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O Processo De Hominização

Artigo: O Processo De Hominização. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/11/2014  •  1.998 Palavras (8 Páginas)  •  1.583 Visualizações

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O Processo de Hominização

OBJETIVO: Neste projeto será analisado e refletido o processo de hominização comparando os dados com dois textos e um filme, sendo os textos de Edgar Morin do livro “O Enigma do Homem” capítulos “Caçado Sabendo Caçar” e “Sapiens Demens”, e o filme “A Guerra do Fogo” de Jean-Jacques Annaud e Gérard Brach, para o tema de Antropologia, com o objetivo de ver a evolução do homem, sua passagem para homos sapiens e suas características com o intuito de concluir o texto “Sapiens Demens” como sendo ou não válida essa nomenclatura para o homos sapiens, ou seja, definindo o homem como sábio e/ou louco.

ÍTEM 1. O PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO E A NATUREZA DO HOMO SAPIENS:

Hominização ou humanização? É geralmente muito comum essa confusão. Humanização é a ação ou efeito de tornar algo mais humano, benévolo para as condições dos trabalhadores, principalmente relacionado à saúde. Já hominização é o desenvolvimento evolutivo do homem por características que o diferenciam de seus antepassados, os primatas. Edgar Morin em seu texto - “O Enigma do Homem – Caçado Sabendo Caçar” - define esse processo: “A hominização não é somente o que apareceu, mas o que desapareceu, é a extinção das espécies que foram triunfantes, talvez cada uma delas foram abatidas como caça, devorada pela seguinte. Não é uma espécie que evoluiu desde os primeiros hominídeos ao homo sapiens; numa duração imensa, em que o meio natural se modifica lentamente e em que se multiplica indivíduos e grupos sociais, deram-se saltos esporádicos de espécie para espécie, de sociedade para sociedade, de indivíduo para indivíduo...”.

A partir dessa distinção, será tratado o processo de hominização do sapiens. O ponto de partida desse processo não foi a evolução cerebral como todos pensavam, mas sim a evolução da locomoção quadrúpede para a bípede que levou à posição vertical, deixando as mãos livres para uso de instrumentos possibilitando a melhora da práxis(caça), libertando o maxilar de funções mecânicas e portanto alongando o pescoço (mais tarde o que favorece a fala) e deixando a caixa craniana apta a aumentar de tamanho. Foram através de processos adaptativos e seleção natural que essas características passaram para as gerações posteriores como mutações genéticas.

Com relação à práxis, a partir dessas transformações esse animal se desenvolveu sendo ao mesmo tempo presa e predador, foi ai então que as aptidões cerebrais até então não exploradas, mas já existentes, foram acionadas na criação de armas e abrigos, vistos como um desenvolvimento da complexidade social.

Analisando esse processo, é possível observar que são diversos os fatores que irão conceber a hominização por completo resultando no surgimento do homo sapiens, entre eles estão a genética, as relações sociais, culturais, cerebrais, entre outras.

O homo sapiens quando surge, já é considerado socious (social), faber (técnico) e loquens (lógico), sendo o homem de Neandertal o primeiro da era de cérebro grande. Muitos pensam que o que difere o homo sapiens dos demais é a comunicação, a cultura e a convivência em sociedade, mas não, pelo contrario, isso já era observado nos homos anteriores. O que realmente os difere é a sepultura e a pintura.

A sepultura do sapiens significa muito mais do que um simples enterro de corpos, significa a percepção da passagem do tempo no âmbito da morte, esta sendo vista como uma transformação de estados. Como forma de “fuga” dessa transformação, começam as fortes influências de mitos e crenças, como a de que essa transformação da morte resulte em outra vida, ou seja, o imaginário esta fortemente presente na vida do sapiens e este representado na sepultura.

Vestígios de funerais também são encontrados por pesquisadores e são interpretados como meio de tornar possível essa passagem para a outra vida, como uma esperança e consolação dos que ficam sobre os que morre e principalmente sobre a própria morte. No texto de Edgar Morin - “O Enigma do Homem – Sapiens Demens” - o trecho “Tudo nos indica [...] que a consciência da morte que emerge no sapiens é constituída pela interação de uma consciência objetiva que reconhece a mortalidade e uma consciência subjetiva que afirma senão a imortalidade, pelo menos uma transmortalidade”, explicita bem essa ideia de imaginário presente na vida do homo sapiens com relação à morte.

A pintura por sua vez, também encontrada como diferencial do sapiens, contém o significado de exibir um meio de comunicação através de símbolos e figuração, podendo ser de formas/seres vivos ou irreais/imaginários, o que mais pra frente vira a escrita. Essa capacidade de retratar de forma concreta e precisa é vista como umas das aptidões do cérebro hominizado que antes era observado na caça.

Essas representações por símbolos e imagens contêm igualmente à sepultura, a presença de crenças mitológicas e mágicas no que diz respeito ao valor de proteção e de sorte que elas têm, uma vez que são analisadas como possíveis ritos para preparação da caça.

Foi descoberto que a preparação da caça através das imagens nas pedras é tida como uma imagem que tem um significado duplo, isto é, onde representa o ser em si, o representado e aquele pintado, a imagem, ou seja, a partir de então todo objeto para o sapiens tem uma dupla existência com o intuito de obter respostas corretas e certeiras do meio externo (ambiente) para diminuir a chance de erro na hora do real. Isso cria a incerteza - as diversas possibilidades são exemplos mais uma vez de mito e magia - sendo preciso interpretar as opções e escolher o melhor e com menor possibilidade de erro, ou seja, a presença do pensamento lógico e do método chamado “tentativa e erro”.

Podemos então concluir que não é especificamente a sepultura e a pintura que os diferenciam dos demais, mas sim o que ambas têm em comum, que é a inicio da influência do mito e da magia na vida do homem. Toda essa complexidade observada com os anos no sapiens, só foi possível graças ao aumento do cérebro inicialmente de 800cm3 para um cérebro de 1.500cm3 pela mudança na forma de locomoção.

ÍTEM 2. A “GUERRA DO FOGO” PENSADO À LUZ DO “SAPIENS DEMENS”:

O filme “A Guerra do Fogo” feito em 1981 na França e no Canadá; retrata o período da pré-história com dois grupos de hominídeos. O primeiro não tem fala, portanto se comunicam através de gestos e grunhidos, é pouco evoluído e tem o fogo como algo sobrenatural já que não dominam ainda a técnica de produzi-lo por isso o guardam em uma tocha

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