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A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA

Por:   •  22/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.286 Palavras (6 Páginas)  •  397 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER

CURSO BACHARELADO EM SERVIÇOS SOCIAIS - EAD

Centro Associado (PAP): Tanque Novo

TUTOR LOCAL: Nilda Cardoso de Carvalho

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA

                                                                Roseli Guimarães da Cruz

RESUMO

A construção da identidade nacional brasileira nasce de mudanças e transformações históricas ao longo de vários séculos, passando pela origem indígena e miscigenação racial do povo, colonização do Brasil e mudanças políticas ocorridas no país, surgimento de uma cultura brasileira própria, destacando-se a literatura, a música, folclore, etc.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade nacional; Miscigenação racial; Mudanças político-culturais.

        O estudo do presente tema é de fundamental importância para que possamos entender como foi construída a identidade nacional, desde a origem histórica do seu povo, conflitos e características próprias surgidas a partir da junção de várias raças e culturas diferentes, bem como a aceitação dos elementos de cada cultura, organização de povoamento e exploração desse território para obter um determinado lugar, no espaço ficcional econômico e social, o modo de produção econômica a colonização em busca de atender a política da época, o mercantilismo, com o objetivo de formar a identidade própria da nação brasileira.        

        Na busca da identidade nacional exerceu papel preponderante o Serviço Social no Brasil na década de 30, o qual tinha uma ligação forte à Igreja Católica e era visto como uma caridade aos menos favorecidos. Como o país estava passando por um momento de grandes tribulações, pois a burguesia não conseguia conter as manifestações da classe trabalhadora, que questionava uma melhoria para exercer seu trabalho e justiça social. Com esse problema nasce uma preocupação, a Igreja Católica busca meios para manter a exploração da força de trabalho, passando a oferecer formação específica para moças de famílias tradicionais com a intenção de demonstrar uma ação social; isso, sem dúvida, moldou a identidade nacional em relação ao Serviço Social, pois as características próprias da cultura nacional, principalmente a aceitação da miscigenação de raças e absorção das culturas provenientes de cada povo, terminou por formar o sentido de nacionalidade mesmo diante das diferentes origens do povo brasileiro.

        A identidade nacional é construída por um conjunto de acontecimentos históricos, transformações e adaptações das várias culturas, que começam a criar um espectro do que seria uma identidade nacional no século XIX, e se concretiza no século XX. A palavra nação veio a ser reconhecida a partir desta época, pois não se tinha nenhum conhecimento sobre a mesma, em qualquer lugar do mundo. A identidade nacional é um discurso, que vem a ser constituída dialogicamente no decorrer dos anos. O Brasil, ao criar uma nação, que não é vinculada à Europa, passa a ter sucesso absoluto. A nação é um conjunto que tem origem em uma comunidade, no sentido de seguir um destino, superior às classes, superior às religiões e raças. Para tanto, precisa obter conhecimento de unidade, a identidade, que se faz necessário para compreender as diferenças em relação aos outros, a alteridade.

        Nação é construída com lembranças, aceitas por todos sem restrições, pois refere-se a uma herança, sendo assim, nação é ter parte desse patrimônio comum, como um bem de todos. A nacionalidade é, portanto, parte da identidade nacional, por sua vez, é uma condição social e espacial. Trata-se de características que têm uma relação com um entorno político uma vez que, em geral, as nações estão associadas a um Estado. O processo de formação identitária e determinante, em função do patrimônio de cada nação na propagação de seu culto.

        Para José Luiz Fiorin, há dois princípios que identificam a formação da identidade nacional: o princípio da exclusão e o da participação. Primeiramente vem o da exclusão, ato de selecionar; causando conflitos entre o exclusivo e o excluído. O regime que regulamenta o perfeito e o imperfeito. O segundo regime é o da participação, o responsável por esse processo é a mistura, causando um desequilíbrio entre a igualdade e a desigualdade. A igualdade descreve a ausência das diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade; desigualdade é uma porta de entrada para o surgimento de vários outros problemas sociais que afetam a sociedade.

        A cultura da triagem tem o poder de diminuição da transição cultural, que praticamente tornaria inexistente, pois seria freada na face do exclusivo e do excluído. É a cultura de intervenção, onde cada uma recebe um valor diferenciado.

        Ao construir a nacionalidade, sem a qual não haveria identidade nacional, a literatura teve importância fundamental, principalmente com os autores românticos. Alencar foi um dos principais atores na formação da identidade nacional, que escreveu um livro substancial para formação da identificação do povo para com suas características - O guarani. Nessa obra o autor descreve como era a vista típica do Brasil, erigindo daí a formação de um modelo significante da cultura brasileira. O Romantismo se mistura com a cultura e o romance de Alencar consagra em um mito de origem brasílica. A história de Peri e Cecília um casal unido pela diferença entre os valores indianos aos valores cristãos. O índio junta-se a uma portuguesa que recebera os valores de outro mundo. A união da cultura se dá nessa mistura, como também os europeus e americanos construindo um novo mundo. Ainda demonstrando a mistura no campo literário brasileiro temos a mestiçagem entre povos nativos, brancos, portugueses, colonizadores, e negros Africanos capturados e trazidos para o Brasil em “Casa-Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre. A beleza e a sensualidade da mulata Rita Baiana que se epõe à pureza da branca, nascidas de "o cortiço", de Aluísio Azevedo.

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