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Higiene

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Por:   •  2/9/2013  •  1.235 Palavras (5 Páginas)  •  530 Visualizações

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Introdução

Apresenta-se aqui nesta produção textual, uma proposta de inclusão de um aluno com 15 anos de idade que está frequentando o 1º ano do ensino médio.

O mesmo é portador de deficiência mental que lhe acarreta muitas dificuldades: em sua expressão oral, escrita, de relacionamentos, pois é portador de um temperamento impaciente, agitado, que o leva, muitas vezes a ser agressivo com suas professoras e colegas.

Essa atividade procurará pontuar propostas de ação que venha facilitar a equipe pedagógica a realizar a adequada inclusão deste aluno possibilitando a sua aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, bem como um convívio saudável com seus colegas e professores.

Sendo o foco deste trabalho a deficiência mental, esta constitui um impasse para o ensino na escola comum e muitas discussões têm sido feitas quanto à inclusão de crianças com necessidades de uma educação especial na rede regular de ensino e a sua integração enquanto a cidadãos, com seus respectivos direitos e deveres de participação e contribuição social.

Para Patrícia Bianchini, (R7 Brasil Escola), as escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias com a comunidade. A inclusão, na perspectiva de um ensino de qualidade para todos, exige da escola novos posicionamentos que implicam num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais, para que o ensino se modernize e para que os professores se aperfeiçoem, adequando as ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes.

Neste contexto, insere-se também a dificuldade de diagnosticar a deficiência, que apesar de tudo, não se esclarece por supostas categorias e tipos de Inteligência. A deficiência mental não se esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida por um único saber. É preciso estudo e investigação dos fatos. Uma vez diagnosticada a deficiência mental, o aluno apresenta uma maneira própria de lidar com o saber, que não corresponde ao que a escola preconiza.

Conforme apresenta a Convenção da Guatemala (2001 apud GOMES et al, 2007), internalizada pela Constituição Federal pelo Decreto nº 3.956/2001, no seu artigo 1º, deficiência é: “[...] uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”.

Diante de o aluno citado ter dificuldade de construir conhecimento como os demais colegas e de demonstrar a sua capacidade cognitiva, principalmente na escola que mantém um modelo conservador de ensino e uma gestão autoritária e centralizadora, apresenta-se uma proposta de inclusão desse aluno baseada em um Plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Segundo Gomes et al, (2007), a proposta do AEE para alunos com deficiência mental é distinguir o que é próprio de uma intervenção específica para a deficiência, complementar à escola comum, daquela que é substitutiva e meramente compensatória, visando à aquisição paralela do saber escolar.

Como objetivo principal, o AEE é propiciar condições e liberdade para que o aluno citado possa construir a sua inteligência, dento do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente capaz de produzir significado/conhecimento, bem como melhorar seu relacionamento com os colegas.

É importante destacar que, o aluno com deficiência mental, como qualquer outro aluno, precisa desenvolver a sua criatividade, a capacidade de conhecer o mundo e a si mesmo, não apenas superficialmente ou por meio do que o outro pensa.

Como proposta de atividade para explorar a inteligência do aluno, pode-se utilizar a de fazer bolinhas de papel para serem coladas sobre uma figura traçada pelo professor em uma folha de papel. A partir da colagem da bolinha no centro da folha, o aluno poderá reproduzir o miolo de uma flor. A colagem servirá de uma estratégia que o próprio aluno selecionou para demonstrar seu conhecimento das partes de um vegetal e não unicamente para preencher o espaço de uma folha que lhe foi entregue. Desse modo, esta atividade permite ao aluno expressar seus questionamentos e conhecimentos a respeito de tudo o que um objeto possa suscitar com liberdade e utilizando a sua criatividade. (GOMES, 2007, p.21)

Com relação à Língua Portuguesa e Matemática, o Atendimento Educacional Especializado buscará o conhecimento que permite ao aluno a leitura, a escrita e a quantificação, sem o compromisso de sistematizar essas noções.

Quanto à entrada na escola e a socialização com professores e colegas, em todos os seus níveis, exigem-se construções cognitivas e compreensão da relação com o outro.

Segundo Lima (2000 apud Fioravante-Tristão, 2011, p.151), Vygotsky dedicava-se à construção de uma nova ciência: a relação entre o indivíduo e a sociedade em que vive é uma relação dialética da qual se desenvolvem as características humanas. Em outras

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