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As Consequências da Modernidade

Por:   •  18/4/2019  •  Resenha  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  446 Visualizações

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                             RESENHA CRÍTICA

                AS CONSEQUÊNCIAS DA MODERNIDADE

Giddens, Anthony, As Consequências da Modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991.

Neste livro de Giddens, o autor propõe teorias inovadoras sobre a sociedade Moderna. Para ele, vivemos em uma sociedade modernizada, mas ainda não chegamos a ser pós-modernos. Considera, também, que as sementes da globalização nascem, através desse processo.

Para Giddens, o tema “modernidade” foi institucionalizado, com a consolidação de uma sociedade capitalista, a partir do século XVIII. E ressalta a necessidade da criação de uma nova teoria social que se adapte à complexidade da sociedade contemporânea.

Segundo o autor, hoje em dia, vivemos a radicalização da modernidade, em uma época caracterizada por “incertezas manufaturadas”, com alto risco de uma guerra nuclear e de um desastre ecológico. Isso, devido à uma crescente ação do homem sobre a natureza e os modos sociais.

Em sua teoria sobre a modernidade, Giddens fala dessa modernidade como um estilo de vida que surgiu na Europa e se espalhou pelo mundo impondo a todos nós um padrão de comportamento.

Em suas considerações sobre o tema, nota-se um radicalismo de pensamento, em que coloca o capitalismo como o maior responsável por essas mudanças da modernidade, inclusive a ocorrência das duas guerras mundiais.

Durante o texto, o autor fala da relação espaço-tempo para poder explicar o movimento histórico das sociedades tradicionais e modernas e o papel da globalização.

Para ele, as sociedades pré-modernas se baseiam em relações sociais que se encaixam no tempo e no espaço, onde a agricultura é o meio de subsistência do trabalhador e o tempo para este é cíclico.

Fala sobre o relógio como marco de passagem do pré-modernismo para o modernismo, na medida em que permite uma medida de tempo que é universal.

Diferentemente de grande parte dos pensadores modernos, o que nos faz questionar alguns pontos defendidos pelo autor, diz respeito à Sociologia e a modernidade, em que o autor fala que a Sociologia é um campo de saber muito amplo, portanto qualquer interferência sobre ela merece um questionamento. Mas, muitos fatos que ocorrem no período atual da Humanidade, põem em cheque esses conceitos, na medida em que qualquer interferência sobre a Sociologia, diferentemente do pensamento do autor, deve ser inquestionável, segundo alguns autores da modernidade.

Aponta o desencaixe dos sistemas sociais, ou seja, o deslocamento das relações sociais de contextos de interação e extensões indefinidas de tempo-espaço, além de abordar temas como o “dinheiro”, citando algumas considerações de Marx, demonstrando outra vez seu radicalismo de pensamentos, o que nos leva novamente a questionar alguns posicionamentos do autor, em relação a diferentes temas.

Para Giddens, o dinheiro é uma forma de retardar o tempo, separando as transações de um determinado local de troca. Portanto, segundo ele, fundamental para o desencaixe da atividade econômica moderna.

Outro tema abordado pelo autor é a definição de “confiança”, como crédito em alguma qualidade de uma pessoa, e esse conceito está intimamente ligado à “fé”, onde o “risco” substitui o destino e a “confiança” é consciente das circunstâncias de risco.

Em outro trecho do texto, o ator fala sobre perigo e risco, diferenciando os dois conceitos, ressaltando que risco não é um problema cuja ação é individual e dependem de ambientes que afetam as massas.

Discute sobre a reflexibilidade da modernidade, onde o passado mantém sua importância perante o momento presente da humanidade, apesar da rotina do presente não estar diretamente conectada ao passado. Outra questão que deve ser questionada, pois o autor aponta como uma verdade e, na realidade, pode-se discordar de seu ponto de vista, na medida em que muitas ações do nosso cotidiano estão diretamente relacionadas a ações do passado, até desconhecidas por nós. Apesar de defender a reflexibilidade atual, separa o cotidiano do passado.

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