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A Evolução do Pensamento Econômico

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Por:   •  29/9/2013  •  Tese  •  3.742 Palavras (15 Páginas)  •  350 Visualizações

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A Evolução do Pensamento Econômico

Introdução

O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré-Científica e Fase Científica Econômica.

A fase pré-científica é composta por três subperíodos. A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos políticos-filosóficos. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico-filosóficas e tentativas de moralização das atividades econômicas. E, o Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente, do comércio.

A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma "ordem natural", onde o Estado não deveria intervir (laissez-faire, laissez-passer) nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de preços ("mão-invisível"). Já o marxismo citava a "ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de renda e na exploração do trabalho.

Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo, portanto, destaque. É na Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e surge a teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuações de mercado e o desemprego (suas causas, sua cura e seu funcionamento).

Das Origens até 1750 (Fase Pré-Científica da Economia)

Grécia Clássica(antiguidade)

Com o aumento da complexidade social e da escassez, tornou-se mister a existência de um estudo com o objetivo de, com o desenvolvimento tecnológico, satisfazer um maior número de pessoas e/ou necessidades, trabalhando sob o plano da otimização, racionalização e do planejamento.

Esse período é caracterizado, principalmente, pelo desenvolvimento dos estudos políticos-filosóficos. As ideias econômicas emanadas dessa época eram fragmentadas nestes estudos, ainda não constituindo, portanto, um ramo científico independente.

- Principal Autor:

Xenofonte, pensador grego autor de diversos escritos sobre a agricultura e o sistema tributário, utilizou o termo "econômico", em uma obra do mesmo nome, porém ainda não se podia cogitar em um pensamento independente. Pode-se dizer que, de um modo geral, o pensamento econômico voltava-se, predominantemente, para a solução de problemas particulares e das transações comerciais. Aristóteles também exerceu forte influência na evolução desse pensamento, sendo autor de obras em que se discutia a função do Estado, a usura e os salários, o intercâmbio e a aquisição, o valor e a formação da riqueza; contribuindo às teorias do valor que hão de vir, dos preços e da moeda.

Os pensadores romanos estavam intimamente ligados à área do Direito, não obstante a troca de produtos fosse mais intensa em Roma do que na Grécia. Roma possuía um vasto império, com uma desenvolvida rede rodoviária e uma intensa navegação, elementos que a transformaram em um importante polo econômico, estimulando as transações comerciais e a criação de sociedades mercantis. No entanto, os romanos se preocupavam fundamentalmente com a política, restando à economia algumas observações sobre as atividades agrícolas.

Conclui-se então, que apesar das importantes contribuições dos pensadores gregos e romanos ao desenvolvimento do pensamento econômico, todos esses filósofos estiveram atados à filosofia e à política. Todas as obras nitidamente econômicas se baseavam em princípios morais e políticos, carecendo de aspectos científicos.

Escolástica Medieval

Com a decadência de Grécia e Roma deu-se início à Idade Média, caracterizada por uma nova fase da economia e da cultura, onde a igreja controlava o poder político e econômico. O pensamento econômico ainda não tinha se tornado independente dos estudos político-filosóficos, igualmente como ocorria na antiguidade greco-romana.

Costuma-se designar a Idade Média como um período onde não houve desenvolvimento cultural, científico ou econômico, o que não é verdade. Apesar de ter havido uma desaceleração desenvolvimentista, não houve propriamente uma estagnação. Não obstante o comércio ter desempenhado um papel secundário, nunca deixou de existir; se o artesanato declinara, ainda havia muitas oficinas produzindo para o consumo local.

Com o crescimento demográfico e um consequente excesso de oferta de mão de obra, houve um aumento na produção que desenvolveu as cidades e o comércio internacional, mobilizando grandes capitais. Por isso, surgiram vários elementos característicos da economia moderna como pôr exemplo a divisão do trabalho, o sistema bancário, diversas formas de associação, que se desenvolveram no decorrer da evolução do pensamento econômico..

Procurando equilibrar as relações de mercado, protegendo os consumidores e os produtores de menor escala, a Igreja regulou o mercado de forma que a ética estaria presente em todos os momentos. Deste modo, a livre iniciativa e a concorrência tornavam-se perigosas, pois os mais poderosos dominariam os mais fracos, havia um combate à usura que por sua vez era considerada imoral. A cobrança de juros era condenada, pois acreditavam-se que o que gerava riqueza era o trabalho árduo e a natureza e não a extorsão de bens do devedor por parte do credor. A propriedade privada era considerada legítima desde que estivesse subordinada ao bem comum.

Principal Autor:

Tomás de Aquino. Em suas obras percebe-se sua preocupação com a correta utilização da propriedade privada, com um sistema de preços justos, com o comércio, com a usura e com os sistemas salariais. Pregava a ética no comércio, dizendo que o apego ao lucro é vergonhoso e deve-se buscá-lo como remuneração de seu trabalho e não como fim.

A igreja procurou moralizar o comércio, valorizando a dignidade do trabalho, condenando os juros, buscando o "justo preço", o equilíbrio dos atos econômicos, a moderação dos agentes econômicos e protegendo os mais fracos dos mais poderosos.

Mercantilismo

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