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O Projeto de Intervenção

Por:   •  5/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.243 Palavras (9 Páginas)  •  114 Visualizações

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1. APRESENTAÇÃO

O presente trabalho consiste na elaboração de um Projeto de Intervenção na área de Serviço Social, que será executado na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia localizada no Município de Oliveira, Minas Gerais.

A irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Oliveira foi fundada em 1970 é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, tem como objetivo atender demandas de saúde da população de Oliveira e região sua missão é de promover, articular e garantir ações de defesa e garantia de direitos a saúde além de desenvolver um papel humanizador na área hospitalar. Ao hospital São Judas Tadeu compete coordenar e controlar a execução das atividades de prestação de serviços médico assistenciais, em sistema hospitalar, emergência e ambulatorial, prover recursos terapêuticos e diagnósticos para atendimento a todos os pacientes. Promover o atendimento integral a saúde, participar da adoção de medidas voltadas a prevenção e ao controle de atendimento da saúde da população.

Nos últimos seis anos, o hospital cresceu muito, passando a ser referência na microrregião de Oliveira, principalmente na área de Neurocirurgia. Isso acontece pelo fortalecimento e o crescimento do corpo clínico proposto pela atual administração, que investe em profissionais, recursos físicos e tecnológicos.

Atualmente o hospital conta com 13 especialidades médicas, atende 23 convênios incluído o SUS que constitui sua maior demanda e realiza 8.000 atendimentos por mês, além de contar com um moderno Centro de Imagens com Tomógrafo, mamógrafo, raio-x, ultrassonografia, colonoscopia e endoscopia e ressonância magnética.

O lócus de execução do presente projeto será os familiares e pacientes da Unidade de Tratamento de Acidente Vascular Cerebral- UAVC, em especial aqueles que desenvolveram a doença de forma grave e se encontram em situação de cuidados paliativos.

Por cuidados paliativos entende-se ações que são desenvolvidas com o objetivo de promover a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares diante de doenças “sem possibilidade de cura”, isto é, sem terapêutica curativa que traga resposta efetiva para o paciente, o atendimento a este grupo requer a intervenção de diferentes profissionais de saúde, ou seja, uma equipe multiprofissional que tem o propósito de prevenir e aliviar a dor e o sofrimento físico, mental, psicossocial e espiritual do paciente e de seus familiares.

O Assistente Social é um dos profissionais que compõem essa equipe, a sua participação se faz necessária haja vista a habilidade que este profissional tem de desenvolver uma leitura crítica da realidade vivenciada pelos usuários e propor soluções que contribuam para superação da problemática apresentada. O assistente social tem na equipe de trabalho multidisciplinar o papel de compreender e intervir nos múltiplos fatores sociais do adoecimento, necessitando conhecer a situação vivenciada pelo paciente e sua família.

Ao assistente social cabe o papel de ser ponte entre a equipe, a realidade vivida pelo paciente e sua família, a sua história, seus limites. Além desempenhar um papel fundamental ao trazer conhecimento sobre benefícios ligados a previdência social, benefício de prestação continuada, isenção no imposto de renda, quitação de financiamento imobiliário entre outros direitos que possam ser acessados pelos usuários.

2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho se justifica pela necessidade de se criar uma equipe multiprofissional composta por profissionais do serviço hospitalar e também da rede sócio-assistencial para atender as demandas de pacientes em cuidados paliativos e seus familiares, assegurando-lhes acesso a todos seus direitos neste momento de vulnerabilidade. Tal demanda surgiu a partir das observações feitas durante o tempo de estágio curricular supervisionado, onde se percebeu em especial aos pacientes da Unidade de Tratamento de Acidente Vascular Cerebral a dificuldade enfrentada pelas famílias em ter acesso aos seus direitos no que tange os itens básicos necessários para garantir a qualidade de vida do paciente seus últimos momentos de vida, percebeu- se que está dificuldade de acesso acaba por prolongar o período de internação do paciente e por consequência diminui seu tempo dentro do seu seio familiar.

Ao longo tempo o modo de enfrentar a morte modificou o que era considerado algo natural inerente ao ser humano, atualmente, pode ser visto como algo que causa pavor e medo em muitas pessoas. Esse sentimento pode ser intensificado no caso de pacientes em cuidados paliativos, pois, além de terem que enfrentar uma serie de complicações relativas à doença muitas vezes são acometidos por essas doenças ainda muito jovens em idade produtiva quando ainda que possuem muitos sonhos e planos para o futuro, de repende passam a lidar constantemente com a questão da morte e com as preocupações práticas da vida diária (filhos, finanças, documentações, assuntos inacabados ou conflitos a serem resolvidos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):

"Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".

Os Cuidados Paliativos aparece como uma filosofia alternativa e humanitária para cuidar de pacientes sem possibilidades de cura terapêutica.

Cuidados Paliativos são indicados para todos os pacientes (e familiares) com doença ameaçadora da continuidade da vida por qualquer diagnóstico, seja qual for a idade, e a qualquer momento da doença em que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas (SBGG, 2016, p. 15).

Tendo em vista que os familiares de pacientes em cuidados paliativos enfrentam além da preocupação gerada pelas incertezas e pelo turbilhão de sentimentos, que existem quando se tem um familiar gravemente enfermo, as famílias ainda enfrentam as demandas burocráticas, que exigem providências, orientações e encaminhamentos, a fim de contribuir para a organização da família frente ao momento da morte. Os Cuidados Paliativos exige a atuação de uma equipe multiprofissional, pois está família precisa ser cuidado em sua totalidade.

O assistente social desempenha um papel relevante nos cuidados paliativos

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