A Antropologia Interpretativa e Paradigma Hermenêutica

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

TEORIA ANTROPOLÓGICA 2

Os 4 Paradigmas.                                                        

1) Intelectualista Diacrônica

A Escola Sociológica Francesa que teve início no século XX na França, tem como fundador Émile Durkheim, e como teórico Marcel Mauss. O diálogo entre Durkheim e Mauss fez parte do desenvolvimento da escola francesa.

Durkheim propôs que os materiais recolhidos pelos etnólogos nas sociedades primitivas fossem necessários ao entendimento da sociedade atual.

Segundo ele, existe uma especificidade social que foge das fronteiras psicológicas, biológicas e geográficas. O fato social deve ser buscado em outros fatos sociais anteriores e não nos estados de consciência individual.

Maus, por sua vez, acreditava que a sociologia era uma parte da antropologia. Em sua concepção, o fenômeno social é uma integração de diferentes aspectos constitutivos de uma dada realidade social –psicológicos, biológicos, históricos, religiosos – e por isso, devemos observar o ser em sua totalidade para compreender o social.

A consciência individual é parte do social e para compreender um fenômeno social em sua totalidade, é preciso enxergá-lo tanto com uma visão de etnólogo quanto com uma visão de ator social que vive aquele determinado fenômeno.

2) Empirista Sincrônica

O Funcionalismo teve início no período de 1920 na Inglaterra, e seus  principais teóricos são Malinowski e Radciliffe Brown. Suas obras se tornaram uma reação às teorias antropológicas evolucionistas.  

O funcionalismo tem como característica a observação participante do etnólogo no trabalho de campo, no qual busca uma sistematização do conhecimento acumulado sobre a cultura.

Malinowski e Radcliffe Brown excluíram o método comparativo, analisando os fatos culturais de cada grupo em seu contexto social concreto, estabelecendo um novo paradigma metodológico que substituía o método histórico especulativo.

3) Intelectualista Diacrônica

A Hermenêutica teve seu início nos anos de 1950 nos Estados Unidos e tem como principal teórico Clifford Geetz. Geetz parte do principio de que a Cultura é formada por teias de significados tecidas pelo homem, assim, para conhecer a cultura, mais que registrar, deve-se analisar e buscar o significado contidos nos atos, e não apenas descrevê-los.

A antropologia interpretativa analisa a cultura como hierarquia de significados, pretendendo que a etnografia seja uma “descrição densa”, de interpretação escrita e cuja análise é possível por meio de uma inspiração hermenêutica. É crucial a leitura da leitura que os “nativos” fazem de sua própria cultura.

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