Matrizes Liberal E Marxista

Ao analisar a influência das Matrizes Liberal e Marxista sobre o Estado e a sociedade ao longo dos séculos XIX e XX, pode-se observar que o Estado da Matriz Liberal veio a tona com as idéias advindas das fundamentações Iluministas que dominavam a Europa ocidental no século XIX, Matriz esta em que se pregava o Estado mínimo. Como liberal, devemos entender uma sociedade, onde há a independência e a liberdade de todos os cidadãos, não sendo submissos a nenhuma outra força, pois são iguais perante as leis que regem a sociedade. No limiar do século XX, bem antes do advento do declínio do Estado Liberal ocidental, nasce com a Revolução Bolchevique o primeiro Estado socialista, a Rússia. Sabe-se que este Estado tinha como dogma o princípio do controle total da vida social, política e econômica do cidadão. O Estado Social/Marxista, por suas peculiares características antagonizam com o Estado Liberal, enquanto um deixa a cargo do mercado toda e qualquer atividade, o outro se encarrega do controle total do Estado sobre as atividades.

Os Estados que adotaram a Matriz Liberal tem como vantagem e fator diferencial, entre outras, a forma com que se aplica a justiça, a manutenção da lei e da ordem, deixando os cidadãos livres para dedicarem-se aos seus próprios interesses e a outras atividades no mercado. Porém trazem consigo a desvantagem da fragmentação e divisão da sociedade em classes. Isto causa a disparidade piramidal entre pobres e ricos, ou seja, os ricos cada vez mais ricos, enquanto que os pobres cada vez mais pobres. No Estado de Matriz Socialista não existe oportunidade para a competitividade de mercado, visto que o controle de todo processo produtivo é do Estado.

Por fim, o século XX deixou evidente a tensão máxima entre as Matrizes Liberal e Marxista, a construção do muro de Berlim e a criação da cortina de ferro, separando o mundo entre a influência ocidental (Liberal) e da URSS (Marxista).