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EDUCAÇÃO E SOCIOLOGIA - ÉMILE DURKHEIM CAPÍTULO RESUMO

Por:   •  21/1/2023  •  Resenha  •  3.389 Palavras (14 Páginas)  •  318 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA

CENTRO DE CIENCIAS DA NATUREZACCN 

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CCE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA PRESENCIAL

PROFESSOR (A): STANLEY BRAZ DE OLIVEIRA

DISCENTE: GERSONN VICTOR RABELO COSTA

EDUCAÇÃO E SOCIOLOGIA - ÉMILE DURKHEIM

CAPÍTULO 1 - RESUMO

TERESINA

2022

DURKHEM, Emile, 1858-1917. Educação e Sociologia / Emile Durkheim; tradução de Stephanie Matou-se. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2011 - (Coleção Textos Fundantes de Educação).

INTRODUÇÃO        

Em consonância com o texto de Sonia Kruppa, abordado na atividade 02 desta disciplina, para Durkaim a sociedade é funcional, dependendo das partes que a compõem, e que por intermédio de um determinismo coletivo a educação tem uma incumbência de manutenção – conservação- na comunidade. Além disso, que para esse pensador a divisão de classes é um processo natural, tendo em vista que considera necessária para que se tenha um equilíbrio. Desse modo, voltemos ao texto de Sonia Kruppa, pois surgi à figura das entidades pedagógicas como agente perpetuador de ideais liberais, pois é pautada, principalmente no Brasil em métodos individualistas como a classificação e avaliação pessoal dos discentes. Assim, essas organizações consideram, mesmo que de forma inconsciente, indivíduos capazes ou não, o que legitima o sistema em questão.

Nesse sentido, ao mergulhamos no universo dos escritos durkheimianos, percebemos que o conjunto de sua obra consegue abarcar uma diversidade de proposições sobre a realidade social, demonstrando que seus estudos não apenas poderiam auxiliar na compreensão do contexto em que o autor escreveu, mas podem fornecer uma base analítica para pensar questões do mundo contemporâneo. Dessa maneira, ao longo da sua trajetória de vida pessoal e profissional, o sociólogo demonstrou grande preocupação com o fenômeno educativo e fez com que esta temática se tornasse central nas suas pesquisas.

Assim, quando analisamos a educação investigada pelo autor, devemos compreender que esta dialoga diretamente com os fundamentos sociológicos apresentados por ele e, dessa forma, não pode ser dissociada de todo seu eixo teórico-metodológico. Temos, então, que, de forma pioneira, Durkheim institui, pelo viés e olhar da Sociologia, uma área específica para esta temática – a Sociologia da Educação –, na qual a questão educacional aparece tanto como conceito sociológico, portanto, como um construto intelectual, quanto como processo social real, ou seja, ela se apresenta como um fenômeno de natureza eminentemente social, permitindo que sua compreensão seja feita desde a sua definição até a sua análise socio-histórica.

Sendo assim, conforme serão apresentados, os estudos durkheimianos sobre educação se mostram fundamentais para entendermos o papel e as influências do fenômeno educativo no meio social e a forma como este auxilia na consolidação da sociedade e na construção daquilo que denominamos como ser social. Isso pode ser verificado quando são apresentadas diferentes formas de educação no tempo e no espaço, como em Atenas, Esparta, na Idade Média etc.

A EDUCAÇÃO, SUA NATUREZA E SEU PAPEL

Durkheim trás a noção de educação tanto por um viés lógico quanto ontológico, ou seja, suas análises englobam tanto a definição de conceitos dentro deste campo de estudos quantos juízos acerca da natureza e função da questão educativa. Para Durkheim, quando definimos a educação “é preciso levar em consideração os sistemas educativos que existem ou que já existiram, compará-los e identificar aspectos em comum” (DURKHEIM, 2013, p. 49).

Tal argumento reitera os princípios metodológicos fundamentais de sua sociologia, que supõem que a definição de um fenômeno permita abarcar todas as formas socialmente existentes. Trata-se de um procedimento indutivo em que as caraterísticas gerais e recorrentes, presentes na multiplicidade empírica do fenômeno, são mobilizadas com intuito de se chegar a uma definição de um fato social especifico, no caso, a educação. A partir de seus estudos teóricos e empíricos sobre a educação, seus processos e sistemas, um dos primeiros aspectos destacados pelo autor é o caráter social do fenômeno educacional. Isto posto, educação além de conter as características de um fato social, podendo ser observada, analisada e comparada, apresenta-se como:

[...] algo eminentemente social e não individual, [pois] se constitui e se modifica conforme as necessidades de uma sociedade e não de indivíduos particulares.  Assim, a partir das necessidades e dos fins que a educação atende, de suas mudanças de acordo com o tempo e espaço aos quais ela está inserida e da sua própria natureza, podemos constatar o caráter social que esta possui (FATURI, 2014, p. 36).

Por conseguinte, entendemos que a concepção de educação não poderia partir de uma noção ideal ou individual, pois a questão educacional está diretamente relacionada e terá correspondência com o contexto ao qual ela pertence bem como atender às necessidades específicas de uma sociedade. Logo, esta noção nos leva a entender uma primeira característica da natureza do processo educativo: este se apresenta, ao mesmo tempo, como uno e múltiplo dentro do espaço social.

À luz dessa perspectiva, a educação pode ser entendida, em um primeiro momento, como singular a partir do momento em que percebemos que qualquer tipo de educação, de acordo com seu contexto específico, repousa “sobre uma base comum. [Assim], não há povo em que não exista certo número de ideias, sentimentos e práticas comuns que a educação deve inculcar em todas as crianças sem distinção” (DURKHEIM, 2013, p. 51).  Desta forma, a sociedade possui um determinado legado sócio histórico e cultural que deve ser internalizado nas novas gerações, através de uma educação comum a todos, fazendo com que o meio social em questão seja preservado.

Diante desse cenário, o caráter múltiplo da educação pode ser compreendido de duas formas. A primeira destaca a heterogeneidade existente em uma sociedade, abarcando as diferentes funções sociais e fazendo com que a diversidade de profissões se constitua em “um meio sui generis-único- que demanda aptidões e conhecimentos específicos, um meio no qual predominam certas ideias, usos e maneiras de ver as coisas” (DURKHEIM, 2013, p. 51). Neste sentido, os diferentes tipos de educação corresponderiam às diferentes especializações que a sociedade necessitaria para se manter.

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