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Filme Juízo

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Por:   •  10/11/2013  •  394 Palavras (2 Páginas)  •  1.706 Visualizações

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Resenha sobre o documentário Juízo, de Maria Augusta Ramos

O documentário retrata a situação vivida por jovens menores de 18 anos diante do judiciário brasileiro.

A cineasta Maria Augusta mostra num primeiro momento um menor infrator. Este é interpelado pela juíza Luciana Fiala que de maneira moralista expõe suas idéias a respeito da vida do menor, além de atribuí-lo a culpa por estar vivendo tal situação.

É notável o sofrimento dos familiares no momento do julgamento, nas visitas que recebem os detentos. As mulheres que vão visitar os presos passam por constrangimentos, tendo que se despir diante de uma profissional estranha.

No decorrer do documentário, nota-se que os menores infratores são tratados com frieza e falta de respeito pelos próprios funcionários que trabalham nos locais onde tais jovens são reclusados.

O documentário também relata sobre a situação dos menores pobres, com preponderância para o sexo masculino. Há um princípio que pesa no julgamento, é o caso do menor ser reincidente, assim sendo terá que ficar preso. Entretanto o sistema carcerário brasileiro aprisiona em péssimas condições o indivíduo, e este não é preparado para ser reinserido na sociedade.

Parece ser esquecido que os jovens dos quais o filme trata, estão inseridos em uma sociedade com condições socioeconômicas desiguais, são excluídos do meio social, não possuem acesso à educação digna, de qualidade e na maioria das vezes a realidade de cada menor é miserável, e tais jovens não escolhem viver nesta realidade.

A linguagem técnica utilizada durante o julgamento atrapalha o entendimento do (a) menor infrator (a) sobre a decisão tomada a seu respeito.

No fim do documentário é visto o que aconteceu com tais jovens do decorrer do tempo, a maioria foge e não cumpre o tempo estabelecido no CRIAM. Certo tempo depois alguns jovens são vistos na mesma condição de antes, não frequentam à escola; ou até em condição pior, como o caso do menor que foi morto após duas semanas ao fugir do CRIAM.

Contudo, vê-se que é cada vez maior o número de menores cometendo crimes, se envolvendo com a ilegalidade e são mortos diariamente no Brasil. Para mudar essa realidade, teríamos que ter políticas públicas para atender melhor aos jovens, a família, leis que fossem cumpridas, assegurar melhores condições aos menores infratores (profissionais para atender os menores, afim de reinserí-los na sociedade, fornecer melhores condições físicas nos locais de reclusão, criar programas eficazes de incentivo à educação, etc).

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