TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Inclusão Social no Âmbito da Educação

Por:   •  23/7/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.251 Palavras (14 Páginas)  •  113 Visualizações

Página 1 de 14

Índice

Introdução        1

A Educação em Moçambique        3

No período colonial        3

Nas zonas libertadas        4

Logo após a independência (1975)        5

Exclusão social        6

A exclusão social no âmbito da educação em Moçambique pós independência        7

Factores que contribuíram para a exclusão social no âmbito da educação em Moçambique 1975        8

Conclusão        10

Referências Bibliográficas        11

Introdução

A exclusão Social é um processo através do qual certos indivíduos são empurrados para a margem da sociedade e impedidos de nela participarem plenamente em virtude da sua pobreza ou da falta de competências básicas e de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, ou ainda em resultado de discriminação.

No período colonial a exclusão dos moçambicanos (maioria negra) da vida social era algo normal tanto que os negros (moçambicanos) e os brancos tinham oportunidades diferentes pois os brancos poderiam frequentar a escola até alcançar o nível superior facto que era impensável para um negro.

Na altura da independência, Moçambique tinha uma população com uma percentagem de 90% de analfabetos, um número reduzido de técnicos e pessoas com formação superior. No geral, havia poucas pessoas preparadas para preencherem os lugares abruptamente deixados pelos portugueses.

O novo governo do pais recém-independente, deveria não só organizar o funcionamento da administração mas também garantir a produção e os mecanismos necessários para manter uma economia operacional. As mudanças radicais preconizadas pelo novo governo passavam necessariamente pelo exercício de um controle estatal nas zonas rurais e por uma política de intervenção nos sectores económicos e sociais.

Duas das grandes áreas de investimento na área social, foram a saúde e a educação. Na educação, tentando contrariar as políticas coloniais, criam-se condições para a entrada massiva de crianças nas escolas primárias, e priorizaram-se estratégias para diminuir rapidamente os índices de analfabetismo e promover a educação de adultos. Na área da saúde, criaram-se programas de saúde rural, tentando assim estender a rede sanitária a todo o país e privilegiando a medicina preventiva.

Uma leitura pelos dados estatísticos sobre as áreas sociais, mostra-nos que em 7 anos o número de ingressos nas escolas primárias duplicou e que no mesmo período, quadruplicou o número de postos sanitários. No seu processo de intervenção, com vista à massificação dos serviços sociais, o Estado procede à nacionalização da saúde, da educação, da habitação e dos serviços de advocacia privada (1975), e mais tarde a outras intervenções no campo económico.

A estratégia económica preconizada pela FRELIMO assentava na transformação social baseada na modernização do campo através da criação de aldeias comunais com facilidade de acesso a infra-estruturas sociais como a saúde e educação, aumento da produtividade através de um programa de introdução de uma agricultura mecanizada nas machambas estatatais, uma tentativa para inverter o processo de exploração colonial dos camponeses, e onde o Estado passava a fazer a acumulação.

Caberia também às machambas estatais o fornecimento de alimentos às zonas urbanas, antes abastecidas pelos farmeiros portugueses. As estratégias introduzidas pela FRELIMO depois da independência para manter a produção e a economia em andamento, não conseguiram superar de imediato a crise económica que afectava o país.

A Educação em Moçambique

Segundo Sergi citado por Gasperini (1989), A educação é a estrada mestra para a preparação dos recursos humanos necessários ao crescimento de um país e ao seu desenvolvimento. Em Moçambique, infelizmente, os programas educativos realizados após a independência estão hoje seriamente ameaçados por factores externos ao sistema educativo.

Para entender a evolução da educação em Moçambique devemos acompanhar este processo desde do período colonial até o ano de 1975, isto porque a educação é o processo interligado no tempo e no espaço, é algo que se se constrói, evolui ao longo do tempo. Facto que torna indispensável não falar da educação nos períodos anteriores ao ano de 1975.

O sistema de educação de 1975 foi concebido nos anos anteriores e visava responder aos desafios que o governo moçambicano tinha naquele momento. É aqui que poderemos saber os motivos e as causas que levaram com que a educação se encontrasse no nível em que estava logo apos a independência.

Para perceber melhor a evolução da educação em Moçambique até 1975 podemos dividir em três períodos:

No período colonial

Moçambique passou por momentos críticos na era colonial em todos aspectos, particularmente na educação dos indígenas. Na era colonial muitos moçambicanos tiveram dificuldades de ter acesso a educação, visto que, a educação de qualidade estava reservada para os colonos e seus filhos.

O sistema de educação colonial em Moçambique, era coerente com os objectivos económicos, políticos e culturais do sistema, onde impôs uma condução que visava a reprodução de exploração e de opressão e a continuidade das estruturas colonial capitalistas de dominação.

A educação tinha por função modelar o homem servil, despersonalizando alienado das realidades do seu povo; ela devia favorecer a formação de um homem tão estranho ao seu próprio povo que pudesse vir a ser, mais tarde, instrumento do poder colonial para a dominação dos seus irmãos; também estava confiada a formação de mão-de-obra barata (GOMEZ, 1999:59).

O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequadas as circunstâncias histórico económicas e a conjuntura política internacional. A formação do indígena e a criação da figura jurídico-político ”assimilado” impunham-se como necessidade de força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista.

Aqui desenvolveu-se o sistema de educação paralela, para filhos da classe dominante e para indignas (boletim da Republica, 1983), isto é, a educação dividia-se em dois grupos ou seja em dois ensinos: «Ensino oficial, destinado aos filhos dos colonos ou dos assimilados e o rudimentar destinado às indignas» (MAZULA, 1995:80)

Nas zonas libertadas

O I Congresso da FRELIMO (Setembro de 1962) determinou a criação de escolas em zonas onde fosse possível. Foram definidas funções específicas para a educação: a escola devia satisfazer o conhecimento verdadeiro que se adquire através da descoberta da natureza, da sociedade e das leis que as regem; e fornecer soluções para os problemas que surgem na vida quotidiana da comunidade, aprendendo da comunidade.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (22.3 Kb)   pdf (167.4 Kb)   docx (18.7 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com