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Nstituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA Campus Avançado de Varginha

Por:   •  19/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA

Campus Avançado de Varginha

                                         

TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES

3º Período

Discente: Aline de Assis Guedes Pereira                                          Matrícula: 2013.1.24.006

Discente: Elizabeth Alves Assis                                                         Matrícula: 2013.1.24.024

RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO

O trabalho invisível

Dados do trabalhador: Juliana Silva Ribeiro

Organização onde trabalha: Supermercado Gama

Atividades desempenhadas pelo trabalhador: Operadora de Caixa e Empacotadora

Idade/Escolaridade: 33 anos, Ensino Médio Completo.

Setor: Comércio

Cidade: Varginha

Método de investigação: A entrevista foi realizada na república de uma das discentes para que fosse mais uma conversa informal com o objetivo de conhecer e aprofundar a vida da entrevistada para identificar aspectos sobre o trabalho invisível.  A coleta de dados foi feita por meio de entrevista semiestruturadas de forma a serem compreendidas com facilidade, teve como duração 1h40. Os dados relevantes foram anotados conforme ocorria, além de toda entrevista ter sido gravada com a utilização de um telefone celular.

Apresentação e análise dos dados:

Por meio da entrevista procuramos identificar o sentido e o significado do trabalho, as racionalidades envolvidas e reconhecer características do trabalho invisível.


           Por ser um trabalho de pouca visibilidade, em que sua principal função só depende de esforço físico e sem nenhuma expectativa de crescimento profissional, se encaixa na definição de trabalhador invisível. Tal termo se aplica as profissões que, apesar de fundamentais para o funcionamento da sociedade são totalmente ignoradas por uma ampla parcela da população, quer por preconceito, quer por indiferença.

 “Ressaltamos, ainda, o desprestígio da profissão e do profissional, muitas vezes considerados desqualificados intelectualmente e executores de um trabalho braçal e precário, em detrimento da importância dos mesmos na prestação de serviços à sociedade e mesmo à autoestima destes sujeitos. Tal desprestígio tem culminado, inclusive, em violências e humilhações [...]” (PARADA, 2008 apud DINIZ, 2013)

Foi perguntada a entrevistada como e quando ela chegou ao atual emprego, e se pretende permanecer nele.

‘’Eu era casada e ficava em casa cuidando dos meus filhos, quando me separei tive que me virar para sustentar meus filhos e minha mãe que mora comigo. O marido de uma amiga que trabalhava lá me indicou para o cargo. É um trabalho cansativo, com carga horária extensa e poucas folgas, além de horário instável, mais que não requer estudo e me da uma estabilidade financeira para tirar o sustento da minha família. ’’

Diante desse relato fica clara a utilização da racionalidade instrumental, onde trata de assuntos relativos á existência, práticos, concretos e resultados, pois mesmo não sendo o ‘trabalho dos sonhos’ dela, ela está sujeita a tal trabalho pelo retorno financeiro, embora não ser o seu ideal de salário, e com isso, se dispõe a fazê-lo. A razão se relaciona com meios e fins.

Pode-se comprovar esta relação através da fala de Tolfo e Piccinini:

“Resultados valorizados do trabalho. São os valores relacionados com as finalidades que as atividades representam para a pessoa, respondendo à indagação acerca dos motivos que a levam a trabalhar. É composta de variáveis que se referem a valores distintos do trabalho e motivações do construto do significado do trabalho.’’ (2007)

“O significado refere-se às representações que o sujeito tem de sua atividade, assim como o valor que lhe atribui. A orientação é sua inclinação para o trabalho, o que ele busca e o que guia suas ações. E a coerência é a harmonia ou o equilíbrio que ele espera de sua relação com o trabalho.” (2007).

Vale ressaltar que na perspectiva marxista o trabalho pode ser compreendido, de forma genérica, como uma capacidade de transformar a natureza para atender necessidades humanas (Marx, 1993). No caso da entrevistada o que a leva a trabalhar é que há a necessidade do retorno financeiro do trabalho para a sobrevivência de sua família, conforto e perspectivas para melhorias de seu cotidiano.

Segundo Silva (2011):

“A decisão envolve elementos racionais, levantamento de informações, consciência dos fatos, identificação de alternativas, escolha de objetivos, mas há também um conteúdo ético já que, por trás das escolhas individuais, há conjuntos de valores específicos e próprios de cada indivíduo ligados às suas experiências e a sua visão do mundo, o que, por sua vez, é permeado não só pela racionalidade instrumental como também pela racionalidade substantiva.”

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