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Economia Solidaria

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Por:   •  10/9/2014  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  281 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O associativismo que vimos hoje empregados no movimento que se pode considerar uma evolução do comunismo que não deu certo, junto às cooperativas, que representam hoje uma oportunidade para milhares de famílias, dentro de um contexto social dessas estruturas que batem de frente com o capitalismo que dominou o mundo e que não é capaz de empregar toda a mão de obra disponível, em meio a isso surge o associativismo como uma solução.

Por se tratar de um sistema econômico altamente exigente o capitalismo exclui uma grande massa de mão de obra, tal situação leva as pessoas atingidas por essa realidade a ficaram a margem da sociedade sem saídas para encontrar emprego, visto que o capitalismo exige mão de obra qualificada. Devido a este fato surge a outra via com as cooperativas e associações que estendem a mão e dão a oportunidade novamente. Apesar de ainda existir muitas falhas na criação, na regulamentação e no controle diário das suas estruturas, elas ainda são a solução para muitas pessoas.

Visto o que foi dito anteriormente, trataremos nesse trabalho de analisar se a associação de artesãos de Juazeiro trouxe vantagens para o corpo de associados e o que vem promovendo em seu beneficio ou em beneficio cultural para população?

Existente em um espaço físico mantido pela prefeitura de Juazeiro é constituída por costureiras, rendeiras, pintores e artesãos.

O artigo descreverá como se descreve uma associação segundo a teoria e como se apresenta hoje, e focará na parte de gestão que já deveria estar em vigor, objetivando buscar melhorias que possam auxiliar a novos projetos que tragam retornos aos associados.

Para a realização do artigo foram utilizadas fontes primárias, por meio de conversas com duas associadas da cooperativa, através de pesquisas em livros, artigos sobre temas relacionados ao cooperativismo, e associações.

2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 ASSOCIAÇÕES E SEU PAPEL SOCIAL

A idéia de associar interesses comuns a partir de iniciativas de cooperação é bastante antiga, porém, somente a partir de 1990 é que as discussões ganharam consistência através da perspectiva do desenvolvimento local e social sob novas concepções e idéias as quais emergiram da concepção de sustentabilidade. Ou seja, o conceito tradicional de desenvolvimento deu lugar ao conceito de desenvolvimento local, associado aos adjetivos de integrado e sustentável. Os fatores responsáveis por esta mudança de paradigma são múltiplos e estão situados tanto no contexto nacional como no internacional, abrangendo variáveis econômicas, culturais, políticas, sociais e ambientais.

Presente neste contexto encontra-se o associativismo, constituindo-se em exigência histórica para melhorar a qualidade da existência humana, ou seja, para melhorar as condições de vida dos indivíduos de um determinado local, pois faz com que a troca de experiências e a convivência entre as pessoas se constituam em oportunidade de crescimento e desenvolvimento.

A vida associativa está presente em muitas áreas das atividades humanas, traduzida em condições que visam contribuir para o equilíbrio e estabilidade social e, a esse respeito Frantz (2002, p. 1) destaca,

[...] associativismo, com o sentido de co-operação, é um fenômeno que pode ser

detectado nos mais diferentes lugares sociais: no trabalho, na família, na escola

etc.No entanto, predominantemente, a co-operação é entendida com sentido

econômico e envolve a produção e a distribuição dos bens necessários à vida.

Ganança Apud (2006, p.5) corroborando com esta proposição destaca que o associativismo,

teve sua importância enfatizada por Alexis de Tocqueville, ao declarar sua contribuição para o fortalecimento da democracia, visto que possibilita a agregação de interesses individuais permitindo a educação dos cidadãos e cidadãs para a prática e o convívio democráticos.

[...] a sociedade democrática sempre será individualista para Tocqueville,

mas para evitar a situação aqui descrita, ele elabora o conceito de

interesse bem compreendido, que poderíamos chamar como egoísmo

esclarecido. Ou seja,os indivíduos percebem que se todos se

voltarem apenas para seus interesses privados,estarão piores do

que se dispusessem de tempo para a coletividade. A dedicação de

parte do tempo dos indivíduos ao coletivo e ao público é condição

essencial para que a democracia liberal não degenere em uma

democracia despótica. [...] uma dasmaneiras de impedir

que o regime democrático liberal se degenere é a união dos

indivíduos que individualmente são fracos para a realização

de ações coletivas, por meio do associativismo, ou, como

Tocqueville denomina, da arte da associação. Na realidade, para ele

um aspecto muito importante dos efeitos da participação

associativa sobre os indivíduos é a criação de hábitos de

colaboração e solidariedade

(GANANÇA, 2006, p.6-7).

Putnam (2002, p.103-4), inspirado principalmente pela teoria tocquevilleana, afirma

[...] as associações civis contribuem para a eficácia e a estabilidade do governo

democrático, não só por causa de seus efeitos “internos” sobre o indivíduo, mas

também por causa de seus efeitos “externos” sobre a sociedade. No âmbito interno,

as associações incutem em seus membros hábitos de cooperação, solidariedade e

espírito público [...]. A participação em organizações cívicas desenvolve o espírito

de cooperação e o senso de responsabilidade comum para com os empreendimentos

coletivos. Além disso, quando

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