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72 O CASO NISSAN: SUPERAÇÃO DA ANTINOMIA LIDERANÇA VERSUS BUROCRACIA

Artigos Científicos: 72 O CASO NISSAN: SUPERAÇÃO DA ANTINOMIA LIDERANÇA VERSUS BUROCRACIA. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/11/2013  •  436 Palavras (2 Páginas)  •  529 Visualizações

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RESUMO

Este artigo é resultado da investigação do processo de sucessão presidencial da Nissan, fato ocorrido após a transferência do controle acionário da empresa japonesa para a francesa Renault e que culminou na atribuição do cargo máximo da companhia ao brasileiro Carlos Ghosn. Dotado de características pessoais que permitem considerá-lo um líder com traços carismáticos, o executivo brasileiro assume o desafio de resgatar a empresa japonesa de um ameaçador déficit financeiro, tendo sido para tanto necessário romper com as amarras da tradição e a presença de processos extremamente burocráticos. Para a caracterização e análise do executivo brasileiro e da Nissan foi considerado o modelo de análise organizacional multidimensional-reflexivo de Alves (2003), que apresenta como fundamento a tipologia da ação social e os tipos ideais de dominação weberianos. Comparando a gestão do brasileiro Carlos Ghosn e do seu antecessor, o japonês Y. Kume pode-se concluir, com base no modelo de análise utilizado, que a antinomia liderança versus burocracia ocorre teoricamente para os tipos ideais, embora, na prática, os seus elementos se apresentem como contravenientes e não incompatíveis.

1 INTRODUÇÃO

Procurar explicar os diversos fenômenos ocorridos no ambiente empresarial e, sobretudo, buscar compreende-los em prol de uma maior eficácia da organização sempre foi o principal objetivo do pesquisador e dos dirigentes organizacionais. Dessa forma, modelo é um construto que o pesquisador estabelece para representar um objeto complexo e abrangente, na intenção de ser mais bem compreendido um conjunto de características que assim lhe interessa sob determinadas condições. Sendo assim, todo esforço de modelagem corresponde na intencional ênfase destinada a determinados aspectos e variáveis selecionados em detrimentos de outros. Especificamente, o modelo multidimensional-reflexivo (Alves, 2003), considera os componentes dos tipos puros de dominação como variáveis, que podem ser associadas entre si, sendo os mesmos componentes reelaborados e combinados de forma a garantir alguma originalidade e sendo o mesmo capaz de contribuir para a análise de organizações empresariais. Dessa forma, espera-se que o modelo permita analisar configurações estruturais e administrativas em ambientes de profunda mudança. Este artigo aplica o modelo para o caso Nissan, considerando, principalmente, a atuação de seu principal executivo, o brasileiro Carlos Ghosn, com o propósito de entender o processo de mudança instituído na Nissan por este dirigente e especula sobre as perspectivas de organizacionaisadministrativas após a gestão de Ghosn. O artigo abordará, inicialmente, os aspectos teóricos relacionados à tipologia weberiana de ação social; em seguida será caracterizado o modelo multidimensional-reflexivo(OMR); seguindo-se de uma breve narrativa da trajetória históricocultural da Nissan. Na seqüência, apresenta-se a aplicação do modelo ao caso em estudo, e finalmente algumas considerações sobre as possibilidades de estruturação organizacional da empresa japonesa após a gestão do brasileiro.

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