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Mulher Em genero, cultura e ruralidade

Por:   •  15/8/2015  •  Artigo  •  4.045 Palavras (17 Páginas)  •  292 Visualizações

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MULHER:EM GÊNERO, CULTURA E RURALIDADE

Acácia Maria Santos Lisboa

Cícera Maria da Silva

Fabiana Maria Cardoso Cruz

RESUMO

O presente trabalho buscou de forma clara relatar a vulnerabilidade feminina ainda existente diante da sociedade contemporânea, fazendo uma análise nas seguintes variáveis, violência de gênero, cultura e ruralidade, relatando os comportamentos dos indivíduos existentes nas relações sociais e a forma como a cultura machista perpassa ainda induzida pela classe feminina trazendo um retrocesso a todos os avanços já conquistados pela luta feminista na sociedade brasileira, que a mulher que vive no meio rural sofre as mesmas agressões que são sofridas as mulheres no meio urbano e as mesmas buscam alternativas de enfrentamento como movimentos sociais para sobressair da selvageria que seus parceiros fazem suportar no núcleo familiar, e como ainda nos dias atuais, as violências não só físicas como morais e psicológicas cometidas contra a mulher é culturalmente natural, entre tantas pessoas que foram moldadas a reproduzir, tal sistema, foram criados e acostumados a vê a violência cometida contra mulheres dentro de suas próprias casas, a dificuldade da sociedade em abandonar tal prática, é por  sofrer reflexos, de uma sociedade patriarcal.

PALAVRAS CHAVES

 Mulher, desigualdade, violência, ruralidade, cultura.

ABSTRACT

The present study clearly reporting the vulnerability still exists on women in contemporary society, making an assessment on the following variables, gender violence, culture and rural life by reporting the behavior of individuals exist in social relations and how the macho culture still permeates induced by a backward class women bringing all the advances already achieved by the feminist struggle in Brazilian society, the woman who lives in rural areas suffer the same attacks that are suffered by women in urban areas and they seek alternative coping as social movements to stand out from the savagery that their partners are supporting the family, and how even today, not only physical violence and psychological and moral committed against women is culturally natural, among the many people who have been molded to replicate such a system were created and used to seeing violence perpetrated against women within their own homes, the difficulty of the society to abandon this practice, is to suffer consequences of a patriarchal society.

   

INTRODUÇÃO

        O seguinte artigo tenta mostrar que o conceito de gênero produzido nas ideologias atuais ainda está dentro do contexto histórico que possui um pensamento ideológico voltado para a superioridade do homem dentro e fora do seio familiar e que a violência doméstica ainda vive presente gerando uma desigualdade nos meios sociais, causando restrições a classe feminina, mas que através do tratamento desigual, consegue-se nivelar produzindo políticas publicas de interesse específico na inclusão social das mulheres, gerando um elemento positivo, saindo da singularidade transformando-se em multiplicadores de benefícios para a sociedade civil. Mas muitas das vezes essas políticas tornam-se ineficaz por não atender as reais necessidades da classe feminina, pois quem sabe da verdadeira falta são as mulheres que estão lutando todos os dias e estas deveriam estar presentes nos momentos de debate e aprovação destas políticas, que na sua maioria são homens. Pois nossa política também é patriarcal, não vendo as discussões políticas espaço para as mulheres participarem.

        Há um sub-representação muito grande da participação das mulheres nos espaços de poder de decisão, por diversos motivos, principalmente por que culturalmente ainda a rua, ou seja, os espaços públicos é essencialmente masculino, limitando tal participação feminina apenas a companheira desempenhando seu papel de primeira dama.

        Uma das grandes preocupações desse artigo é mostrar como os reflexos de um sociedade patriarcal, influencia nos avanços conquistados gradativamente, pelo movimento feminista através de tantas lutas e como as atitudes machistas estão impreguinadas em nossa sociedade, facilitando a reprodução inclusive por mulheres causando certo retrocesso em todo o que foi conquistado.

Isso também repercute nas mulheres que moram no campo, poucas são as políticas que se tornam eficazes. As mesmas vêm se organizando em forma de movimentos sociais para esta usufruindo de direitos que muitas das vezes são constitucionais, são vista como meras executoras de atividade doméstica por esta enraizada que seu porte físico frágil não permite exercer tarefas direcionadas para os homens.

Sendo assim o presente artigo tem por finalidade, expor de forma clara e objetiva, a situação da mulher na contemporaneidade, sob as discussões de gênero, cultura e ruralidade, analisando as conquistas e os impedimentos para sua efetiva igualdade de direitos.

A MULHER SOB A ÓTICA DE GENERO, CULTURA E RURALIDADE.

Ao discutirmos gênero, podemos começar definindo, que é a diferença de sexo que existe, porém sabemos que pode ser definido também como diferença social ou um modo de identidade. SAFFIOTI (2004),“ Recomenda a manutenção da diferença entre a necessidades e a capacidade humana de organizar de forma opressiva, empiricamente, os mundos sexuais imaginários ou reais que cria”.

Na sociedade contemporânea ao falarmos de gênero nos reportamos diretamente para homem e mulher, sempre hierarquizando o homem como um ser superior, tornando assim a mulher como um ser frágil e diminuindo a sua importância diante da sociedade, lembrando que no início o homem buscava esse poder através de algumas variáveis e  uma delas era a educação como cultura.Ficando assim relacionado também a criação do conceito de gênero segundo SAFFIOTI (p.107),

“[...] não foi uma mulher a formuladora do conceito de gênero. O primeiro estudo a mencionar e a conceituar gênero foi Robert Stoller no ano de 1968.Só a partir de 1975, como famoso artigo de Gayle Rubin,Mulher, frutificaram estudos de gênero, dando origem a um ênfase pleonástica em seu caráter relacional e uma nova postura adjetiva, ou seja, a perspectiva de gênero.” (SAFFIOTI,2004,P.108)

Essa relação entre homens e mulheres se reproduz de forma inferior ao longo de muitos séculos, já que a mulher esta ligada ao casamento, a maternidade e a educação dos seus filhos. E homem se liga a socialização, ao sustento da casa e ao trabalho.

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