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ABANDONO OU “EXPULSÃO”? UMA ANÁLISE DAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO BULLING HOMOFÓBICO NA VIDA DO ALUNO DE ESCOLA DO CAMPO

Por:   •  26/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.035 Palavras (13 Páginas)  •  252 Visualizações

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               FACULDADE DE CIÊNCIAS DA BAHIA - FACIBA

                                     EDUCAÇÃO DO CAMPO

                                   EDSON PESCA DE JESUS

ABANDONO OU “EXPULSÃO”? UMA ANÁLISE DAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO BULLING HOMOFÓBICO NA VIDA DO ALUNO DE ESCOLA DO CAMPO.

PORTO SEGURO

                                                     2020

ABANDONO OU “EXPULSÃO”? UMA ANÁLISE DAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO BULLING HOMOFÓBICO NA VIDA DO ALUNO DE ESCOLA DO CAMPO.

Edson Pesca de Jesus

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO-  Para que a sociedade seja construída de forma plural e democrática, é preciso que se reconheça a educação e a diversidade sexual como direitos fundamentais os quais devem ser assegurados a todxs sem qualquer distinção. Assim, o presente trabalho versa sobre os desafios em relação à proteção e garantia do direito à diversidade sexual e à educação escolar no ambiente de escola do campo, bem como no combate as violações de direitos das minorias sociais e no enfrentamento ao bullying homofóbico que são os principais motivadores do abandono (expulsão) e evasão escolar desse segmento populacional. Pretende-se aqui comtemplar a intersecsualidade entre os alunos do campo e aqueles declarados LGBTTQI. O texto analisa as principais as consequências do bulling homofóbico na vida dos estudantes de escola do campo declarados como LGBTTQI. A fim de referendar esse argurmento o autor utiliza a entrevista e a observação de alunos  do Ensino fundamental II e do Ensisno médio de escolas públicas do município de Porto Seguro na costa do descobrimento do Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Educação do Campo; Bullyng Homofóbico; Diversidade Sexual; Abandono escolar.

                edpesca21@outlook.com


INTRODUÇÃO

O abandono  escolar continua sendo um dos maiores desafios do Sistema educacional do brasileiro. A maior prova disso é que, dentre os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio, só 84,3% estudam. O maior desafio, atualmente, se concentra nessa faixa, aponta Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais do movimento Todos Pela Educação. No caso de o alun@ ser identificad@ e/ou auto – declarad@ lésbica, gay, bissexuais, travesti ou transgênero em intersecção com com as classes historicamente minorizadas  como os estudantes de escola do campo, os índices de abandono escolar são muito mais expressivos. De acordo com o defensor público João Paulo Carvalho Dias que é presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil e membro conselheiro do Conselho Municipal de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em Cuiabá, o Brasil concentra 82% da evasão escolar de travestis e transgêneros. Estimativas atuais indicam que no Colégio Estadual Eraldo Tinoco, uma escola pública do município de Porto Seguro que atua no Ensino médio e que é umas escolas pesquisadas, a cada 10 estudantes declarados LGBTTQI apenas dois concluem o a última etapa do ensino médio, desses apenas um ingressa na Universidade. Desse total 50% são egressos de escolas do campo ou residem em comunidades rurais.Tal estatística aterradora suscita questões inquietantes. O estudante LGBTTQI do campo abandona a escola ou está sendo “expuls@”? O que a comunidade escolarestá fazendo para mudar essa realidade? Qual é o papel do professor na promoção de políticas em prol da diversidade e da igualdade sexual e de gênero? Pesquisas e estudos apontam para dois principais fatores responsáveis pelo abandono escolar de alunos LGBTTQI de escola do campo: A heteronormatividade institucionalizadag e o “bulling” homofóbico são certamente as principais causas de abandono escolar dentre os estudantes LGBTTQI do campo.

Há um caminho sólido rumo ao processo de desconstrução da heteronormatividade no ambiente escolar  que certamente impactaria no enfrentamento ao bulling homofóbico. Esse caminho perpassa pelo respeito à diversidade sexual e de gênero considerando a intersecsualidade entre as classes historicamente minorizadas como negros,indígenas, LGBT e o sujejitos do campo.

A presente propositura objetiva despertar para o enfretamento ao buuling homofóbico em todas as suas vertentes. Fazendo da luta de “uns (as) a luta de todos (as). Pretende-se também conclamar as comunidades escolares para desconstrução da heteronormatividade, do classismo, do racismo e do eurocentrismo nas escolas.

Por se tratar de uma temática urgente e atual, esse artigo confere grande relevânicia para comunidade acadêmica, principalmente a da educação à distãncia, cuja tangente toca nos minorizados.Contudo, a principal importância está direcionada às pessoas do campo decididamente não-binárias, cujas vozes precisam ser dessilenciadas a fim de promover a justiça e a igualdade  de direitos de vida.

Como embasamento metodológico utilizo-se a a pesquisa-ação em conjunto com observação em lócus dos sujeitos envolvidos. A partir do ambiente escolar da reflexão nas falas desses sujeitos, professores, coordenadores, gestores e estudantes de escolas públicas.

DESENVOLVIMENTO

Pessoas não nascem homofóbicas, são incentivadas desde crianças a tornarem-se homofóbicas, sendo a Heteronormatividade, o cerne dessa modelagem vil e socialmente inaceitável. A heteronormatividade nutre a ideia de que os seres humanos recaem em duas categorias distintas e complementares: macho e fêmea (binarismo de gênero); que relações sexuais e afetivas são normais somente entre pessoas de sexos diferentes; e que cada sexo tem certos papéis naturais na vida. Assim, sexo físico, identidade de gênero e papel social de gênero deveriam enquadrar qualquer pessoa dentro de normas integralmente masculinas ou femininas, e a heterossexualidade é considerada como sendo a única orientação sexual normal. Tal pensamento legitima a violência contra pessoas não - hetero em diversas áreas da sociedade, contudo, é na escola que esse tipo de violência tem se fortalecido. Isso porque a Escola foi instrumentalizada ao longo da história para reproduzir os dogmas da heteronormatividade reforçados pelas ideologias classistas, sexistas e machistas e eurocêntricas prevalecentes no Brasil. De acordo Isabella Tymburibá (2013, p.1)

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