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A Evolução Do Pensamento POlitico

Trabalho Universitário: A Evolução Do Pensamento POlitico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/12/2014  •  10.201 Palavras (41 Páginas)  •  1.989 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Estado moderno dominou as preocupações filosóficas durante séculos, sensibilizando pensadores do calibre de Maquiavel e de Marx, dentre outros.

A idéia do pacto entre os indivíduos para constituir o Estado, cada um deles delegando e abdicando de sua própria autoridade em nome da autoridade única do soberano que é, ele próprio, um indivíduo, é o centro das teorias contratualistas e do jus naturalismo.

O objetivo do trabalho é mostrar a evolução do pensamento político de alguns dos grandes pensadores e suas concepções de Estado e sociedade.

Instituições e Pensamento Politico na Antiguidade

A antiguidade, época que se estende desde o aparecimento da escrita até o ano 476 da Era Cristã, data do fim do Imperio Romano do Ocidente, mostra do ponto de vista politico, diferente aspectos conforme-se se tratar do Oriente ou do Ocidente.

No Oriente seja no Egito, na Assiria ou na Caldeia, na Persia, Palestina, India, China ou mesmo Japão, o Estado tem caraterística duradouras, que perduram até o século XX. Enquanto isso no Ocidente, Grecia e Roma, as característica originarias sofreram um processo de transformação lenta, mas decisiva, desde o aparecimento das cidades-estado gregas até os atuais Estados do mundo ocidental.

O Estado na Antiguidade Oriental

O que caracterizou o Estado no antigo Oriente, apesar de uma ou outra peculiariedade, foi o caracter sacro e religioso do poder, sendo o soberano considerado divino e filho dos deuses.

Assim foi o caso do Egito no tempo dos faraós e da Assiria no tempo de Asurbanipal. Mesmo no Estado de Israel, em que os hebreus só adoravam Jeovah único Deus, o rei não era considerado divino, mas legitimo por ser escolhido por Deus. Foi o caso de Davi, ungido rei pelo profeta Samuel, ao invés de Jonatas, filho do rei Saul, pois este caíra no desagrado do senhor, por suas torpezas.

Outra característica marcante era identificação total entre poder politico e religioso, patriotismo e religião.

Também havia total concentração dos poderes legislativo, executivo e judiciário nas mãos do rei e nenhuma forma de representação da sociedade, nem da elite, nem do povo. Era o absolutismo ou despotismo absoluto.

Instituições Politicas Gregas

No Ocidente notam-se algumas diferenças. O governo monárquico e religioso dos primeiros tempos é substituídos gradativamente por governos republicanos, a esfera do governo se distingue, embora sem se separar, da esfera da religião. Separa-se a moral e a religião e o direito. O governante não é considerado divino nem indicado pelos deuses, é eleito pelo povo, pelos cidadãos comuns.

Na grecia, não havia um só Estado grego, mas varias cidades estados ou em grego Polis, na sua maior parte, por volta do século VI a.c, já eram todas republicas, mas havia distinções a se fazer.

Em Esparta a sociedade era estruturada rigidamente da seguinte maneira espartanos, descendente dos conquistadores dórios e únicos a ter cidadania, posse de terras e monopólio do poder militar, religioso e politico, periecos descendentes dos povos que foram submetidos ao domínio dos dórios dedicavam-se ao comercio e ao artesanato hilotas considerados propriedade do Estado, portanto servos, que representavam a maior parte da população e da mao de obra do trabalho agrícola.

Quanto ao governo espartano, é possível asseverar qeue era controlado por uma diarquia, ou seja, dois reis com funções religiosas e militares. O comando maior era exercido por Eforato composto por cinco membros cleitos anualmente que dirigiam o Estado Gerusia composta por vinte e oito homens maiores de sessenta anos, que controlavam a atividade dos monarcas e atuavam no campo legislativo e por im existia Apela, composta por todos os espartanos de trinta anos, com funções eletivas e legislativas.

Todo esse sistema foi criado para perpetuar o modo de vida espartano, extremamente oligárquico e militarizado, para controlar os hilotas pela forma e dar continuidade as conquistas militares, os espartanos orientavam a educação do cidadão para a obediência absoluta a autoridade e para a habilidade física, essencial no meio militarizado.

Em Atenas, logos se terminou com a aristocracia dos nove arcontes e através das Leis da Sólon, em 612 a.c, certa burguesia comerciante assumiu o poder. Em seguida se chegou com a reforma de Clistenes á democracia. Mas dessa democracia não participavam as mulheres, nem os estrangeiros, nem a grande massa dos escravos. Democracia bem relativa, portanto. Como os cidadãos ateniense votavam pelo bairro, ou demos, foi essa a origem da democracia ou governo do povo dos bairros.

O Pensamento Politico Grego

Platão

Aristocles de Atenas, mais conhecido como Platao de Atena 429-347 a.c, escreveu o livro Politeia, cujo titulo mais familiar deriva de sua tradução latina, a republica ou da Justiça, nessa obra o mais brilhante discípulo de Socrates apresenta o que seria a cidade ou estado ideal e consequentemente justa.

Os diálogos platônicos são divididos em três fases jovens, médios e da maturidade, tais diálogos demonstram uma transição evolutiva no pensamento de Platao. Em sua obra A Republica da fase dos diálogos médios o pensador apresenta a justiça ideal na cidade. Na obra As Leis um dialogo da maturidade, o pensador em comento apresenta um sistema coercitivo que visa organizar a polis.

Platao não leva em consideração a questão do generio humano, mas sim a natureza e bem por isso a mulher poderia exercer qualquer função na cidade platônica, seja produtora guardiã ou sábia. Este aspecto é relevante, pois todos deveriam participar da vida publica, tanto na esfera politica como militar, motivo inclusive pelo qual Platao admirava Esparta. A participação feminina nas classes superiores proporciona uma integração plena e uma perspectiva de unificação da cidade, superando as oposições entre homens e mulheres.

Outro aspectos interessante seria a ilicitude de mentir conferida aos dirigente da cidade, seja para enganar os inimigos ou os próprios cidadãos, desde que essa medida ou seja para enganar os inimigos ou os próprios cidadãos, desde que essa medida traga vantagem a comunidade. Somente aos governantes teria a possibilidade de mentir aos demais habitante é proibido mentir tendo em vista que não tem a sabedoria sobre seus atos.

Após propor a cidade ideal em a Republica, Platão repense alguns aspectos quanto

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