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Fichamento do livro Amor Líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos

Por:   •  24/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  491 Visualizações

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Nome: Wendel Martins Florentino

Fichamento da obra: Amor Líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos

  • Assim, não se pode aprender a amar, tal como não se pode aprender a morrer. (p. 17)

Opinião: Bauman mostra como o ato de amar alguém é único ao compará-lo à morte, sendo descrito como algo que não se aprende, pode-se concluir que é algo inesperado e que ocorre de forma natural em cada indivíduo.

  • Chegado o momento, o amor e a morte atacarão - mas não se tem a mínima ideia de quando isso acontecerá. Quando acontecer, vai pegar você desprevenido. (p. 17-18)

Opinião: Ao salientar a semelhança entre o amor e a morte, o autor polonês complementa dizendo que a chegada dos dois é inesperada, mas também definitiva, não se repetindo e ignorando os acontecimentos passados e futuros.  

  • Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto a realização do desejo coincide com a aniquilação de seu objeto, o amor cresce com a aquisição desde e se realiza na sua durabilidade. (p.25)

Opinião: Enquanto por um lado o desejo tende a ser superficial e de rápida extinção após seu desfecho, o amor quer ter a posse do objeto amado, cuidando e acariciando ele, ao mesmo tempo que o aprisiona, prendendo o objeto com o intuito de protegê-lo enquanto aboli sua liberdade.  

  • Nos dias de hoje, os shopping centers tendem a ser planejados tendo-se em mente o súbito despertar e a rápida extinção dos impulsos, e não a incômoda e prolongada criação e maturação de desejos. (p. 27)

Opinião: Os administradores de shopping centers anseiam que o desejo de compra dos clientes presentes no espaço, seja criado dentro do shopping e seja satisfeito o mais rápido possível, sendo quanto maior a frequência com que tal ciclo ocorra, melhor. Visto que os impulsos de decisões de compras nascem aleatoriamente durante um passeio no shopping, sua extinção e repetitivo nascimento é de suma importância para os negócios.

  • Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela, ou até pior. Só mudam os nomes que você dá à ansiedade. (p.31)

Opinião: No mundo contemporâneo, os indivíduos tendem a se sentir cada vez mais solitários e inseguros, buscam então a solução para tal problema em um relacionamento, mas o relacionamento alcançado, se mostra provedor de inseguranças e incertezas com mais facilidade do que o indivíduo solteiro, sendo que os relacionamentos são vistos de fora como “garantias de segurança e solução de problemas”, mas a liquidez do mundo moderno não permite que de dentro ele cumpra tais expectativas.  

  • Meu ser amado poderia ser um quadro no qual minha perfeição fosse retratada em toda a sua magnificência e esplendor - mas será que as nódoas e manchas também não apareciam? Para limpá-las -escondê-las, caso sejam pegajosas demais para serem apagadas -, é necessário lavar e preparar a tela antes de se iniciar o trabalho de pintura. E depois observar cuidadosamente para garantir que traços das antigas imperfeições não venham a surgir de seu esconderijo debaixo de sucessivas camadas de tinta. Cada momento de sossego é prematuro - restaurar e pintar de novo, sem folgas... (p.34)

Opinião: É frequente na vida líquida moderna, indivíduos que entram em um relacionamento, mas ainda com marcas nítidas em si do último relacionamento, marcas que muitas vezes são o principal motivo do término do novo relacionamento. A solução lógica seria o que os indivíduos não conseguem fazer, que é simplesmente suspender temporariamente a busca por um “amor” após falhar.

  • Uma “relação de bolso” é a encarnação da instantaneidade e da disponibilidade”. (p. 37)

Opinião: A chamada “relação de bolso” (conhecida no Brasil entre os jovens como “ficante”), é corriqueira na maioria dos jovens entre 14 e 24 anos, que evitam cada vez mais um relacionamento sério, buscando somente relações frágeis com o intuito de ser uma relação com que ele tenha o controle sobre ela, podendo encerrar ela quando quiser (sendo esse o maior atrativo de uma “relação de bolso”), sem envolver qualquer tipo de sentimento e, principalmente, podendo ter quantas puder, buscando também extinguir o sentimento de solidão.

  • Um resultado particularmente portentoso dessa nova ideologia foi a substituição dos “interesses compartilhados” pela “identidade compartilhada”. (p. 49)

Opinião: É cada vez mais corrente no mundo contemporâneo, os indivíduos buscarem por parceiros amorosos que se assemelham com si mesmos, contrariando o senso comum com a ideia de que “os opostos se atraem”, visto que eles buscam a “alma gêmea”, sendo assim, buscam alguém que seja o mais semelhante possível com si mesmo, ao contrário de o que ocorria antigamente, onde era buscado interesses em comum entre os indivíduos.

  • Todo esse aproximar-se e afastar-se para longe torna possível seguir simultaneamente o impulso de liberdade e a ânsia por pertencimento. (p. 52)

Opinião: No mundo líquido moderno, grande parte das pessoas que se consideram “conectadas” com outras, se sentem confortáveis nesse estado justamente pelo controle que se tem nessa conexão com o próximo, principalmente em relação a facilidade de se desconectar do chat e reconectar-se quando quiser. Mas o que incentiva o indivíduo a sempre reconectar-se é a sensação de pertencimento e a busca constante pela extinção do sentimento de solidão, mas tal ciclo só faz ele crescer.

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