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As principais características do Neoliberalismo

Por:   •  11/5/2017  •  Resenha  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  404 Visualizações

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3. Comparação entre governos FHC, LULA e DILMA no que se refere as

políticas sociais;

4. Discorra sobre o avanço do conservadorismo na política nacional

contemporânea, levando-se em consideração as questões religiosas

Objetivo:

Refletir sobre o momento político e econômico atual estabelecendo relações e

diferenças entre os governos dos últimos presidentes brasileiros.


1. As principais características do Neoliberalismo

        Antes de citar ou caracterizar o Neoliberalismo, é necessário entender o que é o Liberalismo. Afinal, o prefixo “neo” em uma palavra já existente atribui o sentido de “novo”. Consequentemente, a discussão do conceito de liberalismo torna-se imprescindível.

        O liberalismo econômico começa a ser tematizado no século XVII notoriamente por John Locke (em suas publicações políticas), um filósofo inglês, de ideais iluministas e contratuais. No século XVIII o filósofo e economista escocês Adam Smith, publica seu trabalho com as ideias e teorias liberalistas. Dando maior força ao grupo de pensadores e adeptos liberais.

        Pensadores como J. Locke e A. Smith defendem quatro principais pontos do liberalismo econômico: a defesa da propriedade privada; o livre mercado; isonomia e o principal, intervenção mínima do Estado nos assuntos econômicos do país. Ou seja, totalmente o oposto de outros intelectuais, como por exemplo, T. Hobbes que dizia que o Estado deve ser absoluto e ter controle sobre tudo.

         A defesa da propriedade privada é de vital importância, haja vista que a mesma está ligada a liberdade de um indivíduo, de um cidadão. Ser proprietário é, além de ser dono de si mesmo, ter um meio de produção ou de proteção. Portanto, a defesa do território é de suma importância para a proteção e qualidade de vida de um cidadão, ou até mesmo da família dele. Obviamente este aspecto trará consequências maiores, como a garantia do crescimento e desenvolvimento da burguesia. A propriedade privada é o bem maior da sociedade capitalista liberal, que se torna o maior alvo de idealistas contrários a esta façanha. K. Marx é um exemplo, visto que em sua obra O Manifesto Comunista, o sociólogo alemão evidência a abolição da propriedade privada como meio de acabar com a burguesia e trazer fim ao modelo capitalista.

        O livre mercado nada mais é que a liberdade econômica dentro do país e neste contexto, com a mínima intervenção possível do Estado. Em extremos, até mesmo atividade nula estatal. A limitação da participação do governo faz com que os proprietários de pequenos, médios ou grandes negócios tenham liberdade total para se auto gerirem. Não obstante, a ideia vigente é trazer uma maior prosperidade econômica para o país, com a privatização de instituições estatais, liberação para comercio estrangeiro, multinacionais, entre outras coisas mais. Com maior liberdade e facilidade para empreendimento, há maior circulação da moeda, maior atração de mercado com refinamento tecnológico, atraindo mais consumidores. Que, por teoria trará uma progressividade a nação. Tanto por qualidade, quanto por diversidade.

        Isonomia em pleno século XXI é algo tão intrínseco que as novas gerações não têm uma real ideia do que seria uma sociedade censitária, com distinções de julgamentos e outras coisas mais. Contudo, esse pensamento defendia o tratamento de igualdade perante a lei há mais de dois séculos. Não há como negar a importância de tal característica. Tanto para o bem-estar da população, quanto para a proteção do direito de qualquer um que possa produzir e acumular.

        Quanto menos o Estado interferir, melhor. Cada proprietário deve ter a liberdade de conduzir seus bens como desejar e achar melhor, desde que esteja dentro da lei. E, um empreendedor deve ter condições de se desenvolver sem ter o próprio governo contra ele. Grosseiramente, é disto que se trata: menor intervenção, menor coleta de impostos, maior incentivo para novos empreendedores e deixá-los gerir o próprio negócio. A fim de trazer crescimento econômico, mais empregos, maior produção e consumo, por fim, maior acumulação.

        O termo neoliberalismo tem gerado certas discussões entre intelectuais, por conta que na prática, não há uma mudança drástica nas características e tampouco foi feita uma nova teoria que necessitasse de uma diferenciação. Fato é que não existem autores que se auto intitulam neoliberais, ou produção de uma teoria neoliberalista como existe para o liberalismo. É como se o chamado “novo liberalismo” estivesse sido empregado para uma diferenciação de épocas e reajustes do sistema.

        Se suas características principais são as mesmas, então para que o termo? Apesar de defenderem basicamente os mesmos princípios: isonomia, propriedade privada, livre comércio e baixa interferência estatal, o neoliberalismo é identificado em meados da década de 1970 por consequência da globalização, sendo uma espécie de derivação do liberalismo clássico. Assim como o modelo capitalista evoluiu ao longo dos séculos e se adaptou ao novo tipo de vida da humanidade, não é um exagero dizer que o mesmo ocorreu com o liberalismo. De certo modo, foi uma mudança sutil para encaixar-se dentro de um mundo globalizado. Portanto, o neoliberalismo não é nada além do que já existe, é apenas um aprimoramento e adaptação ao modelo clássico.

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