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Mulher negras e a midia

Por:   •  16/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  341 Visualizações

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O Racismo e as Mulheres Negras no Brasil

        Buscando compreende a situação que as mulheres negras sofrem e necessário

fazermos uma analise conjuntural de uma passado ainda permanente.

“Apesar das transformações nas condições de vida e papel das mulheres em todo o mundo, em especial a partir dos anos de 1960, a mulher negra continua vivendo uma situação marcada pela dupla discriminação: ser mulher em uma sociedade machista, e ser negra numa sociedade racista.” (MUNANGA, 2006, p. 133).

          Analisa-se que na história do Brasil, que a mulher negra escrava, quando não trabalhava nos serviços braçais ao lado dos homens, dedicava-se aos serviços domésticos, também braçais, na casa dos seus patrões sofrendo também com trabalho sexual – igualmente exploratório . Percebe-se, dessa forma, que a mulher negra desempenhava um papel importânte na história da sociedade brasileira, mas, mesmo assim, não era reconhecida pelos seus serviços, pois não pertencia à uma classe dirigente e dominante.

          A história nos mostra que a mulher negra ficou com a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos de outras mulheres para que elas, as mães do lar, pudessem cumprir uma jornada de trabalho fora de casa. Sendo assim, quando se fala que a mulher moderna tem como uma das suas características a saída do espaço doméstico para ganhar o espaço público, é preciso ponderar que na vida e na história da mulher negra, o trabalho fora de casa já é uma realidade muito antiga (MUNANGA, 2006).

“A história das sociedades e culturas modernas foi sempre acompanhada de uma certa idéia de humanidade, de uma apreensão do ser humano pensado essencialmente através das noções de igualdade e de liberdade. À medida que a significação e o alcance dessa idéia moderna de humanidade foram se aperfeiçoando, ela se viu atravessada por uma tensão muito forte entre duas exigências comparativamente opostas (Mesure & Renaut, 1999, p.18).”

           A maioria das mulheres, incluindo a mulher negra, conquistou a “liberdade” após anos e anos de submissão. Atualmente a mulher chefia mais da metade dos lares brasileiros. Ela está livre do trabalho nas casas dos senhores do café e da cana-de-açúcar, mas muitas delas estão vinculadas aos serviços informais nas casas dos grandes empresários. Contudo, vale lembrar, que a mulher apesar de assumir hoje, cargos que só os homens conseguiam há algum tempo, tem o seu salário incompatível com a posição ocupada, na maioria das vezes. Portanto observa-se que dessa forma, as mulheres, principalmente as negras e pobres, são as mais prejudicadas em todo esse processo de exclusão na formação da sociedade brasileira, ao passo que a oportunidade de alcançar socialmente (e se afastar do subemprego) está intimamente ligada ao cenário social, que hoje impede grande parte da população de viver um pleno desenvolvimento.

           As mulheres negras que conquistam melhores cargos no mercado de trabalho adquirem uma força fora do comum, sendo que algumas, provavelmente, pagam um preço alto pela conquista, muitas vezes, abrem mão do lazer, da realização da maternidade, do namoro ou casamento. Pois, além da necessidade de comprovar a competência profissional, têm de lidar com o preconceito e a discriminação racial, que lhes exigem maiores esforços para a conquista do ideal. A questão de gênero é, em si, um complicador, mas, quando somada à da raça, aumenta ainda mais o grau de dificuldade entre as suas agentes.

             Mesmo com todas as conquistas delas, como o direito moral de sair às ruas e protestar, o de exercer a cidadania através do voto, o de concorrer a cargos políticos, etc., a mulher ainda é vista como um ser frágil a ser conquistado, e um fetiche para a sociedade machista. A imagem feminina é utilizada como instrumento para o comércio, servindo apenas para fortalecer o papel de domínio do homem sobre a mulher, contribuindo para o aumento dos índices de violência doméstica.

              O gênero feminino pode ser considerado um dos grandes exemplos de superação para algumas categorias de classe que lutam por direitos. Por isso se a mulher estiver representando uma categoria, e essa categoria for negra, pode-se dizer que elas são exemplo de luta. As mulheres são tão capazes de participar das decisões de interesse coletivo, quanto os homens.

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