O Edmund Burke

Na aula de 22/10 foi estudado o autor e filósofo Edmund Burke, nascido em Dublin(1729), foi um filósofo de grande importância do pensamento anti-iluminista. Parlamentar por 28 anos, defendeu o fim das hostilidades com as ex-colônias britânicas.

Um ano após a eclosão da Revolução Francesa em 1789, Burke publica o livro “Reflections on the Revolution in France” que trata de duras críticas à revolução na França. Desde a época da publicação do livro, Burke foi alvo tanto de críticas quanto de elogios. Hoje é considerado um dos pais do conservadorismo político moderno.

A Revolução Francesa, para Burke, não se tratava apenas de uma revolução política, era uma revolução de rompimento brusco e violento com os antigos costumes e tradição, diferente das revoluções ocorridas nos Estados Unidos e na Inglaterra décadas antes, que objetivavam um retorno à ordem e ao equilíbrio político. Para Burke, um racionalismo impaciente e agressivo, virando-se para a ordem social é ruim, atacando tanto as más como as boas instituições.

O pensamento de Edmund Burke divergiu muito de iluministas como Rousseau, que tinha uma visão romântica da natureza humana e uma linha política progressista, enquanto Burke possuía uma compreensão mais tradicional da natureza humana, com muita influência da tradição cristã, e uma perspectiva política conservadora.

Para Burke, a sociedade humana desenvolve-se não somente pela atividade racional do homem, mas sobretudo por sentimentos, hábitos, emoções e tradições, sem as quais ela desaparece.

Burke defende assim, a ideia da limitação da Razão em face da complexidade das coisas “condição de tatear no escuro”, propondo que, perante a fragilidade da razão humana, a humanidade deve proceder com respeito para com a obra dos seus antecessores, sendo a ciência uma má ideia pra ser aplicada à política, só assim conseguindo trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento social.

Para Burke, os direitos são herdados e não existem direitos universais, por isso os indivíduos precisam ser controlados e sujeitos às leis para que as mudanças ocorram conservando as nossas tradições.