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Etnocentrismo

Por:   •  12/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.859 Palavras (8 Páginas)  •  1.250 Visualizações

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Universidade Paulista – UNIP

Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas – ICET

Graduação Engenharia – Ciclo Básico

Etnocentrismo e Relações Culturais

Trabalho referente ao 1º bimestre da disciplina de Homem e Sociedade, ministrada pela professora Mestre Andréa Tochio.

Edilany Luana de J. Vieira – T407621

Turma EB1A44

Jundiaí-SP

2015

Introdução:

Desde a antiguidade o homem procura entender e explicar o comportamento humano. Aristóteles um dos mais antigos filósofos já afirmava que o homem é um animal social. É um ser que necessita viver em sociedade.

Indispensavelmente a antropologia surge como uma ciência que tem como objeto de estudo o comportamento humano, a palavra “antropologia” de origem grega, anthropos que significa “homem” ou “humano” e logos que significa pensamento ou razão. O campo de pesquisa da antropologia se tornou bem vasto, onde se procura compreender o homem em sua totalidade, levando em consideração fatores biológicos, culturais e psicológicos.

O comportamento humano é o resultado de fatores históricos, políticos, econômicos e culturais vivenciados por ele. Todos esses fatores influenciam na vida das pessoas desde a maneira de falar, de vestir e de pensar sobre o que é certo ou errado.

Diante de toda a diversidade cultural que o mundo oferece e com uma a ideologia tão almejada onde todos viveriam em uma sociedade harmônica, o trabalho a seguir busca explicar o conceito de etnocentrismo e relativismo social no mundo contemporâneo, e como essas relações influenciam na esfera social do ser humano.

Etnocentrismo e Relativismo Cultural:

Sendo o homem um ser sociável, ele já nasce inserido em uma determinada sociedade, onde desde criança através de ensinamentos passados de pai para filho, ele se depara com costumes que são considerados normais àquele grupo. E isso influencia diretamente no estilo de vida do ser humano, que irá variar conforme a cultura que ele pertença. Segundo Laraia (2001), “a grande qualidade da espécie humana foi a de romper com as suas próprias limitações: um animal frágil, provido de insignificante força física, dominou toda natureza e se tornou o mais temível dos predadores. Tudo isso porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura [...] é o complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.

Desde a antiguidade, alguns filósofos buscavam entender o comportamento do homem em sociedade. Na época das grandes expedições, as pessoas enviadas para colonizar uma nova área, elas se deparavam com costumes totalmente diferentes, como foi o que aconteceu no descobrimento do Brasil, os portugueses ao desembarcarem se deparam com índios que não usavam roupas, falavam a língua nativa, não eram católicos, tinham sua própria religião, entre outros. Com toda essa diversidade de costumes, os portugueses se sentiram na obrigação de ensinar, de educar, de catequisar, de torna-los sociáveis à cultura portuguesa, impondo assim os seus costumes. Não respeitando a cultura local. Esse comportamento é o que chamamos de etnocentrismo.

Segundo Rocha(1988), afirma que “o etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.” Nada mais é, que o preconceito com as culturas que fogem do padrão do que o “eu” foi criado. O individuo que manifesta este comportamento etnocêntrico, possui o pensamento que apenas a sua cultura é a certa, que é a única, é a superior. E acabam construindo uma imagem do universo, que só favorecem a si mesmo. Pode-se dizer que seria uma supervalorização.

E toda essa visão em relação ao “outro” diferente, acaba criando uma imagem distorcida e preconceituosa. Rocha (1988), “a estória ainda ensina que o outro e sua cultura, da qual falamos na nossa sociedade, é apenas uma representação, uma imagem distorcida que é manipulada como bem entendemos”.

Com toda a diversidade cultural existente em uma determinada região, tantas culturas convivendo em um mesmo espaço, acabam ocasionando um choque cultural. Afinal de contas conviver e respeitar tantas ideias, costumes, hábitos diferentes pode não ser uma tarefa fácil para algumas pessoas.

Segundo Laraia (2001), “A nossa herança cultural desenvolvida através de inúmeras gerações sempre nos condicionam a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceita pela maioria da comunidade.”

No entanto, não é de hoje que se observa esse tipo de conduta entre os indivíduos. Alguns acontecimentos históricos evidenciam essa atuação que gerou enormes conflitos sociais, cite-se a exemplo, a segunda guerra mundial, o apharteid. Onde as pessoas foram movidas por esse sentimento de preconceito ao extremo, de desrespeito para com o próximo. E esses exemplos se multiplicam no nosso cotidiano, é comum reconhecer esses tipos de atitude em ambiente de trabalho, escolar e familiar.  

O etnocentrismo esta a cada dia mais comum e vem se reafirmando dia após dia através da “Industria Cultural”, que usam todo e qualquer meio de comunicação (TVs, jornais, revistas) para promover uma serie de valores de um determinado grupo, como sendo o correto, onde são rotulados estereótipos, que por sinal não condizem com realidade. Acabam atropelando e ignorando a característica principal que fundamenta o ser humano, que é a diferença e, diante do que é estabelecido pela mídia, as pessoas fogem da essência do “eu”.

Um exemplo muito fácil de ser observado nos dias de hoje é o culto ao padrão de beleza, onde a mídia juntamente com as indústrias ditam as regras do que é certo e do que é errado. Para uma mulher estar de acordo os padrões atuais, ela tem que ser magra, alta, cabelos lisos, usar roupas caras, da moda.

O problema e que nem todas as pessoas se encaixam nesse perfil, seja por fatores econômicos ou biológicos. E por não estar de acordo com o que a mídia impõe, sofrem preconceito, podendo ser hostilizadas por outras pessoas, se tornando exclusa de um determinado grupo.

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