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O PROJETO PROFISSIONAL DE RUPTURA

Por:   •  12/4/2016  •  Artigo  •  1.402 Palavras (6 Páginas)  •  508 Visualizações

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ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ÍRIS MILENA DE SOUZA E SANTANA

ARTIGO

CARUARU

2014

ÍRIS MILENA DE SOUZA E SANTANA

ARTIGO

Trabalho apresentado ao curso de Serviço Social da Associação Caruaruense de Ensino Superior – ASCES, como requisito para obtenção de créditos para a disciplina Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social IV.

Orientadora: Prof.ª Mircéia Saldanha

CARUARU

2014

O PROJETO PROFISSIONAL DE RUPTURA E O MARXISMO¹

Íris Milena de Souza e Santana²

RESUMO

O presente artigo pretende tratar de uma análise do projeto profissional de ruptura do serviço social e sua aproximação com a teoria marxista, que a partir do Movimento de Reconceituação passou a ser uma corrente aderida por setores da categoria profissional e que por meio dela eles começam a ter uma visão critica da realidade. Tudo isso resultado de lutas da categoria na discussão do projeto profissional, em que determinados se legitimam, fortalecendo a luta pela construção do projeto ético-político da profissão tendo como base a teoria social marxista.

Palavras-chave: Projeto, profissional, ruptura, Serviço Social, marxismo, teoria marxista.

INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objeto de reflexão da vertente marxista no Serviço Social e como objetivo apresentar os elementos teóricos do projeto profissional de ruptura do Serviço Social e da teoria marxista, para isso este artigo busca resgatar, de forma breve, sob o ponto de vista das relações teóricas a trajetória histórica e social. Desde o primeiro contato categoria com a teoria Marxista, como se desenvolveu e seus reflexos na categoria profissional do Serviço Social e como o Serviço Social adquire uma maturidade teórica com o projeto profissional de ruptura, com tradição marxista compreendendo a profissão no âmbito de produção e reprodução das relações sociais no capitalismo. De acordo com Maria Ozanira da Silva(2011, pág 100) o Movimento de Reconceituação do serviço social constitui-se:

Desse modo,[..] no interior da profissão, num esforço para desenvolvimento de propostas dos setores populares de ação profissional condizentes com as especificidades do contexto latino-americano, ao mesmo tempo em que se configura como um processo amplo de questionamento e reflexão critica da profissão. Isso se dá  motivado pelas pressões sociais e demandas dos setores populares, num contexto de grande mobilização, historicamente marcado pelo acirramento das desigualdades de classes e das questões sociais em face da dinâmica da acumulação capitalista.

DESENVOLVIMENTO

A relação entre o Serviço Social e a tradição marxista se inicia na década de 60 que foi marcada pela elaboração de programas sociais, e época em que aconteceram alguns movimentos revolucionários e também a universidade brasileira sofre influências do golpe militar de 1964, nesse momento, há um reposicionamento da prática profissional se reconhecendo como uma profissão de caráter político que irá se intensificar na década de 70, década em que há uma, reestruturação no controle sobre o trabalho com a finalidade de reduzir custos e elevar a lucratividade, é nesse contexto que surge a Reconceitualização do Serviço Social, método que questiona o a ação profissional e introduz o marxismo na formação do profissional de Serviço Social. Atualmente o Marxismo tem uma quase que total presença e está enraizado com o Serviço Social. Segundo Maria Augusta Tavares, 2013 “Em tese, todo assistente social é marxista [..] A mim parece mais apropriado dizer que o Serviço Social é a profissão que mais reúne seres humanos indignados, mas isso não faz de todos marxistas”.

As primeiras influências do marxismo no Serviço Social vão ter maior visibilidade durante o processo de abertura democrática a partir dos anos 1970 e início dos anos 1980.

O Movimento de Reconceituação emerge na metade dos anos 1960 e fez estremecer as bases do tradicionalismo profissional, conformou no Brasil um conjunto de características novas articuladas pelos profissionais, sob a direção da autocracia burguesa, na busca de dotar o Serviço Social de maior consistência em seus elementos internos, que organizam tanto a sua legitimação prática quanto sua validação teórica (NETTO, 2008 apud BASÍLIO, Miriam sd )

É no cenário do movimento de Reconceituação que se definem e se confrontam várias tendências voltadas para a fundamentação do exercício e dos posicionamentos do Serviço Social. A partir da década 70 há um posicionamento crítico dos profissionais, pois o período da ditadura tinha como característica a concretização do capitalismo monopolista no Brasil. Já a década de 80 foi um momento histórico em que há uma luta contra o Estado autoritário, e dos seus reflexos na sociedade com o aumento da pobreza e miséria, e o aparecimento das lutas pela democratização do Estado e da sociedade, num debate intenso sobre as políticas.

         Tendo em vista a direção teórico-metodológica da tradição marxista e seu entendimento com a visão crítico-dialética, o Serviço Social rompe com o conservadorismo. O Código de Ética Profissional de 1993 foi um grande avanço na visão de uma prática transformadora das relações sociais alienadas do sistema capitalista e passa a ser entendida como a solução fundamental para caracterizar a nova posição no Serviço Social. No mesmo período, a reforma das políticas sociais no Brasil, resultado de lutas políticas travadas em busca da efetivação de direitos sociais junto ao Estado, torna-se um ponto de referência importante para consecução de uma nova etapa do projeto marxista no Serviço Social.

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