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Eugenia e Nazismo: Consequências e papel do médico na construção dos conceitos e execução das práticas

Por:   •  20/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.461 Palavras (10 Páginas)  •  156 Visualizações

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Trabalho de Linguagem Médica

Eugenia e Nazismo: consequências e papel do médico na construção dos conceitos e execução das práticas.

Grupo: Clara Macambira

                                 Fernanda Ferreira

                                 Natália Vommaro

Turma: 111

Rio de Janeiro

2018

RESUMO

                O conceito de Eugenia foi criado pelo cientista inglês Francis Galton a partir das teorias de Darwin, a “Teoria Pangenética de transmissão dos caracteres” e a “Teoria da Evolução”, sendo definido como a seleção dos seres humanos com base em suas características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações futuras, o que acarretou no massacre de diversos indivíduos. Diante desse cenário, e procurando dar maior visibilidade à existência da eugenia, serão explicitadas suas raízes históricas e filosóficas, partindo da seleção natural darwiniana até a eugenia tradicional de Francis Galton, após o que serão dados exemplos da propagação do pensamento eugenista especialmente nos Estados Unidos, na Alemanha e no Brasil.

 

Palavras chaves: Eugenia. Nazismo. Darwin. Medicina. Alemanha. Brasil. Estados Unidos

INTRODUÇÃO

Eugenia: Conceito e origem

A eugenia (palavra derivada do grego  eugenes, que significa bem-nascido) é um termo criado pelo cientista inglês Francis Galton em 1883, que o explicava como uma limpeza genética da raça humana e foi fundamentado na “Teoria Pangenética de transmissão dos caracteres” de Charles Darwin. Galton, em suas observações, percebeu que filhos de homens importantes da época como advogados e médicos, geralmente seguiam a mesma trajetória. Galton, então, utilizou a estatística para demonstrar a sua teoria, a de transmissão de tais caracteres de pais para filhos, visto que homens inteligentes tinham filhos igualmente inteligentes e bem-sucedidos. Enquanto pais pobres, geralmente, mantinham a linhagem e tinham filhos igualmente pobres. O que o cientista não levou em consideração para a produção de seu conceito foram as condições sociais, físicas, sanitárias e psicológicas dos indivíduos (GIOPPO, 1996).

Galton também utilizou com base para a produção de sua teoria o livro: A origem das espécies, escrito por Darwin em 1959, no qual defendia que organismos vivos evoluíam por meio de um processo que deu nome  de “seleção natural”, pela Teoria da Evolução. Nessa tese,ele explicava que organismos que se adaptavam ao seu meio ambiente, possuíam alterações genéticas que os permitiam sobreviver, tendendo, assim, a propagar mais descendentes do que os que não possuíam essas alterações. Dessa forma, a genética ao longo das gerações é modificada (ALTMAN, 2015).

A partir dessas observações com viés radical que Galton apresentou seu conceito de eugenia, sendo utilizado para falar sobre a  “melhoria” das raças, enfatizando que quanto mais pura a raça mais forte e melhor ela será.

Percebe-se , então, que a interpretação de uma tese pode levá-la tanto ao sucesso quanto à derrota da humanidade.

O desenvolvimento da Eugenia:

O legado de Francis Galton

A eugenia já era praticada desde de Platão, que concordava com seleção artificial do homem, porém não era conhecida por esse nome que, hoje, possui.

Essa prática continuou repercutindo nas sociedades e, antes da Primeira Guerra Mundial, a teoria da eugenia tinha o apoio de muitos políticos e cientistas, instituindo as leis de 30 estados norte-americanos até metade do século 20.

A mudança desses pensamentos começou a acontecer no final da Segunda Guerra Mundial, pois durante esse processo o nazismo surgiu promovendo episódios de grande reflexo da sociedade, como a esterilização de judeus e assassinato de mais de 6 milhões de pessoas que não se enquadravam no conceito de raça ariana (raça “pura” que tinha como características pele branca, cabelos loiros e olhos claros). Tais acontecimentos fomentaram as discussões sobre essas teorias, resultando, na sua retirada da política oficial dos países e condenando suas práticas (MAGALHÃES, 2017)

O Nazismo na Alemanha

O Nazismo foi um regime político de caráter autoritário que se desenvolveu na Alemanha durante as sucessivas crises da República de Weimar (1919-1933).
        O Nazismo baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler (1889-1945). A essência dessa ideologia encontra-se no livro de Hitler, Minha Luta(Mein Kampf) no qual defende a luta pelo expansionismo alemão,o nacionalismo,o racismo e a superioridade da raça ariana.                        Ao final da 1ª Guerra Mundial, além de perder diversos territórios como a França e a Bélgica, os alemães são obrigados pelo Tratado de Versalhes a pagar pesadas indenizações aos países vencedores o que faz crescer a dívida externa e compromete os investimentos internos, gerando  falências, inflações e desempregos em massa. Tais condições criam uma atmosfera favorável para o surgimento e a expansão do nazismo no país.
                Através de espetáculos de massa (comícios e desfiles) e dos meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e cinema), o partido nazista conseguiu mobilizar a população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Quando Hitler em 1933 chega ao poder pela via eleitoral e dá início, posteriormente,   ao 3º Reich (Terceiro Império) ele consegue aproveitar essa atmosfera instaurada no país e promover a expanção de suas ideias eugênicas.

Ideários Eugênicos Nazistas 

Pode-se dizer que Adolf Hitler buscava o sucesso em três pilares: Reich (império), raum (espaço) e rasse (raça).

O império de Hitler estava abalado desde o final da primeira guerra, e ele procurava resgatar o nacionalismo alemão.

O espaço estava diretamente vinculado com a conquista de territórios tomados da própria Alemanha devido às punições que foram atribuídas a ela após a guerra.

Tem-se como um dos objetivos de Hitler a busca de uma raça pura, ariana, que segundo o qual selecionaria os alemães mais fortes e aptos.

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