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Estudo Dirigido Sociedade Ciencias Sociais

Por:   •  8/10/2021  •  Dissertação  •  445 Palavras (2 Páginas)  •  102 Visualizações

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A formação da sociedade e do indivíduo é um dos temas mais discutidos na sociologia desde a sua existência. Há principalmente três correntes consideradas clássicas. A primeira, descrita por Durkheim e de teor altamente determinista, define que o indivíduo, apesar de pequenas particularidades, é moldado pelo seu meio social; ou seja, mesmo quando tende a se comportar de outra forma pode ser coagido pela pressão do seu meio a se comportar de determinada maneira. Na visão de Weber, segunda tese, as estruturas sociais são moldadas por ações individuais recíprocas entre indivíduos; neste caso, a ação de um provoca reação em outro e o produto de diversas ações convergentes formam as estruturas sociais. A terceira, desenvolvida por Marx, parte do princípio que toda a estrutura social está baseada na luta de classes; isso significa que as relações são pautadas entre quem detém o poder e quem precisa se submeter para receber os frutos do poder, este hoje se traduz como posse dos meios de produção e a necessidade de sobrevivência do proletário (não detentor de meios).

Não podemos eleger apenas uma das três correntes para explicar a formação de ambos indivíduo e sociedade. São óticas diferentes sobre um mesmo fenômeno que nos trazem aspectos complementares uns aos outros. Por um lado, o indivíduo é severamente impactado pela estrutura social que o cerca e muito de si é absorvido pela mesma. Por outro lado, enquanto o determinismo do meio é apenas parte, as ações e anseios individuais são todo o resto e, gerando reações recíprocas, dão vida ao coletivo humano altamente mutável. Isso se confirma ao analisarmos a visão de Marx, onde os anseios pessoais de indivíduos pertencentes a classes deterministas geram choque entre as mesmas; tais embates resultam, por vezes, em mudanças profundas nos meios de produção e, consequentemente, na sociedade.

O engenheiro agrônomo tem papel fundamental na mediação e transformação dessas relações. Especialmente no Brasil, a agricultura é palco da maior e mais longa luta de classes da história. Ao mesmo tempo que a produção rural demanda poucos recursos tecnológicos para funcionamento mínimo, persevera em nosso país a organização latifundiária há pelo menos 490 anos com o início do ciclo do açúcar, confirmada pela Lei de Terras no segundo reinado. Por trabalharmos diretamente com o conhecimento e desenvolvimento produtivo agropecuário, somos potenciais agentes interventores nas relações de desigualdade no campo. É nosso papel não só aumentar puramente a produtividade das propriedades, mas também aumentar a competitividade econômica dos pequenos agricultores levando-os conhecimento e, consequentemente, renda fundamentais para inclusão social. Existem outros problemas resultantes das políticas centenárias supracitadas, como a necessidade da reforma agrária, que também devem ser discutidos, confirmando a importância da profissão para a sociedade rural.

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