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Fundamentos Do Serviço Social

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Por:   •  22/11/2013  •  4.111 Palavras (17 Páginas)  •  308 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Nesse trabalho abordaremos o serviço social e o momento histórico em que se inicia profissão. Abordaremos também das questões sociais como: moradia, alimentação, desemprego, desigualdade social, usando como parâmetro o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin.

Será feito um breve relato sobre as mudanças e impactos causados pela evolução das tecnologias e quais suas conseqüências na vida em sociedade. Em seguida será abordado sobre a reconceituação do Serviço Social no Brasil que aconteceu entre as décadas de 80 e 90.

Concluindo faremos uma análise sobre a importância do serviço social na realização de políticas públicas desenvolvidas com o objetivo de melhorar a questão.

SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

Começamos a nossa reflexão lembrando que no Brasil, o Serviço Social tem sua origem no movimento social iniciado com a Igreja Católica, onde um dos objetivos era recristianizar a população.

Com uma crescente migração inevitável do campo para a cidade, devido a escassez do trabalho, aumentou assim a procura de emprego na cidade. Essa mão de obra abundante necessitava ser controlada e disciplinada para o trabalho.

A questão social tem seu conceito no conjunto das expressões das desigualdades da sociedade onde exige a formulação de políticas sociais em benefício da classe operária, estando, a mesma, em pobreza crescente.

O filme Tempos Modernos faz uma crítica ao sistema capitalista incorporado por toda a Europa no auge da Revolução Industrial. Lembramos que a figura do artesão é substituída pela do operário, que vende sua força de trabalho em troca de um determinado valor monetário. Isso é mostrado no filme na figura de Carlito.

Destacamos que dessa forma o trabalhador não tem noção de quanto é o valor da sua força de trabalho. O que vemos é que o valor da riqueza produzida por ele é muito maior do que ele recebe, sendo submetido a uma exploração do sistema. O operário desconhece o valor do seu trabalho no momento em que desempenha uma função isolada do processo global de fabricação de um determinado bem material.

No filme, vimos que o personagem Carlito, ao ritmo da esteira, nos lembra a submissão do homem ao ritmo imposto pela máquina: um ritmo extremamente acelerado em uma linha de produção, onde tem os movimentos alterados por conta desse trabalho, acelerado e repetitivo, anulando completamente o significado que tem do trabalho em sua vida. Vemos que o sistema capitalista faz com que o homem se transforme em uma mera extensão da máquina. O que nos é mostrado é o personagem Carlito tendo um colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava.

O modelo de produção desenfreada corta a criatividade e a percepção do mundo ao redor. Vivemos uma rotina onde perdemos a capacidade de analisar possibilidades e soluções eficazes dentro de nossas organizações e equipes. O que vemos são pessoas trabalhando seus egos com exigências passadas em formas de metas, em prol de uma única coisa, o lucro. Os trabalhadores eram vistos meramente como “objetos”.

O Brasil tem uma bela Constituição social, representando um avanço considerável para um país onde tem na sua história, a escravidão dos negros. Infelizmente, ainda hoje, a realidade brasileira é uma violenta contradição com os ideais proclamados. Vivemos num país com marcas profundas de desigualdade social que foi fruto de persistente política oligárquica e escandalosa concentração de renda.

Comparando ainda com o filme Tempos Modernos, lembramos que esse período apresentado, o da grande depressão, teve seus efeitos sentidos no mundo inteiro: desemprego, miséria, fome, desencantamentos e muito mais. Mesmo assim os personagens criam uma imagem do Paraíso, onde existe casa e comida, ao alcance das mãos.

Um grande desafio para os assistentes sociais, no Brasil, foi trabalhar a prática da assistência que era associada com a caridade, para uma prática num contexto de estrutura e de relações sociais que peculiarizavam a sociedade após a guerra. Vimos que desde a Antiguidade a prática da assistência tinha essa conotação e sua tarefa era voltada principalmente para as confrarias, onde ajudavam com a esmola, visita domiciliar, aquisição de alimentos, roupas, calçados, enfim, os bens necessários e indispensáveis para diminuir o sofrimento das pessoas necessitadas. Ao longo do tempo, vários caminhos foram trilhados pela assistência, assim como suas formas operacionais adotadas para concretizá-las.

Relembrando a história, descobrimos que em 62 anos, de 1937 a 1999, o Serviço Social, teve uma transformação no interior da profissão. Começa querendo moldar os homens de acordo com princípios cristãos de respeito à autoridade, vendo no homem objeto do seu trabalho, creditando a culpa pelas situações que eram vividas, acreditando que esses mesmos princípios era a solução para a recuperação da sociedade. Já no ano de 1999, assume uma postura marxiana, analisando que os homens, individualmente, não são desiguais, e sim, a forma de produção e apropriação do produto social é que produz as desigualdades, para manter a dominação de classe. Reconhece que os homens são sujeitos da história. Esse mesmo homem que é morador de favelas, pobre, analfabeto, desempregado, etc. que merece a intervenção profissional do assistente social.

Algumas instituições foram criadas durante o período da ditadura do Estado Novo. São elas, o CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social), no ano de 1938 e a LBA (Legião Brasileira de Assistência), em 1942. Instrumentos de controle social e político dos setores dominados e de manutenção do sistema de produção.

Destacamos alguns avanços que ocorreram no ano de 1996, que foi, a criação da LOAS (Lei Orgânica da Assistência) implantada a partir da concessão de benefício para diferentes seguimentos como os idosos, portadores de deficiência, criança e adolescentes e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que unificou os programas sociais que estavam dispersos em vários ministérios, na qual também ocorreu a aprovação da Política Nacional de Assistência Social e a aprovação na Norma Operacional Básica (NOB) 2. A NOB SUAS é responsável por avanços significativos como a implantação dos Pisos de Proteção no financiamento da Assistência Social e o respeito à diversidade nacional.

Diante dos textos lidos e refletidos, avaliamos que é grande o caminho do serviço social, que ainda deverá ser percorrido. Apesar de todas as organizações do trabalhador para, de fato, fazer valer os seus direitos e deveres, ainda hoje, vemos que o Estado assume em parte, a sua responsabilidade. Também lembramos que a organização

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