museus.

A antropologia brasileira começa com um passado carregado de visões eurocentristas, onde os estudiosos possuíam a ideia de que outros povos não eram civilizados e, sendo assim, eram considerados primitivos. Havia uma enorme tendência de estudar os indígenas como diferentes, havendo, então, uma enorme separação entre sua cultura e a do homem branco. Com a passagem das décadas e estudos aprofundados na área cultural entre os povos nativos, surge o Museu do índio, que teve grande impacto para que pudesse compreender mais sobre aquelas pessoas que até então eram vistas como diferentes.

A instituição fora criada nos anos 50 por um grupo de antropólogos, cujo o maior interesse era mostrar como os indivíduos indígenas vivem e se relacionam entre si. O Museu do Índio é um dos museus que é dito ter nascido com os “Outros”, já que nasceu a partir da necessidade de criar um museu contra um grande preconceito da época sobre os povos indígenas brasileiros. É um museu que traz os mais belos objetos indígenas de origem brasileira, para nos mostrar que esses povos também tem sua arte revigorada e uma grandeza cultural naquelas obras. Veio para nos mostrar que além das belas e diferentes artes, há também toda uma vasta e longa história cultural e social por trás de seus objetos. Sendo totalmente focado em sensibilizar a sociedade para se desmistificar o que imaginava-se ser a vivência daqueles povos e nos aproximar de sua realidade. Essa fora também a primeira vez que um Museu fez uma exposição em conjunto com os povos originários brasileiros.

Ainda nesta onda de progressividade que se seguia, o movimento Folclorista também teve grande presença e importância para este período de adaptação da antropologia, onde deixava-se a ideia de estudar o “Outro”, para entender com o Outro, toda a cultura ao nosso redor.

O Museu do Folclore é um museu tipicamente etnográfico já que por meio de suas exposições e coleções, traz a seu público essa ideia de mostrar outros contextos e espaços, pessoas e valores, e assim apresentar uma nova visão em cima daquilo. A maior exposição do Museu do Folclore surge de um trabalho interdisciplinar, para não só produzir um conteúdo novo, como também indagar ao público sobre o que era o museu e qual seria o conceito de folclore. O museu aborda a cultura do Outro, não como algo exótico, mas o expõe como algo presente dentro da vasta cultura brasileira. E assim trouxe esse novo olhar, onde pode-se olhar o diferente com maior atenção e abraçar toda aquelas histórias e valores sociais.

O Museu da Maré, apesar de ser um museu recente, traz uma nova experiência antropológica e museal. Retrata a realidade dos moradores da comunidade da Maré e, com a participação dessas pessoas que moram ali, traz essa visão de uma cultura que pode ser um tanto diferente da nossa própria, porém está ali tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

Ao conhecer as histórias desses museus, compreende-se a enorme influência que tiveram para uma mudança significativa na antropologia brasileira, que começara ainda com um forte olhar eurocentrista e a partir das pesquisas e estudos aprofundados, puderam enxergar e visibilizar o Outro, deixando que tenham voz e nos mostre sua riqueza cultural, para que juntos abracemos e trabalhemos na valorização de toda a cultura brasileira.

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