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A Desigualdade e a Invisibilidade Social na Formação da Sociedade Brasileira

Por:   •  4/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.005 Palavras (13 Páginas)  •  248 Visualizações

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                                                                                                                        Polo: Osasco

             

                              CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

 

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS - ATPS

NOME-Lucicleide Santos     RA-6921400063 clei.lu@hotmail.com

NOME-Sheila Rosa               RA-7302534663 sheilarst24@yahoo.com.br

NOME-Silvia Regina            RA-1299530491 sil.melosciola@hotmail.com

NOME-Suiane Borges           RA-6751356820 suianneborges@hotmail.com

NOME-Rosilene Moraes       RA-6790440081 lenelos@ig.com.

                     

                             PSICOLOGIA SOCIAL

Osasco,  de março de 2014 /São Paulo.

SUMÁRIO

-Introdução_________________________________________________________________1

 -Etapa I___________________________________________________________________2

 Humilhação Social

-Etapa II___________________________________________________________________5

A Desigualdade e a Invisibilidade Social na Formação da Sociedade Brasileira.

-Etapa III__________________________________________________________________7

Homens Invisíveis.

-Etapa IV__________________________________________________________________8

-Conclusão________________________________________________________________10

-Referências_______________________________________________________________11

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade analisar o homem em sua vida cotidiana e a sua invisibilidade publica na sociedade, proporcionando conhecimentos ligados à questão da humilhação social e outros fenômenos ligados ao tema, ressaltando os pontos principais que envolvem essa invisibilidade e partilhando com os demais membros as percepções de cada individuo envolvido nesse estudo a fim de promover uma reflexão critica da condição do homem enquanto profissional de uma categoria de “profissionais invisíveis”.

Temos a pretensão de expor nossas opiniões de forma que a politica publica seja eficiente e combata esta dura realidade que ate hoje nos atinge, só assim poderemos construir uma sociedade justa e igualitários onde todos nós possamos nos sentir cidadãos e exercermos nossos direitos de forma plena.

ETAPA I

HUMILHAÇÃO SOCIAL - UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA.

Devemos entender que a humilhação social está diretamente ligada à questão da desigualdade de classes, sendo que, quem percebe e sofre mais esses resultados são as camadas mais pobres da sociedade, que se deparam constantemente com ela.  Através de um profundo estudo Gonçalves Filho relata em sua obra o sério problema político e social – A humilhação social. O autor se utiliza em sua discussão das colaborações trazidas pelo Marxismo e pela Psicanálise, que segundo ele “não poderia ser deixado de lado às colaborações trazidas por ambas, apesar de esclarecer que ambos os métodos se bem usados na investigação não se fundem ou confundem, apenas se complementam".  
Para a visão Marxista a questão da humilhação social, é a solução que o homem busca para resolver a seus problemas de forma eficaz, ou seja, o homem luta constantemente em coletivo com a sociedade. Já para Freud, os adeptos da Psicanálise, entendem que o dilema da Humilhação Social inicia de dentro para fora do próprio indivíduo, e que só depois  começa a refletir ao grupo o qual pertence. 
Sendo assim , entendemos que a  Psicologia Social, não considera o indivíduo isolado, mas sim,  em grupo, em convivência com outros indivíduos em sociedade. Assim determinados problemas devem ser investigados de ambos os lados do homem como individuo da sociedade não podendo ser isolados. 
Segundo José Moura Gonçalves Filho, salvo raras exceções, “o homem só empreende em investir nas questões sociais, quando estas lhes são convenientes de algum modo ou lhes reverta em algum benefício, além de abordar sobre a desvalorização gradativa do ser humano pelo que simplesmente é recordar das pequenas atitudes e hábitos saudáveis do passado.” 
José Moura esclarece sobre a facilidade que o homem possui de receber regras impostas pela sociedade e que o expõe em humilhação social. Discorre sobre a ausência de elementos que justificariam a noção de superioridade de alguns indivíduos em relação a outros, sobretudo os pobres e, não raras vezes, com bastante naturalidade. Para Gonçalves Filho a "Invisibilidade Pública é expressão que resume diversas manifestações de um sofrimento político: a humilhação social, um sofrimento longamente aturado e ruminado por gente das classes pobres". A humilhação social é sofrimento ancestral e repetido. (GONÇALVES FILHO, 2004, P.21).

 Questiona também sobre o desequilíbrio político existente que aceita a imaginária superioridade dos ricos e a também imaginária inferioridade dos menos favorecidos.

ETAPA II
A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.

Gostaríamos de começar falando de Fernando Braga da Costa que tem uma visão psicológica crítica da qual nos chamou a atenção da psicologia com compromisso social. No ano de (2004) Costa fala da invisibilidade social com base na sua pesquisa sobre os garis, acompanhou a rotina destes profissionais e percebeu o quanto esta atividade é desqualificada socialmente, olhando e analisando criticamente podemos ver que estes trabalhadores são vistos de forma preconceituosa pela maior parte da sociedade, no livro Costa (2004) ele deixa de lado a prática técnica e volta o seu olhar para a desigualdade de forma inerente a um contexto cultural, Costa (2004) enxerga como transformação social o que ele realmente nos revela: são sujeitos invisíveis com uma desigualdade que insiste em permanecer invisível perante tanta gente. A origem da Invisibilidade Brasileira para Costa Invisibilidade Social aparece de forma bem direta e ate impactante, Costa (2004) nos mostra as consequências da desigualdade em nosso país. Já Souza (2000, 2003e 2006) retoma a desigualdade e a constituição no Brasil a partir do processo de modernização periférica, Souza ainda conclui que a maioria das pessoas entrevistadas se sente totalmente excluída da sociedade e tudo que querem na verdade é se sentir parte desta sociedade, se sentir gente. Já Sposati (1995) na sua visão o homem é somente notado quando se torna trabalhador, contribuindo para a previdência tendo apenas assim seus direitos assegurados, ou seja, se este enquanto individuo não trabalha tem seus direitos negados sendo considerado menos cidadão do que aquele que contribui com a previdência. Invisibilidade Social nada mais é que um processo de humilhação que vem construído de séculos e é o fator determinante nos indivíduos da classe pobre, ou seja, o que é de “pobre” não interessa a ninguém por isso acaba sendo alvo de humilhação e renegado por outras classes. Souza (2006) também relata que a mídia decide o que cada reportagem interessa e para quem interessa Souza ainda acredita no feiticismo da economia e como se o crescimento pudesse resolver a desigualdade e a marginalização, desigualdade social e pobreza são graves problemas e afeta quase todo o país da atualidade, pobreza existe tanto nos países pobres quanto nos países ricos, porem a desigualdade social e citada como fenômeno que atinge apenas países não desenvolvidos como o Brasil. No texto Desigualdade Social e Invisibilidade Social na Formação da Sociedade vem abordar de forma diferenciada incluindo desde a desigualdade de oportunidade ate a desigualdade de escolaridade, renda, gênero, entre outras tantas, a mais conhecida de todas elas é a desigualdade social que vem ser diferente pela forma de distribuição de renda entre ricos e pobres e infelizmente no Brasil esta desigualdade social é vista como cartão de visita para o mundo, pois o Brasil é o País mais desigual. Nós brasileiros precisamos perceber que não vamos combater ou mesmo reduzir a desigualdade social no Brasil se não tivermos um estado democrático efetivo, um exemplo claro de desigualdade é que a maioria ou senão todos os trabalhadores braçais são vistos como invisível o que acarreta para estas pessoas que tomam consciência desta condição grandes problemas psicológicos. Percebemos ainda que quase tudo que vivemos nos dias de hoje ainda tem muito haver com o nosso passado vindo da época da escravidão onde os escravos trabalhavam dia e noite sem direito a nada deixando seus senhores cada vez mais ricos. Invisibilidade Pública é nada mais que a junção de dois fenômenos psicossociais Humilhação Social e Retificação, tratando a violência simbólica e material que chega a oprimir cidadãos das classes pobres sejam eles do campo ou cidade, essa violência faz com que estas pessoas, estes invisíveis fiquem cada vez mais calados dentro dos seus próprios sentimentos e totalmente esmorecidos. A invisibilidade publica é mantida e fundada pelas motivações sociais, psicológicas e ate mesmo antagônicas da classe mais ou menos consciente. Uma pesquisa feita por Fernando Costa constata que a sensação de invisibilidade publica é extremamente chocante e dificilmente passa despercebida por aquele que sofre que sente que está apagado e que precisa reagir a todo instante para não se entregar ao desanimo, ao sentimento de inferioridade que trazem dentro de si. A pessoa de classe media deixam de cumprimentar os garis por uma única razão: eles entendem que o gari é apenas uma função e não Humano e o gari por sua vez param se proteger de tamanha violência jamais respondera a este cumprimento, na invisibilidade publica a comunicação fica totalmente comprometida por conta desta diferença econômica. Essas pessoas acabam estabelecendo conversas em forma de regime do que se consagra, do que é primordial nesta economia capitalista, ou seja, troca de mercadoria ou de serviço, e uma espécie de cegueira psicossocial eliminada do campo de visão da maior parte da população aos que são obrigados a exercer uma função desqualificada, desumana e ate degradante, às vezes ate uma vida inteira de trabalho. Este fenômeno chamado invisibilidade publica está também associado à reedificação, somente pessoas bem reduzidas e tidas como objetos podem parecer impotentes ou incapazes de interpelarem-se como humanos ou como iguais...

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