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Preocupações sobre ética e moral utilizados nos negócios

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Por:   •  9/12/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  425 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A preocupação com a ética e a moral utilizada nas empresas vem crescendo, desde o final do século XX (Ferrell, Fraedrich & Ferrell, 2000/2001). Muitas empresas têm se preocupado em divulgar os seus valores e até, mais recentemente, várias empresas estão adotando um código de ética interno para nortear as práticas na organização.

Diante da ambigüidade e da crescente complexidade das práticas empresariais atuais devido às novas exigências de eficiência, inovação e competitividade, a reflexão ética serve de base para que se tenha coesão organizacional. Afinal, dilemas e incertezas aparecem de forma incessante e prever riscos torna-se cada vez mais difícil (Srour, 2000)

As decisões tomadas dentro das organizações não são neutras, quem decide faz escolhas entre diferentes cursos de ação e define conseqüências, eis que surge a reflexão ética. Não há como se desvincular moral e interesses na empresa, ou moral e pressões operadas pela sociedade. Assim, o importante não é saber se a empresa dispõe de uma essência moral, mas se as conseqüências das decisões tomadas nesta são ou não benéficas para a maioria das partes envolvidas. As empresas não mais desempenham apenas uma função econômica, mas também uma função ética na sociedade.

A Ambivalência Empresarial

Em uma economia cooperativa os empresários não têm como deixar de considerar os diferentes interesses de seu público estratégico, pessoas que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa. Essas pessoas são os Stakeholders,e esses são essenciais ao planejamento estratégico de negócios. Pois se as empresas não se adequarem as necessidades de seus colaboradores, abrem margem para que estes se organizem. Por exemplo, nos últimos anos, estes reuniram as condições para recorrer, tais como:

- Aos recorrentes, boicotando as empresas inidôneas ou socialmente irresponsáveis;

- Às agências de defesa dos consumidores, fiscalizando e pressionando quem vende bens e presta serviços;

- À justiça, visando a ressarcir-se de eventuais danos materiais e morais;

- À mídia. Expondo a imagem das empresas irresponsáveis à execração pública;

Essas mesmas formas de protestos também podem ser aplicada por acionistas minoritários, gestores, trabalhadores sindicalizados, associação de moradores, organizações não governamentais, movimentos ambientalistas, fazendo assim a pressão necessária para suas necessidades serem atendidas. Para isso, podem usar alguns canais de instrumento, como: abaixo-assinados, convencendo parlamentares, demonstrações de rua, piquetes, cartas a autoridades, mesas redonda, denúncias pela internet e assim por diante. Tendo uma visão politica, não é difícil perceber o porquê das manifestaçõesda população serem minimizadas, quando não são anuladas, por que a mídia vive amordaçada e a justiça de mãos atadas.

Nas economias competitivas, os empresários ficam a mercê de um jogo de forças que os leva a estabelecer diferenças entre os vários públicos com os quais interagem. Aqueles que dispõem de melhores condições são tratados com cautela e respeito. Os demais, são tratados de forma diversa. Quando o empresário possui um percepção ou intuição gerencial, oferece a seus interessados (stakeholders- como também são chamados) um tratamento privilegiado. Mas deve fazer isso cuidando para contrabalançar a satisfação de uns e de outros, para não perder a credibilidade com os demais.

Há uma evidência de que caminhamos para uma concentração de capital no planeta. Fusões, incorporações de empresas poderão ter um efeito devastador no poder dos clientes, e leia-se aqui clientes como representante de várias linhagens: acionistas, compradores, fornecedores, empregados, etc. Poderá ocorrer uma situação intitulada: cartel mundial ou universal. Acabamos por concluir que há de se perceber uma maneira de assegurar a concorrência global e os direitos de cada cidadão.

Os empresários costumam adotar como estratégia empresarial, dividir os vários stakeholders a que estão submetidos em "mais importantes" e "menos importantes". Assim temos, na maioria das vezes:

Primeiro escalão:

Acionistas; Clientes; Gestores; e Trabalhadores

Segundo escalão:

Fornecedores; Prestadores de Serviços; Comunidade; Credores e Concorrentes

É costumeiro perceber que, para o primeiro escalão toda os preceitos éticos e de idoneidade são levados em consideração. Já para o segundo escalão, nem tanto... Afinal de contas, para que serve as brechas na lei, a "lei da relatividade", a "lei de Gerson" ou mesmo o famoso "jeitinho brasileiro"?

Os Stakeholdres que não foram intitulados como merecedores de tratamento especial, serão driblados na medida do possível.

O sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas partes interessadas, por issoé necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas necessidades envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético.

A moral da parcialidade

"Para os amigos tudo, para os inimigos nada, para os indiferentes a lei".

(Getúlio Vargas)

É a verdadeira "lei do que vale para um, não vale para outro", ou seja, a perfeita parcialidade das ações. Tratar com diferenciação a vários grupos. Na verdade, a lei da parcialidade reza que deve "ser boa para mim" e "nem sempre precisará ser tão boa para os outros".

Essa lei também instiga a se pensar que os fins justificam os meios. Empresários são "levados" a acreditar que não há meios de permanecer em um mercado competitivo como o nosso, dar continuidade a geração de emprego e renda, se não lançarem mão de "alternativas parciais". Assim lutam em acreditar que estão fazendo a coisa certa. Sonegação fiscal e trabalhista, propinas, artifícios políticos, vantagens indevidas, amizades vantajosas, etc., acabam por ser munição útil aos donos de negócios que consideram essa uma maneira "justa" de ganhar dinheiro.

A quem devemos lealdade?

A quem fazer

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