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ATPS Ciências Sociais

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Por:   •  27/9/2013  •  2.657 Palavras (11 Páginas)  •  261 Visualizações

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CAPITULO 1

A Construção Social da Realidade

Indivíduos e organizações podem perfeitamente se localizar fora da realidade. Pelo menos daquela considerada aqui por Berger e Luckmann como um fenômeno socialmente construído a partir dos repertórios dos atores sociais constituintes da vida cotidiana. Esse fenômeno alcança todas as tipologias organizacionais, obedecendo, contudo a importantes variações, de acordo com a sua constituição específica (identidade), traços de cultura, modelos de autocompreensão, visões e valores consolidados.

As organizações de governo, no exercício da representação pública e do cumprimento do papel do estado, dão exemplos categóricos de distanciamentos (maiores ou menores) do contato com a realidade social ampla e complexa de um país. O modelo de comunicação com a sociedade que marca o exercício do poder executivo, legislativo e judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal, sem dúvida passa por práticas de descolamento e descompromisso pleno com a inclusão dos atores sociais legítimos na composição de uma leitura ampla e diversa da realidade social. Nessas organizações, o que se vê em termos de gestão de processos comunicacionais normalmente está baseado em fluxos de informação unilaterais, cujos caminhos de escoamento são a grande imprensa e os espaços publicitários comprados a peso de ouro. Pouco se vê ou ouve falar de estruturas sólidas, abrangentes e confiáveis de relacionamento direto ou interação dialógica com o cidadão, com a exceção de algumas poucas experiências pontuais.

Já as empresas privadas, geralmente tomadas como modelos para a reflexão teórica e prática da comunicação organizacional, apresentam situações as mais distintas e extremas, que vão de experiências muito bem sucedidas de construção social da realidade e participação efetiva na vida cotidiana de um dado ambiente social; a práticas autoritárias e impositivas de modelos mentais e conceitos pré-definidos no contexto do relacionamento com públicos estratégicos. Em alguns casos, esses extremos são protagonizados pela mesma organização, por sua vez, as organizações não governamentais enquanto agrupamentos espontâneos da sociedade civil por vezes de caráter representativo, ou assistencialistas, ou ideológicas ou ainda de mobilização comunitária dadas as suas características próprias de formação e de sentido essencial (afirmativas de modelos mentais e de perspectivas de realidade social desprezadas ou não valorizadas pelo estado, pelo poder econômico ou mesmo pelo homem comum), parecem oferecer experiências mais bem sucedidas de comunicação, no sentido da disposição de incorporar as tipificações objetivas e subjetivas dos atores envolvidos na configuração de uma realidade cotidiana socialmente construída. Geralmente a existência e sobrevivência dessas organizações dependem, essencialmente, da sua capacidade de construir, defender e afirmar realidades sociais marginalizadas, a partir da sua capacidade de comunicação e interação social.

É no contexto dos processos de comunicação nas organizações que deveria se dar a relação das organizações com a cultura, pois é por meio desses processos que elas acessam o imaginário social e capturam informações sobre o ambiente (história, tradições, valores, comportamentos, sentimentos, tendências, perfil dos atores sociais, conflitos, expectativas, demandas etc.), internalizando-as, processando-as e dando-lhes sentido para lhes dar, também, emprego futuro nos processos de decisão, ação, discurso e participação efetiva no universo simbólico do ambiente social em que se insere.

Resta-nos um sentimento de que as organizações, de um modo geral, precisam se empenhar em esforços de leitura e de penetração no universo cultural dos seus relacionastes, não para buscar estratégias de jugo e dominação, mas para compartilhar universos simbólicos e participar da construção de um modelo de realidade e sociedade junto com eles. É preciso extrapolar as fronteiras e aceitar o desafio de participar, de maneira verdadeira, ética e dialógica, do universo cultural.

CAPITULO 2

Trabalho, Consumo e Sociedade

Este capítulo foi elaborado baseando-se no filme proposto, “A classe operária vai ao paraíso”, de Elio Petri (1971).

O personagem principal do filme é Ludovico Massa, conhecido pelo apelido de Lulu. Ele protagoniza um operário que se submete a um ritmo desumano de produção com o intuito de ganhar um bônus extra no salário devido sua excelente produção. Neste mesmo momento acontece um movimento sindical que está justamente lutando contra esse sistema, a luta prevê a remuneração por tempo de trabalho e não por produção.

Lulu ignora essa luta e passa a servir de parâmetro para calibrar a produtividade dos demais colegas, com isso atrai a hostilidade de todos, dos colegas, dos militantes sindicais, da mulher e até de si mesmo.

Podemos observar claramente a condição do operário sob o capitalismo, onde o trabalho exaustivo consome todas as suas forças, físicas e mentais. Quanto mais ganha mais gasta, seu dinheiro nunca é suficiente para satisfazer suas vontades e embora o consumismo seja crescente devido seu desgaste ele não consegue usufruir de suas conquistas. Vive uma vida de privação criada por sua própria cegueira, triturado diariamente pela rotina massacrante.

Porém, eis que ocorre um acidente de trabalho e Lulu perde um dos dedos, o que o incapacita de cumprir o mesmo ritmo de antes, o incidente é o ponto de partida para conflitos sindicais que culminam na demissão dele.

Na condição de desempregado, Lulu encara a sua posição de indivíduo deformado pelo capital, vendedor de força de trabalho, consumidor de mercadorias, incapaz de corresponder à expectativa da família, dos companheiros de trabalho e do capital simultaneamente. Ele conscientiza-se da própria alienação, e paulatinamente se integra na atuação sindical, que culmina na sua readmissão ao emprego. Mas ele não é mais o mesmo operário modelo e não tem mais as mesmas ilusões de realização dentro do consumismo.

Ele aprende que é preciso superar a alienação. Entretanto, isso é mais fácil de dizer do que fazer. Para os operários a alienação é um sofrimento, mas é um sofrimento com o qual podem conviver e preferem se conformar. Já a luta por emancipação provoca choques e embates, interiores e exteriores exigem sacrifícios e escolhas, colocando ao indivíduo a tarefa de posicionar-se. O acidente com Lulu o obriga a tomar parte das mobilizações sindicais. Por meio de seu caso individual temos um exemplo dos passos e percalços que atravessam o avanço da consciência de classe. Todo esse episódio faz com que um operário adquira o conhecimento da força de sua mobilização individual e coletiva. Mas ao final, tudo volta ao normal, com um pequeno avanço, e o sonho de derrubar o muro da alienação plantado em mais consciências.

Por meio da greve e da mobilização coletiva os operários realizam o seu aprendizado político, percebem o poder da ação coletiva, a importância do debate democrático, a sentimento da lealdade mútua, a necessidade de organização. Tomam o primeiro passo em direção à descoberta final, a mais radical de todas, que será a da inutilidade social da classe proprietária e da possibilidade e necessidade dos trabalhadores governarem suas próprias vidas, através da emancipação de seu trabalho da regra do capital.

CAPÍTULO 3

Desigualdade Social

A distribuição de renda no Brasil é a pior do mundo, em que os 10% mais ricos ganham 28 vezes a renda dos 40% mais pobres. Este é um dos dados publicados em uma pesquisa que será lançada em livro, chamada “Desigualdade e Pobreza no Brasil”, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que levou em consideração indicadores do Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), IBGE e da ONU.

Outros elementos do estudo do IPEA indicam que os 10% mais ricos da população brasileira se apropriam de cerca de 50% da renda total do país, e os 50% mais pobres detêm apenas 10% da renda do país. Outros países mais pobres não têm uma desigualdade estrutural tão grande como o Brasil. Pelos dados da pesquisa do IPEA, esta situação não sofre mudanças há exatamente 25 anos e parece que existe um conformismo dentro da sociedade brasileira de continuar esta desigualdade.

O estudo do IPEA mostra que a desigualdade social no Brasil é estrutural, o que confirma as teses da Refundação do PCML (Partido Comunista Marxista Leninista) de que este é um modelo de desenvolvimento do Brasil desde a colônia, que fez com que a propriedade privada de monopólio da terra voltada para a exportação fosse a mola mestra da desigualdade social.

Com o regime escravocrata agroexportador, as diferenças de classe social entre os que detinham os meios de produção, que eram os colonizadores portugueses e os escravos, que eram a mão de obra gratuita para tocar a economia do país, fizeram com que o país se desenvolvesse de uma forma desigual. O desenvolvimento econômico do Brasil desde aqueles tempos não quebrou o monopólio da terra e da indústria e por isso todo o crescimento foi injusto para a maior parte da população brasileira, que teve que sustentar a sede dos lucros dos monopólios estrangeiros e nacionais até os dias atuais.

A elite brasileira sempre foi egoísta e ligada ao capital estrangeiro a quem sempre se uniu para espoliar o povo. O nosso país é composto por uma população enorme de miseráveis e de párias sociais que conseguem sobreviver com muitas dificuldades, com um salário mínimo de R$ 151 que, segundo o DIEESE, deveria estar em torno de R$ 1mil. O salário mínimo do trabalhador está em 25% do valor de quando foi criado em 1940 por Getúlio Vargas.

O estudo do IPEA mostra que somente uma mudança radical na sociedade brasileira é capaz de mudar esse quadro de injustiça social, que é próprio do sistema capitalista, principalmente em um país do Terceiro Mundo. Mais uma vez as Teses de Refundação do PCML mostram que precisamos organizar a revolução socialista no Brasil para apear do poder esta elite que há mais de 500 anos oprime com fome, violência e miséria.

A pesquisa do IPEA mostra que o principal ponto a ser enfrentado para que se diminua a desigualdade social no Brasil é o investimento em educação, já que a média de escolaridade do trabalhador brasileiro é de 6,3 anos de estudo. Mas o projeto neoliberal, que faz com que os governos apliquem menos recursos em vários setores sociais, está levando os trabalhadores brasileiros a ganharem bem menos do que se tivessem uma melhor educação.

Embora a estatística seja melhor do que há dez anos, mas se compararmos a outros países pesquisados, como a Coréia do Sul que investiu maciçamente no setor educacional para dar um grande salto de desenvolvimento econômico, o Brasil é um país que gasta poucos recursos com o setor, o que diminui as oportunidades para os que estão entrando no mercado de trabalho, que correspondem a mais de 1,5 milhões de pessoas a cada ano sem conseguir uma colocação satisfatória, tornando precárias as relações trabalhistas com a diminuição do salário.

Com tudo isto pode se ver o quanto à desigualdade é real e para a maioria, acredito que políticas públicas devem ser criadas e praticadas com a mais estrema urgência para sanar a necessidade de todos os miseráveis, pois a fome e o frio não esperam para matar.

Hoje não temos um mecanismo funcional e eficiente contra a desigualdade, pois o mesmo não é visto com emergência, enquanto muito dos que comandam este país estão preocupados em eleger e se reeleger para interesse próprio e não público.

CAPÍTULO 4

Problematização do Meio Ambiente

O surgimento da questão ambiental como um problema que afeta o destino da humanidade tem mobilizado governos e sociedade civil.

Nas últimas décadas, todo um conjunto de práticas sociais voltadas para o meio ambiente se tem instituído tanto no âmbito das legislações e dos programas de governo quanto nas diversas iniciativas de grupos, de associações e de movimentos ecológicos. Na esfera educativa temos assistido à formação de um consenso sobre a necessidade de problematização dessa questão em todos os níveis de ensino. Assim, a EA vem sendo valorizada como uma ação educativa que deveria estar presente, de forma transversal e interdisciplinar, articulando o conjunto de saberes, formações de atitudes e sensibilidade ambientais.

A partir dos dados e informações obtidas, pudemos constatar que a Educação Ambiental está presente em parte das escolas estaduais. Em algumas é apenas pontual, com atividades de plantio de árvores no dia da árvore, já em outras escolas há projetos de Educação Ambiental que abrangem a questão ambiental de forma mais ampla.

A Escola Estadual Presidente Vargas (Dourado MS), por exemplo, desenvolve um projeto em que o objetivo central é a revitalização da instituição educacional e a atividade busca conscientizar os alunos em cuidar do meio ambiente em que vivem no horário de aula, ou seja, a escola. Os alunos juntam materiais recicláveis, vendem e com o dinheiro adquirido investem na escola, pintando paredes, comprando lixeiros adequados para cada tipo de material reciclável específico melhorando o ambienta escolar.

De uma forma geral, pudemos constatar que as escolas procuram trabalhar a Educação Ambiental numa perspectiva interdisciplinar, no entanto, em alguns casos, as atividades realizadas ainda são pontuais, envolvendo poucas disciplinas. Além disso, possuem finalidade conteudística e informativa restringindo-se à transmissão do conhecimento. Essas atividades são, na maioria das vezes, descontextualizadas em relação à realidade socioambiental existente.

Verifica-se que as questões e problemas levantados pelos autores estão presentes na realidade estudada. Observa-se que na maioria das escolas, as atividades apresentam finalidade conteudística e informativa restringindo-se à transmissão do conhecimento sendo descontextualizadas em relação à realidade socioambiental existente.

Reverter a visão simplista com que tem sido concebida e aplicada a Educação Ambiental, reduzindo-a a processos de sensibilização ou percepção ambiental (...) na maioria dos projetos e ações desenvolvidas nas escolas ainda predomina um entendimento essencialmente técnico e comportamentalista da questão.

O conteúdo presente no texto do PREA não expressa a relação e importância da Educação Ambiental ser praticada de modo contextualizado com as práticas sociais percebe-se um direcionamento para as mudanças éticas ou comportamentais.

Os próprios projetos desenvolvidos pelas escolas mostram esse caráter: a Escola Aurora Pedroso desenvolveu o projeto “Jardinagem na escola” e “Aprendendo reciclar brincando”; a escola Weimar Gonçalves Torres desenvolveu os projetos “Lixo Reciclável” e “Plantio de árvores no pátio da escola”; a escola Lóide Bonfim desenvolveu o projeto “Reciclar também é cidadania”; a escola Januário Pereira de Araújo desenvolveu o projeto de reciclagem do lixo e a escola Neil Fioravante o projeto “Garça Branca” nas quais várias atividades foram desenvolvidas (coleta seletiva, reciclagem de materiais, horta medicinal e orgânica, um plantio de árvores nativas no Parque Arnulfo Fioravante, trilhas ecológicas, oficinas, visitas técnicas, eventos culturais, palestras variadas e outras).

Neste momento, estamos realizando entrevistas e acompanhamento in loco das atividades de Educação Ambiental tanto em âmbito municipal como nas escolas da rede estadual a fim de ampliarmos as informações e compreensão sobre estas. Esperamos que isso contribua para uma verticalização das análises aqui iniciadas.

Ações como de muitas escolas e órgãos afins que fazem a diferença em um futuro ambiental melhor.

ANEXO 1

Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual?

Atualmente vemos e somos estimulados a cada vez mais participar de interações sociais, seja no sentido de poder auxiliar ao próximo ou até mesmo nas questões do nosso dia a dia.

No ambiente profissional somos motivados a transmitir nossos conhecimentos aos demais, trocando experiências de forma que todos possam partilhar de melhores técnicas proporcionando melhor qualidade no trabalho aplicado.

Comumente lemos, assistimos, ouvimos, vemos e até participamos de ações sociais diversas, seguem alguns exemplos:

 Ajuda aos menos favorecidos incluindo orfanatos, asilos, assistência aos portadores de doenças graves;

 Projetos de inclusão social onde frequentemente são desenvolvidas atividades que treinam e capacitam jovens e adultos para o mercado de trabalho, sob outro aspecto também proporcionam a crianças e adolescentes o contato com o esporte e com arte (música, dança, pintura, teatro, entre outros);

 Assistência às populações atingida por desastres como: incêndios, desabamentos, desmoronamentos, vendavais entre outros fenômenos naturais;

 Existem organizações que trabalham para auxiliar as pessoas a superar seus problemas, podemos citar o A. A. (Alcoólicos Anônimos), N. A. (Narcóticos Anônimos), Dr. Alegria (Visitas em hospitais e instituições que tratam de pessoas com doenças graves), e tantos outros que auxiliam pessoas com problemas psicológicos (Bulimia, anorexia, TOC, entre outras) e obesidade.

 Somos também representados por um Sindicato, que nos auxilia em questões ligadas aos nossos direitos na relação funcionário-empresa.

Estes foram apenas alguns exemplos de formas de interação social, baseados no conceito da Sociologia.

REFERÊNCIAS

 BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1985.

 DIAS, Reinaldo. Fundamentos de Sociologia Geral. 4. ed. Campinas: Alínea, 2009

 http://www.portacurtas.org.br/beta/filme/?name=bumbando

Acesso em 14.11.2012

 http://www.portacurtas.org.br/beta/filme/?name=ilha_das_flores

Acesso em 14.11.2012

 http://www.portacurtas.com.br/filme/?name=pajerama

Acesso em 14.11.2012

 http://inverta.org/jornal/edicao-impressa/285/economia/brasil-e-o-maior-em-desigualdade-social

Acesso em 14.11.2012

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