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A ECONOMIA NA DITADURA

Por:   •  28/4/2019  •  Resenha  •  2.507 Palavras (11 Páginas)  •  125 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS DE LUGAR

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

 

 

 

Componente curricular: Economia do Brasil

Professor (a): Nome Sobrenome

 

NOME SOBRENOME

 

 

 

ECONOMIA NA DITADURA:  

Reflexões sobre a realidade histórica  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CIDADE

        2018          

Resumo

Esse artigo tem por objetivo apresentar dados em um contexto histórico acerca da economia no período da Ditadura Militar no Brasil, utilizando como base o texto O desenvolvimentismo autoritário de 1968 a 1980[1], escrito pelo autor Luiz Carlos Delorme Prado[2].  

Introdução

 O Brasil atual olha para seu passado e percebe momentos de expansão industrial, grande êxodo rural e superlotação das cidades, endividamento, PIB em crescimento, poder aquisitivo tendo altos e baixos, inflação instável, e diversas outras características, mas principalmente, percebe que grande parte desses momentos aconteceram em um período curto - e conturbado de tempo.  

 Precisa-se entender que a economia foi uma das grandes causas para ocorrer o Golpe de 64, por isso, há necessidade de entender também, o que antecedeu ao Golpe, quais eram as medidas tomadas pelos governos anteriores e qual foi a pauta que os militares encontraram para cativar grande parte da população brasileira, que naquele momento, sendo que a parte que mais se agradou inicialmente foi a classe média.  

A ditadura trouxe consigo a visão do país que estava atrasado, perante os países vizinhos e a necessidade de expansão, pois precisava mascarar muitas outras faces autoritárias e retrogradas que estavam presentes nesse momento.  

O precedente do Golpe

 Após o suicídio de Getúlio Vargas, assumindo Café Filho, foi nomeado para o Ministério da Fazenda Eugênio Gudin, este que era um grande crítico sobre a industrialização do Brasil. Gudin viajou para Washington em 1954, para um reunião anual do FMI, tendo como objetivo a negociação da dívida externa do país. Não tendo o excito esperado, Gudin conseguiu tomar algumas providencias:  

Em primeiro lugar manteve a instrução nº70 da Sumoc, que previa um sistema de taxas múltiplas de câmbio e leilões cambiais, que tinha sido implantada em outubro de 1953, durante o governo Vargas. Esse sistema de taxas de câmbio múltiplas era funcional para permitir a importação de bens de capital necessário para a indústria brasileira e desestimular a importação de bens de consumo. Tinha, ainda, a vantagem de permitir que o governo obtivesse expressiva receita não orçamentária, resultante do diferencial entre as taxas de câmbio. Em segundo lugar institui a Instrução 113 da Sumoc, que permitia que a Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil (Cacex) autorizasse licença de importação sem cobertura cambial para equipamentos destinados à complementação dos conjuntos já existentes no país. (PRADO, Luiz Carlos Delorme. p. 25)

 Com essas medidas, - sendo um tanto quanto irônico o maior crítico da industrialização brasileira deixar aberta as possibilidades para ocorrer um acelerado crescimento industrial -  observou-se que as forças das transformações agora existentes, iriam acontecer independente da ideologia do governo. (PRADO, p. 25).

Entre os três maiores problemas que desafiavam os gestores da economia, só era possível enfrentar dois deles de cada vez. Isto é, havia uma constante pressão inflacionária, e era imperativo crescer; mas havia a necessidade de manter algum equilíbrio nas contas externas. Quando o país crescia, vinham as dificuldades de financiamento e de investimento no Brasil. À medida que eram criadas as condições necessárias para o investimento, aumentava a pressão inflacionária. Quando a pressão inflacionária ficava muito grande, o governo era obrigado a segurar o crescimento, perdendo a legitimidade e o apoio popular. Quando havia uma crise externa, tudo parava, porque ela liquidava a possibilidade de se fazer política doméstica. O administrador público, no caso, era obrigado a lidar primeiro com a crise econômica, para depois criar espaço para realizar outras políticas públicas. (PRADO, Luiz Carlos Delorme. p. 26)  A resposta para esse “trilema”, assim chamado pelo autor, era tolerando o aumento dos preços e com a deterioração da Balança de Pagamentos. Construiu-se no Brasil, em 1945, um acordo tácito, que englobava todas as correntes econômicas, da esquerda à direita: o Brasil tinha vocação para crescer e estava disposto a pagar o preço necessário para sustentar esse crescimento. (PRADO. p. 26) Com essa visão esperançosa de crescimento, Jucelino Kubitschek assumiu seu mandado em 1956 tomando atitudes ousadas. Nesse momento o FMI indicou ao país que não investisse tanto e que seu crescimento devesse ser gradual, Jucelino ignorou tal indicação, rompeu com o FMI e continuou com seu plano de metas e a construção da grande e cara capital Brasília.

         

Apesar das restrições externas, o Brasil substituiu a importação de automóveis, passando a produzi-los no país; consolidou a produção de aço; criou uma ampla indústria de eletrodomésticos. Mas, na década de 1960, ficou claro que era preciso ir além, ou seja, avançar na produção de bens intermediários, melhorar a infra-estrutura do país, inclusive com a expansão do setor elétrico e de telecomunicações. Cabia, também, ampliar o tamanho do mercado interno. (PRADO, Luiz Carlos Delorme. p. 26-27)

 Esse crescimento desacelerado de Jucelino, era por sua vez, um crescimento sem educação, distribuição de renda e com ampla desigualdade social. Sabendo que além de todas essas peculiaridades, foi um crescimento que causou grande crise política e social no país.

 Após Jucelino, Jânio Quadros e Jango Goulart tentaram reverter algumas das políticas aplicadas pelo ex presidente, mas todas as tentativas eram falhas, assim logo deu início uma crise econômica no país, fazendo com que a população perdesse seu poder aquisitivo, restrição no número de exportação e a Balança de Pagamentos estivesse em desequilíbrio.

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