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O Funcionalismo e Teoria dos Sistemas

Por:   •  16/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  161 Visualizações

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O presente ensaio visa desenvolver o tema do Funcionalismo e a Teoria dos Sistemas, com principal enfoque nos contributos de Parsons e Merton.

O Funcionalismo assentava na ideia da sociedade como um sistema constituído por variadas componentes interligadas e, em que a cada secção cabia uma função específica. Esta corrente de pensamento teve, para além Talcott Parsons e Robert Merton, grande influência de Émile Durkheim e Herbert Spencer, bem como, no campo da Antropologia, de autores como Bronislaw Malinowsky e Alfred Radcliffe-Brown.

A ideia que está na génese do Funcionalismo é a de que, em sede do organismo social, as inter-ligações entre os órgãos e as suas funções, são a chave, designadamente nas relações funcionais estabelecidas com a plenitude do conjunto social onde atuam, nomeadamente através do método interpretativo.

As principais críticas à perspetiva funcionalista, residiram na visão demasiadamente rígida e limitada, que desconsiderava todo o contexto histórico envolvente. (Paiva, p.8)

Sociólogo norte-americano com uma formação que incluía para além da Sociologia, a Economia, Filosofia e Biologia, Talcott Parsons (1902-1979), defendeu, na sua obra de 1937, The Structure of Social Action, uma visão crítica do Positivismo e Empirismo, então dominantes no seio das Ciências Sociais nos Estados Unidos (Hamilton, 1996: 151-153).

Parsons encetou uma ordenação abstrata dos fenómenos, autónoma da sua configuração e formação, percorrendo os traços comuns das teorias existentes, através de uma análise interdisciplinar. Esta foi, então, a matriz para a conceção de uma teoria do sistema social que mediou os ideais opostos de direita (Fascismo) e de esquerda (Comunismo).

As ideias de Parsons foram tidas como conservadoras pelos seus principais críticos, contudo, para este autor, o sentido liberal e democrático era pedra basilar da essência do Funcionalismo. (Hamilton, 1996: 153)

O Funcionalismo encerrou em si os ideais de preservação e exercício do sistema social e do cenário de atuação social, rejeitando o protótipo económico, ancorado em interesses individuais.

Para Parsons, a sociedade constituía um processo autónomo composto por vários subsistemas interligados e interdependentes. A todo e cada um dos processos, era imputada a função de integração, por via da consolidação dos requisitos funcionais, vitais para o equilíbrio e preservação da sociedade. Os mencionados requisitos funcionais seriam formados por quatro funções: adaptação, realização dos objetivos, integração dos atos e manutenção dos modelos latentes. Assim, o que permite aos indivíduos uma integração plena e motivação suficiente para seguir os seus desígnios, apesar das suas individualidades, é a incorporação de valores sociais, assente na socialização, no controlo social e no cumprimento dos papéis sociais.

As ideias de Robert Merton, um dos principais discípulos de Parsons, dominaram os Estados Unidos entre 1930 e 1970 e representam um debate com base na teoria dos sistemas e na cibernética. (Hamilton, 1996: 154-155)

Merton combinou as ideias culturalistas de Weber com os ideais materialistas e economicistas de Marx, que nunca havia sido considerado por Parsons. Introduziu também o conceito de teoria de médio alcance. (Hamilton, 1996: 165-166)

Este autor advoga ainda, que a visão funcionalista reconhece os motivos subjetivos que estão na génese da ação social, invocando a relevância das disfunções do sistema para a sua manutenção.

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