A História da Loucura

Resenha crítica sobre: FOUCAULT, Michel. História da Loucura na Idade Clássica.Tradução Editora Perspectivas, SP, 1972. José Teixeira  Coelho Netto (Disponível na BCE - 20 exemplares) (Cap 2. A Grande Internação Pág. 52 a 89)   

Em seu livro a história da loucura, Foucault começa abordando a idade média e como a exclusão dos leprosos foi determinante para que a loucura ocupasse o espaço da exclusão, o internatos eram visto como locais de preguiçosos, mendigos, doentes e não como um local onde as pessoas poderiam ser tratadas, esses locais passaram a ser locais para tirar as pessoas de circulação e do convívio social e também como mão de obra barata, em sua obra Foucault também relata que muitas pessoas foram presas de forma arbitraria.

“É sabido que o século XVII criou vastas casas de internamento; não é muito sabido que mais de um habitante em cada cem da cidade de Paris viu-se fechado numa delas, por alguns meses. É bem sabido que o poder absoluto fez uso das cartas régias e de medidas de prisão arbitrárias; é menos sabido qual a consciência jurídica que poderia animar essas práticas”. (Pág. 55)

Essas pessoas ficavam nesses internatos de forma desumana, passavam por situações extremas de violência e vulnerabilidade totalmente a margem da sociedade, era processo que deixava claro a tentativa de higienização social, ou você é acordo com os padrões estabelecidos ou você não serve.

Até hoje reverbera em nossa sociedade estigmas e preconceitos que foram estabelecidos nos séculos anteriores, pessoas me nossa sociedade que passam por extremo sofrimento psíquico, mas que tem vergonha de procurarem algum tipo de tratamento porque são taxadas como loucas da época Foucaultiana.

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