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Criminologia E Rock

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Por:   •  2/12/2014  •  365 Palavras (2 Páginas)  •  134 Visualizações

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O texto de Tomas Nagel, filósofo sérvio radicado nos Estados Unidos, professor da New York University, dá seguimento aos seus estudos sobre a dimensão ética e deontológica do agir humano. No capítulo “Certo e Errado”, que faz parte da obra “Uma breve introdução à filosofia”, o autor discute de maneira didática questões extremamente importantes e complexas.

O primeiro ponto a ressaltar, portanto, é justamente o respeito ao leitor que busca uma obra intitulada “Introdução à filosofia”. Nagel leva em conta esse fato e constrói a argumentação a partir de argumentos simples, acessíveis a todos, mas de modo algum simplificados. O filósofo sérvio busca e encontra um ponto ideal entre as exigências do rigor e da didática, de maneira que consegue tratar de temas complexos sem recair na argumentação simplória. Com isso, evita resvalar numa situação muito comum nesse tipo de obra introdutória, qual seja o seu completo hermetismo, do que deriva a incapacidade de compreensão por parte do leitor iniciante, destinatário desse tipo de empreitada editorial.

Tomas Nagel discute fundamentalmente dois pontos: a questão do relativismo e o que aqui chamarei a construção social da norma. Comecemos pelo último ponto.

Mesmo sendo filósofo, Nagel não deixa de prestar atenção à evidência de que os valores são relativos, construídos socialmente, com base na interação social. Para verificar tal ponto, basta pensar que mesmo no caso de leis editadas pelo Estado, não raro há enorme divergência entre grupos sociais. Penso, por exemplo, no caso da legalização da maconha, que divide atualmente a sociedade brasileira. A relatividade dos valores, aliás, é o grande legado da antropologia cultural, que desconstruiu ao longo da histórias as visões etnocêntricas e eurocêntricas, que afirmavam a superioridade da cultura européia sobra a indígena, por exemplo.

Contudo, o autor não para por aí, pois também chama a atenção para os “perigos” do relativismo exacerbado. Para ele, sempre que um incauto pretenda criticar algum padrão social, por considerá-lo equivocado, ele “deve recorrer a algum padrão mais objetivo, a uma ideia do que é realmente certo e errado, em oposição ao que pensa a maioria das pessoas”.

Ao final, como todo bom filósofo, o autor não dá respostas. Sabe que o que importa são as perguntas.

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