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Walter Benjamim: A Modernidade

Por:   •  22/1/2017  •  Resenha  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  745 Visualizações

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Recensão Crítica:

Walter Benjamin, “A Modernidade”

História da Fotografia

Francisco Rodrigues Nº10376 Multimédia

Walter Benjamin, filósofo de origem judaica com histórico de ideais socialistas e marxistas, considerado um dos grandes pensadores da Escola de Frankfurt. Acabou por cometer o suicídio em 1940 devido ao receio que tinha de ser entregue aos agentes nazistas da Gestapo. Nesta obra é abordado a questão da fotografia e da tão falada “aura” que segundo o autor vai declinando com o tempo. Este tema da “aura” é abordado ao longo da obra “A Modernidade” mas neste caso específico está ligado á arte da fotografia.

Segundo o autor o apogeu da fotografia deu se exatamente na sua primeira década de descoberta, assim que a fotografia começa a ser mais “industrializada” tem como consequência o declínio da arte de fotografar ou da sua “aura”. Para Benjamin, um exemplo dos tempos áureos da fotografia era o trabalho de David Octavius Hill, um pintor escocês. As fotografias tinham singularidade quando eram chapas metálicas de câmaras escuras marcadas pela longa exposição do momento, sempre com a maior imobilidade possível para não tremer a imagem. Esta técnica exigia do fotógrafo uma concentração e uma dedicação o que capturava não só modelo, como também toda a temporalidade que era armazenada dentro da imagem é divida pelo artista e a sua captura de imagem.

        A primeira vez que a aura foi mencionada foi numa descrição de um retrato do menino Kafka presente no ensaio Pequena história da fotografia. O mesmo destacou-se pela artificialidade e extravagancia presentes no cenário, características que remetem ao inicio dos grandes ateliers e que esta relacionada a uma fase de declínio da fotografia. Eram vários os condicionamentos técnicos e essenciais para que as primeiras fotografias adquirissem uma dimensão. Assim sendo, era essencial que o fotógrafo possuísse uma técnica de qualidade, que fosse hábil na sua função, depositando o seu tempo e concentração genuinamente no momento presente.

        Devido a uma evolução da técnica e a uma maior facilidade de reprodução fotográfica dá-se inicio á fase de declínio da fotografia. O empenho e tempo necessários para se realizar uma fotografia é significativamente diminuído devido ao aparecimento de fotos instantâneas que podem ser tiradas por qualquer pessoa. Assim, perde-se toda a envolvência, o enredo homem-máquina essencial para uma fotografia bem sucedida, e com ela todo o fascínio e arte das fotografias antigas são diminuídos.

        O desenvolvimento do processo negativo-positivo, uma técnica que tornava possível a reprodução de várias cópias de uma fotografia levou a um afastamento dos artistas fotográficos e um aparecimento de homens de negócios no seu lugar.

        Há uma tentativa de recuperar as sombras presentes nas primeiras fotografias que, no entanto, não é conseguida uma vez que a tentativa de restabelecer a sua aura não foi eficaz.

Assim sendo, exponho a minha discordância em relação ao autor, pois na minha opinião as evoluções que houveram em relação á fotografia e á máquina fotográfica enquanto mecanismo foi o que nos permitiu ter uma maior oportunidade e poder de escolha na forma de trabalhar na fotografia, foram estas que nos abriram portas a uma maior qualidade, uma maior rapidez que se traduz na oportunidade de captar momentos mais efémeros. Pode se ter perdido a dificuldade e a técnica demorada que era necessário para fazer uma boa fotografia na sua primeira década de vida contudo, ganhou se novas técnicas e melhoramentos, o que pode facilitar em tirar uma foto “normal” mas não facilita o processo de conseguir captar o momento “ideal”.

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