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O DESAFIO PROFISSIONAL

Por:   •  8/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.244 Palavras (9 Páginas)  •  76 Visualizações

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DESAFIO PROFISSIONAL CURSO: SERVIÇO SOCIAL

ACADÊMICA:

ELISVALDA SANTOS DOS SANTOS

RA: 2731602191

DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II E PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I

POLO: SANTA MARIA / RS

ABRIL/2015

 

DESAFIO PROFISSIONAL CURSO: SERVIÇO SOCIAL

ACADÊMICA:

ELISVALDA SANTOS DOS SANTOS

RA: 2731602191

DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II E PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I

Trabalho Apresentado a Profa Especialista Valéria Rossi Lourenço das disciplinas Fundamentos Históricos e Teóricos-Metodológicos do Serviço Social II e Psicologia e Serviço Social I, Turma 2A do Curso Serviço Social, para obtenção de nota.

POLO: SANTA MARIA / RS

MARÇO/2015

Introdução

No Brasil, o ano de 1964 foi marcado pelo momento mais triste da história do país. Era o Golpe Militar que se instalava e um período crítico que se estabelecia nos anos subsequentes de governo ditatorial, marcado por tempos de total supressão dos direitos constitucionais, de práticas de censura, perseguições políticas, repressões, tortura e morte daqueles que se rebelavam contra o governo.

Este trabalho consiste em mostrar os acontecimentos que marcaram a Psicologia e o Serviço Social no decorrer do período ditatorial com reflexões a respeito da repercussão dos fatos ocorridos que alteraram ao longo do tempo os parâmetros de atuação destes profissionais bem como as semelhanças e diferenças entre estas duas profissões e a interdisciplinaridade existente entre psicólogos e Assistentes Sociais na defesa das políticas sociais e dos direitos dos cidadãos até os dias de hoje.

  1. Psicologia e Ditadura Militar 

A psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, um período no qual as forças armadas se articulavam para promover o inesquecível golpe que impôs ao país um regime ditatorial. A psicologia era recém considerada ciência, estava ganhando espaço em cursos superiores, mantendo crescente intercambio como o exterior, recebendo visitações de profissionais estrangeiros, passava a importar e exportar conceitos adquiridos por estudos e teóricos americanos e europeus. A psicologia procurava formular técnicas e praticas de modo a orientar a demanda da educação, trabalho e clinicas visando atender as necessidades sociais. Após o golpe de 1964, que foi um período de censuras, perseguições, prisões, torturas e mortes, a psicologia passou a andar de mãos dadas com a ditadura, ficou posicionada diante das lutas de classes se enveredando para os caminhos da classe dominante, formando profissionais deturpados, elitizados e moldados aos frios consultórios particulares que por anos passou a ser a maior frente de atuação do profissional de psicologia, permanecendo congelada e obsoleta e favorecendo o profundo conformismo político. Tratava-se de um período no qual o exercício da psicologia em expressiva escala se adequava as necessidades politicas e econômicas do governo ditatorial vigente, ou seja, todo o trabalho desenvolvido pelo psicólogo tinha como objetivo favorecer o governo e consequentemente controlar a massa. Nesse período ditatorial a psicologia estava sendo refém de necessidades politicas e econômicas geradas pelo governo militar. O Brasil estava sujeito a um modelo de governo que privava o indivíduo dos seus direitos e todos que se levantavam contra o regime eram considerados inimigos internos. A ditadura machucou muita gente psicologicamente, pessoas foram mutiladas moralmente, não eram tidos como seres humanos, muito menos como cidadãos de bem. Na época da ditadura a psicologia era considerada como um estudo de pessoas anormais, sem nenhuma reflexão critica e politica. Foi ai que a psicologia emergiu diante das classes burguesas, no augi da ditadura onde ela passou por transformações praticas em meio aquele período sangrento e impiedoso no país. A psicologia veio dizer aquele que se intimidaram ao regime, pessoas essas desestruturadas advinhas de famílias problemáticas, uma nova forma de agir e pensar da vida das pessoas assistidas por seus profissionais que lhe ensinavam a suportarem as pressões psicológicas aplicadas pela ditadura. Podemos observar que a mudança do foco de atuação dos profissionais com o fim da ditadura militar saiu da visão industrializada para a construção de posicionamentos atentos ao coletivo. O processo de transformação das práticas profissionais do psicólogo que foram de muita importância para a ascensão e reconhecimento da profissão no país. Com a introdução da psicologia na comunidade e no âmbito das politicas públicas inicia-se um processo de conquista pela diminuição das desigualdades sociais e pela mudança do olhar em relação ao sujeito, podendo-o compreende-lo como sujeito inserido em um contexto social, político, cultural e econômico.

  1. Serviço Social e Ditadura Militar

O Brasil passou por uma ditadura militar que caracterizou-se pela falta de democracia, suspensão dos direitos constitucionais, censura, concentração de renda, pensamentos capitalistas, perseguição política e repressão a todos que eram contra o regime militar, nesse período se dá o início, ou a perspectiva de crítica ao serviço social tradicional. Passamos a ter duas vertentes sobre o serviço social que podemos chamar de conservadora e mudancista. A primeira vai dando lugar para a segunda no campo da doutrina social da igreja e passa-se ao surgimento das correntes psicológicas e sociológicas. Destaca-se o positivismo e funcionalismo, os métodos também são sistematizados e o foco passa a ser não mais o indivíduo, mas a comunidade. A conscientização da exploração, opressão e dominação e a insatisfação dos profissionais leva então a perspectiva de uma mudança social. O regime político concentra suas forças na doutrina de segurança nacional e desenvolvimento, no antimarxismo e no pensamento católico conservador, vetando assim os interesses dos assistentes sociais que buscavam o interesse dos setores populares. Com tudo isso não resta outra saída a não ser a de assumir uma prática por parte dos assistentes sociais, modernizadora, e isto marca o momento inicial do movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil. Passa a buscar meios de desvincular-se do conservadorismo e alcançar um novo perfil profissional construindo novos métodos e técnicas a partir das necessidades populares, para um agir profissional com identidade própria, condizente com a realidade social e abandonando o lugar de neutralidade que tradicionalmente ocupava. É aí que surgem documentos de grande valia que definem a função, os princípios e outras importantes e significativas definições para a Reconceituação do Serviço Social com a necessidade de adequar as práticas profissionais a realidade do país e a ruptura com o Conservadorismo (denominado Serviço Social Tradicional). Documentos como de Araxá (1967), Teresópolis (1970) e de Sumaré (1980), foram elaborados nos seminários na busca de propostas de teorização para o serviço Social, contendo as primeiras expressões de renovação da profissão. A importância do Movimento de Reconceituação para o Serviço Social é a transformação, a renovação dos conceitos e do agir profissional, que buscava uma formação qualificada, com técnicas precisas, fundamentação teórica e cientificidade para a profissão. Isso tudo resultou na reforma curricular e na condução dos destinos das organizações profissionais e intervenção profissional expressas no Código de Ética Profissional que faz uma opção clara pela defesa dos direitos da classe trabalhadora e seus interesses e assim promover a transformação social.

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