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A Organização Bolchevique

Por:   •  8/4/2021  •  Resenha  •  10.572 Palavras (43 Páginas)  •  97 Visualizações

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ESTUDO SOBRE O PARTIDO BOLCHEVIQUE

  1. A RELAÇÃO ENTRE O PARTIDO E AS MASSAS; A DISCIPLICA E A DEMOCRACIA

  1. OS CONGRESSOS, FUNCIONAMENTO, DIREÇÃO, CRISES, DIFERENÇAS POLÍTICAS

(Antes da degeneração)

  1. OS CONGRESSOS, FUNCIONAMENTO, DIREÇÃO, CRISES, DIFERENÇAS POLÍTICAS

(Durante a degeneração)

  1. A RELAÇÃO ENTRE: O PARTIDO E AS MASSAS; A DISCIPLICA E A DEMOCRACIA

Que fazer? V. I. Lenin

O único princípio sério em matéria de organização deve ser: segredo rigoroso, escolha rigorosa dos membros, formação de revolucionários profissionais. Reunidas essas qualidades, teremos algo mais do que o "democratismo": uma confiança plena e fraternal entre revolucionários.

Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo. Lenin, Vladimir. 1920. (Cap. 2 Trechos – Grifos nossos)

Uma das condições fundamentais do êxito dos Bolcheviques

Hoje, sem dúvida, quase todo mundo já compreende que os bolcheviques, não se teriam mantido no poder, não digo dois anos e meio, mas nem sequer dois meses e meio, não fosse a disciplina rigorosíssima, verdadeiramente férrea, de nosso Partido, não fosse o total e incondicional apoio da massa da classe operária, isto é, tudo que ela tem de consciente, honrado, abnegado, influente e capaz de conduzir ou trazer consigo as camadas atrasadas. 

(...)

A experiência da ditadura proletária triunfante na Rússia, repito, demonstrou, de modo palpável, a quem não sabe pensar ou a quem não teve oportunidade de refletir sobre esse problema, que a centralização incondicional e a disciplina mais severa do proletariado constituem uma das condições fundamentais da vitória sobre a burguesia. Fala-se disso com freqüência. Mas não se medita suficientemente sobre o que isso significa e sobre as condições em que isso se torna possível. Não conviria que as saudações entusiásticas ao Poder dos Sovietes e aos bolcheviques fossem acompanhadas, mais amiúde, pela mais séria análise das causas que permitiram aos bolcheviques forjar a disciplina de que necessita o proletariado revolucionário? 

(...)

A primeira pergunta que surge é a seguinte: como se mantém a disciplina do partido revolucionário do proletariado? Como é ela comprovada? Como é fortalecida? Em primeiro lugar, pela consciência da vanguarda proletária e por sua fidelidade à revolução, por sua firmeza, seu espírito de sacrifício, seu heroísmo. Segundo, por sua capacidade de ligar-se, aproximar-se e, até certo ponto, se quiserem, de fundir-se com as mais amplas massas trabalhadoras, antes de tudo com as massas proletárias, mas também com as massas trabalhadoras não proletárias. Finalmente, pela justeza da linha política seguida por essa vanguarda, pela justeza de sua estratégia, e de sua tática políticas, com a condição de que as mais amplas massas se convençam disso por experiência própria. Sem essas condições é impossível haver disciplina num partido revolucionário realmente capaz de ser o partido da classe avançada, fadada a derrubar a burguesia e a transformar toda a sociedade. Sem essas condições, os propósitos de implantar uma disciplina convertem-se, inevitavelmente, em ficção, em frases sem significado, em gestos grotescos. Mas, por outro lado, essas condições não podem surgir de repente. Vão se formando somente através de um trabalho prolongado, de uma dura experiência; sua formação é facilitada por uma acertada teoria revolucionária que, por sua vez, não é um dogma e só se forma de modo definitivo em estreita ligação com a experiência prática de um movimento verdadeiramente de massas e verdadeiramente revolucionário. 

A História da Internacional Comunista. Broué, Pierre. Editora Sunderman. Tomo 1.

O congresso[1] começa pelos grandes debates de princípios. O primeiro ponto na ordem do dia diz respeito ao papel e a estrutura dos partidos comunistas. Ele fora comunicado em quatro línguas. Zinoviev, que introduz o debate, impressiona por um desenvoltura e segurança melhoradas. Ele polemiza com Pannekoek, que opõe “massa” ao “partido”: para os comunistas, o partido é somente a fração mais avançada, a mais consciente, portanto a mais revolucionária das massas. Zinoviev insiste sobre o que não deve ser o partido, considerando, o que fora demonstrado, segundo ele pelos da II Internacional. Ele convida os delegados a refletirem seriamente sobre o fato de que os comunistas teriam sido vencidos vinte vezes na Rússia, se não tivessem um partido centralizado, com uma disciplina militar. (...) Paul Levi volta sobre a questão da distinção entre classe e partido: é, para ele em particular, a “clareza, a cabeça esclarecida” o objetivo claro, a natureza clara e bem definida e o programa claro e bem definido do partido. Porém, uma concha sem seu animal é um ser morto e todo partido que não encontra o caminho das massas está condenado a ser uma seita: eis ai, segundo ele, o problema essencial. (Pag. 201)

Trotski critica Levi, a quem reprova ter afirmado enfaticamente que a grande massa dos trabalhadores tem consciência da necessidade de um partido, o que não é exato. (Pag 201)

[A bolchevização - eixo do V Congresso da Internacional, 1924]

Heinz Neumann[2], em teses sobre a bochevização, dá uma definição absolutamente nova do partido: vanguarda, minoria revolucionária entre os operários conscientes, ele dirige toda a classe em seus combates e tem por missão organizar a revolução. Porém trata-se aqui, sem dúvida de uma interpretação demasiado ligada ao passado revolucionário dos partidos. Ela é precisada, e na realidade modificada, ulteriormente por uma carta de Zinoviev publicada na Pravda, de 18 de janeiro de 1925. Não se trata mais verdadeiramente de “tomar o poder”, mas principalmente de “cerrar fileiras”. No V Plenum[3], um discurso de Zinoviev traz para a bolchevização e seu conteúdo um pouco de informação nova: “A palavra chave de bolchevização nasceu na luta contra a direita. Ela será principal e naturalmente dirigida contra ela, mas também, bem entendido, contra os desvios ultra esquerdistas e contra o pessimismo que aqui ou ali pesa sobre nós.” (Pag.478)

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