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A tragédia de Bhopal

Seminário: A tragédia de Bhopal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/5/2014  •  Seminário  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  185 Visualizações

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BHOPAL

A tragédia de Bhopal foi um desastre industrial que ocorreu na madrugada de três de dezembro de 1984, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É considerado o pior desastre industrial ocorrido até hoje, quando mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadora, foram expostas aos gases. O número total de mortes é controverso: houve num primeiro momento cerca de 3.000 mortes diretas, mas estima-se que outras 10 mil ocorreram devido a doenças relacionadas à inalação do gás. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, negou-se a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como consequência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região filhas de pessoas afetadas pelos gases também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química (Dow Chemicals), informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e no entorno da antiga fábrica.

Em 2001, a Dow Química comprou a Union Carbide. Por esta aquisição, a Dow passou a ser responsável não apenas pelos ativos da empresa, como também por seus passivos ambientais e pelos crimes cometidos em Bhopal. No entanto, a Dow continua negando sua responsabilidade pelo crime cometido.

A empresa tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas pelo desastre, pagando ao governo da Índia uma indenização irrisória em face de gravidade da contaminação. A Union foi intimada a compensar aqueles que, com o desastre, perderam sua capacidade de trabalhar. A companhia se recusou a pagar 220 milhões exigidos pelas organizações de sobreviventes. Em fevereiro de 1989, depois de cinco anos de disputa legal, o Governo Indiano e a empresa chegaram a um acordo de 470 milhões. Supostamente, esta quantia deveria pôr fim a toda responsabilidade da indústria perante a sociedade. A indenização médica, de 370 a 533 por pessoa, seria suficiente apenas para cobrir despesas médicas por cinco anos. Muitas das vítimas, incluindo-se crianças sofrerão os efeitos pelo resto da vida. A indenização acordada não cobriu despesa médicas ou prejuízos relacionados à exposição contínua à área contaminada. O maior acidente industrial do mundo custou à Union Carbide apenas 0,48 por ação.

Os moradores encontram-se revoltados e indignados com a situação em que vivem. pela toxicidade do local e, segundo ele, o governo não é nem um pouco sensível à essa situação: olha para os sobreviventes com um olhar de desgosto. Boatos dizem que as vítimas não receberam todo o dinheiro da compensação paga pela Union Carbide ao governo.

Vinte e cinco anos depois as ações tomadas foram apenas retóricas ou cosméticas. As pessoas continuam,

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