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Competências Versus Mercado De Trabalho: Um Estudo De Caso No Curso De Administração Da Faculdade Y

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Por:   •  9/12/2013  •  4.495 Palavras (18 Páginas)  •  524 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As inovações tecnológicas e organizacionais têm provocado grandes

transformações no mundo organizacional e como conseqüência, novas competências,

habilidades e atitudes têm sido requeridas aos indivíduos pelo mercado de trabalho.

Em um passado recente, a simples conquista de um diploma de ensino superior,

representava uma clara perspectiva de emprego e condições de trabalho. Todavia,

Fleury e Fleury (2001), argumentam que trabalho não é mais o conjunto de tarefas

associadas descritivamente ao cargo, mas se torna o prolongamento direto da

competência que o indivíduo mobiliza em face de uma situação profissional cada vez

mais mutável e complexa.

Diante de um processo de aprendizagem contínua, as faculdades exercem uma

contribuição valiosa no desenvolvimento do saber. Mas será que a missão de formar e

preparar o aluno perante as exigências do mercado está sendo eficaz?

Quando o curso superior não atinge seu objetivo, acaba provocando um

descompasso entre o produto final oferecido pelas escolas e as necessidades

organizacionais, levando as empresas a garimpar profissionais no mercado na urgência

de aumentar sua competitividade ou mesmo fazendo com que as mesmas desenvolvam

mecanismos próprios para formar e capacitar sua própria mão de obra, o que está se

tornando uma tendência, haja vista à criação das Universidades Corporativas por

inúmeras empresas de grande porte.

Nesse sentido, este artigo pretende comparar duas realidades: a primeira diz

respeito às competências desenvolvidas durante o processo da formação acadêmica do

Curso de Administração da Faculdade Y de Vitória - ES; e a segunda, averiguar quais

são as competências que o mercado de trabalho está buscando, especificamente, nos

Administradores, a fim de gerir resultados à organização.

Este estudo de caso teve uma investigação com caráter exploratório uma vez

que os estudos referentes ao tema podem ser considerados escassos. Para a coleta de

dados utilizou-se uma abordagem qualitativa por meio de entrevistas não-diretivas e

análise documental da Matriz curricular do Curso de Administração. Referente ao

tratamento dos dados coletados foi utilizado o método de análise de conteúdo.

A decisão de analisar este tema deu-se não somente pela relevância do assunto,

mas também, por constatar carência de análise que pudesse levantar questões

pertinentes à formação profissional do Administrador.

O ingresso em um curso superior geralmente é cercado de grande expectativa,

marcado pela euforia e idealização de que o novo ambiente educacional satisfaça

necessidades, promova mudanças pessoais e transforme o aluno em um profissional

capacitado. Entretanto, o reconhecimento desse profissional será validado pelo

mercado de trabalho através de competências capazes de agregar valor à organização.

Segundo Zarifian (2003), a educação profissional requer além do domínio

operacional, a compreensão global do processo produtivo, com a apreensão do saber

tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos valores

necessários à tomada de decisão.

Para um melhor entendimento do assunto serão explorados no referencial

teórico os temas considerados pertinentes: competências, formação acadêmica e

exigências do trabalho.

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.1 COMPETÊNCIAS

Muitos estudiosos compreendem a competência como o conjunto de três

elementos: conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (saber agir)

necessárias para que o indivíduo desenvolva suas atribuições e responsabilidades. Esse

enfoque é pouco instrumental, uma vez que o fato de as pessoas possuírem esses

atributos não é garantia de que elas irão agregar valor à organização (DUTRA, 2010).

Para melhor entendimento sobre competência, é importante destacarmos

algumas vertentes sobre o tema. Os estudos e modelos desenvolvidos durante as

décadas de 70, 80 e 90 por autores americanos como McClelland (1973), Boyatzis

(1982) e Spencer e Spencer (1993), afirmavam que competência é o conjunto de

qualificações que a pessoa tem para executar um trabalho com um nível superior de

desempenho. (Fleury e Fleury, 2001 apud Spencer e Spencer, 1993; McLagan, 1996;

Mirabile, 1997).

Em evolução a esta definição de competência, nas décadas de 80 e 90, os

autores europeus Lê Boterf (1994) e Zarifian (1996) desenvolveram conceitos e

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