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Resenha do Texto Arte Sem Paradigmas

Por:   •  28/12/2020  •  Resenha  •  808 Palavras (4 Páginas)  •  150 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL – IACS

TEORIAS DA ARTE 2020.1 – Docente: Viviane Matesco

Estudante: Mila de Oliveira Ferreira

Resenha do texto “Arte sem paradigmas” de Artur Danto

O texto escrito por Artur Danto traz um posicionamento referente ao fim da arte. Ele considera o tempo em que vivemos o tempo pós-histórico da arte pois entende que chegamos ao fim da narrativa e da narração dentro da arte. A perspectiva alcançada hoje, inclusive por artistas, em relação à imagem para ele é o pilar quebrado que desencadeou neste fim.

Para Artur, Warhol foi quem destacou-se nessa caminhada de descoberta do fim da arte em sua exposição feita de caixas de uma marca de detergentes (Brillo Boxes) e criou-se o questionamento: por que estas caixas quando colocadas neste contexto se tornam arte e quando se encontram nos supermercados permanecem sendo enxergadas apenas como caixas de detergente? O ponto de Warhol foi que a arte não tinha uma forma padrão para se apresentar como há muito tempo justificavam na filosofia. A informação visual unicamente não basta para que se defina o que é arte e o que deixa de ser.

Após ele sita o exemplo, partindo para o ramo da fotografia, de Sherrie Levine. Sherrie apresenta uma obra denominada “After Walker Evans” que pode ser traduzido como Depois de Walker Evans ou Segundo Walker Evans (De acordo com Walker Evans). O título da obra vem da fotografia que é o tema principal, a obra é a fotografia de uma fotografia retirada por Walker Evans e Levine a faz sua se apropria da mesma em sua obra. E, ainda que as imagens sejam as mesmas, as obras acabam por apresentar perspectivas diferentes.

O outro exemplo trazido é uma obra de Mike Bidio, chamada de Not Andy Warhol, onde ele apresenta as caixas de detergente (Brillo Boxes) dispostas da mesma maneira. Somente aos olhos é impossível identificar o sentido dessa arte, é preciso se aprofundar mais em uma piscina filosófica que permita compreender como ela se aplica a essa arte e como ela foi feita a partir da outra.

 Bidio é um homem que cresceu a partir de apropriações e podemos afirmar que nas obras que ele reproduz é possível que algumas percepções não sejam retratadas, porém é importante reparar que artistas possuem características comuns, ainda mais aqueles que dividem o mesmo período, ainda que não dividam o mesmo estilo. O que ele parece expressar neste momento é que, não existe uma arte particular que um outro artista não seja capaz de se apropriar e isso é fica mais evidente naquele momento.

Ele faz um paralelo com a teoria de Clement Greenberg que entende o fim da arte como um fim menos filosófico. Ele descreve a arte como de uma maneira menos variável, algo mais estável, plano e ortodoxo, trazendo uma ideia de dividir arte em segmentos sempre, não prevendo espaço para que arquitetura e pintura crescessem juntas, por exemplo. Ele também acreditava no conceito da arte única, que apenas aquilo poderia fazer arte, uma forma singular e “dentro da caixa” demais para finalidades artísticas. Ele cita como influenciado por essa teoria de Greenberg, Ad Renhardt, que produziu o seu conhecido como o Último Quadro, ainda que aquela pudesse não ser sua última produção e as pessoas poderiam continuar a comprar seus quadros negros. Porém ele faleceu cedo. Cita-se também Robert Ryman, que produz, de maneira resumida, quadros brancos – e variações deste. Ao fim deste projeto ficou entendido que artistas poderiam se libertar das amarras e produzir aquilo que mais gostavam.

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