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Comunicação Empresarial - Atividade 3

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Por:   •  17/3/2015  •  788 Palavras (4 Páginas)  •  299 Visualizações

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2 A Função da Leitura no Processo Ensino e Aprendizagem

Maria Helena Martins (2003) nos apresenta uma síntese das inúmeras compreensões vigentes de leitura por meio de duas caracterizações:

1) Como uma decodificação mecânica de signos linguísticos, por meio de aprendizado estabelecido a partir do condicionamento estímulo-resposta (perspectiva behaviorista-skinneriana);

2) Como um processo de compreensão abrangente, cuja dinâmica envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, econômicos e políticos (perspectiva cognitivo-sociológico) Pág.31

Na primeira caracterização fica evidente que o ato de leitura se faz pelo processo de decodificação da palavra escrita ou da linguagem escrita, ou seja, o ato de ler se restringe somente à decifração dos sinais escritos. Na segunda distinção, cremos que a leitura não é só alcançada por intermédio da decodificação de sinais gráficos, isto é, pela palavra e, sim pelo ato de se ler gestos, épocas, histórias, ideologias. Para Paulo Freire “a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”. Além de decodificar, aprender que o ato da leitura aponta situações que exige do leitor conhecimento de si e do mundo. Saber que a leitura deve estar correlacionada com a vida cotidiana do leitor, resultando em um ser pensante no meio social em que vive. E, ainda, Freire (1982) propõe uma concepção de leitura – “A leitura começa na compreensão do contexto em que se vive”.

Então, resta-nos o entendimento de que a leitura deve fazer sentido a quem lê, isto é, devemos trabalhar textos, cujos temas façam parte da vida dos estudantes. Para Freire (1988) as leituras nas escolas devem ter significação à experiência existencial do aluno e não a partir da experiência do educador. Assim, o professor deve escolher leituras sempre pensando na noção prévia de mundo dos alunos, coerente à cultura do grupo, e não somente escolher de forma aleatória. Veja o que Paulo Freire (1988) aponta: “O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e de temas significativos à experiência comum dos alfabetizandos e não das palavras e de temas apenas ligados à experiência do educador”.

No livro A importância do Ato de Ler em três artigos que se completam, Freire (1988) alerta aos educadores sobre a obrigação de ler a realidade do seu alunado. Entender que o trabalho de leitura gera a possibilidade de se formar leitores, mas para isso devemos trabalhar com textos diversificados, o mundo atual não aceita rotinas, mesmices da prática pedagógica, porque ele é flexível e de mudanças constantes. E a ansiedade de muitos teóricos e educadores é que a leitura que está nas escolas hoje em dia, apresenta características muitas vezes indevidas, que ao invés de acolher o alunado, acaba por afastá-lo de seu mundo real. Vejamos:

Estando num lado da rua, ninguém estará em seguida no outro, a não ser atravessando a rua. Se estou no lado de cá, não posso chegar ao lado de lá, partindo de lá, mas de cá. Assim também ocorre com a compreensão menos rigorosa, menos exata da realidade. Temos de respeitar os níveis de compreensão que os educandos - não importa quem sejam - estão tendo

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