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O Esporte como fonte de saúde para a terceira idade

Por:   •  8/4/2018  •  Artigo  •  2.954 Palavras (12 Páginas)  •  137 Visualizações

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O esporte como fonte de saúde para a terceira idade.

Daniella Bergamini de Sá

Monica Abed

Estudos recentes em diferentes áreas ligadas à saúde e ao cotidiano comprovam a eficácia da atividade física para a melhoria da qualidade de vida. Além de atuar como um processo preventivo, o esporte promove satisfação e bem-estar.

Alguns dados [a]referentes à prática de esportes por maiores de 60 anos apontam para uma melhora efetiva na recuperação de movimentos prejudicados por patologias degenerativas ou fraturas causadas por acidentes.

No presente estudo de caso, trazemos o esportista Salim Abed como comprovação de que a atividade esportiva por ele desenvolvida – a natação -  foi capaz de preservar a composição física dos membros superiores, possibilitando a retomada rápida e eficiente da prática após fratura de omoplata, em função do fortalecimento muscular promovido pelos exercícios.

Cumpre salientar que Salim Abed nasceu em São Paulo, em 04 de setembro de 1928. Iniciou suas atividades esportivas aos 08 anos de idade, tendo-as interrompido por quase trinta anos (1958-1985). Retornou à prática de natação no ano de 1985 e atualmente é competidor pelo Clube Araraquarense, da cidade  do interior de São Paulo, onde reside desde 1995.

O envelhecimento e suas consequências

Consideram-se indivíduos idosos aqueles que se encontram acima dos 65 anos de idade. Entretanto, a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentou como referência, em 1984[b], a diminuição desta faixa em alguns países cujas condições de vida não favorecem um desenvolvimento e manutenção da qualidade de vida, levando as pessoas a dependerem umas das outras quando próximas a esta idade, segundo o médico Daniel Arkader Kopiler (1), em seu artigo intitulado Atividade Física na Terceira Idade, publicado no Vol. 3, no.4 da Revista Brasileira de Medicina do Esporte, em out/dez de 1997. Afirma, ainda, com base em suas pesquisas, que “os idosos não formam um grupo homogêneo. A maior parte das pessoas apresenta deterioração em sua condição física entre as idades de 65 e 85 anos. Além disso, estudos na área da Psicologia apontam para uma insatisfação presente em indivíduos dessa faixa etária no que diz respeito à impossibilidade de realização de tarefas ou participação em atividades ditas “inadequadas” [c]para pessoas a partir de 60, 65 anos de idade.

O envelhecimento da população mundial é fenômeno crescente. No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), estima-se que a população de pessoas acima de 60 anos, em 2025, seja em torno de 14% do total de habitantes.

A partir dos 60 anos de idade são considerados idosos os cidadãos de países em desenvolvimento. Já nos países desenvolvidos, esse limite parte dos 65 anos, em função das facilidades oferecidas e, consequentemente, da qualidade de vida.

Pesquisas[d] revelam a necessidade de aprimoramento no cuidado com esta população, tanto em lugares  públicos como nas moradias. É necessário que se façam adaptações do ponto de vista prático, como substituir escadas por rampas, implementar programas públicos de segurança, facilitar acesso e locomoção e proporcionar, enfim, melhores condições de vida, especialmente àqueles cuja condição física já se encontra comprometida pelo desgaste natural do corpo.

Entretanto, a idade física pode não coincidir com a idade biológica devido a alguns fatores, conforme citam os estudos realizados pela pesquisadora Maria Alice Corazza, que afirma ser o envelhecimento um processo que envolve variáveis.

Para tanto, Corazza (2001) cita quatro indicadores que utiliza  para avaliação da idade.

A Idade Cronológica, o primeiro deles, refere-se ao tempo de vida, desde o nascimento. Por meio dele avaliam-se as condições físicas no aspecto funcional. Movimentos e capacidade de realização de atividades físicas estão entre os aspectos positivos da idade cronológica não correspondente à biológica.

O segundo aspecto a ser considerado refere-se à Idade Biológica, cujo enfoque se encontra exatamente nas mudanças biológicas ocorridas no organismo e suas consequências na qualidade e padrão de vida.

O terceiro item, Idade Psicológica, diz respeito às condições psicológicas em que se encontra o indivíduo em determinada época de sua vida. As capacidades são avaliadas nos âmbitos mental e cognitivo, considerando importantes as questões como percepção, aprendizagem e memória, bem como a autoestima e a capacidade de gerenciamento das próprias atividades.

O quarto e último aspecto diz respeito ao que se espera como interferência, atitude e atuação de um indivíduo na terceira idade. Trata-se da Idade Social  e está diretamente relacionada ao comportamento dentro de um grupo.

Além desses aspectos, é necessário que se considerem as condições de vida, o grupo em que o indivíduo está inserido e suas condições de existência, os estímulos e possibilidades que encontra para manter ou desenvolver suas atividades, além da iniciativa em iniciarem-se outras.

Não se descarta, a despeito de toda experiência de vida, que o idoso possa perder o interesse por alguma atividade quando suspende as funções de trabalho ou deixa de sentir-se útil.

O que mais ameaça a pessoa idosa, quando as forças declinam é de perder todo o desejo, de não poder mais conceber e realizar projetos, de não ter uma vida social. (citação em FORCET, J.I., BAZELLE M.-L. – Sortir la personne âgée de son isolemente – Paris, Ed. Frison-Roche, 1999,  por Dr Antonio Mourão Cavalcante, no artigo A psicologia social do idoso , maio de 2002 , vol. 7- no. 5,  in PSYCHIATRY ON LINE BRASIL, Vol. 11 – Março de 2006. Consulta em 06/10/2017.às 14:29)

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